Efeitos a longo prazo da gonadectomia nas espécies felina e canina
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo de conferência |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php http://hdl.handle.net/11449/143686 |
Resumo: | Introdução: Na clínica obstétrica de pequenos animais, a esterilização é tida como o método de controle populacional de eleição, comprovadamente mais efetivo e seguro. Este procedimento cirúrgico consiste na retirada dos ovários, trompas e útero no caso das fêmeas e na extirpação dos testículos, em machos. Muitas vezes a gonadectomia também é executada com o intuito de corrigir comportamentos indesejáveis, como, por exemplo, a agressividade. Objetivos: monitorar o período pós-operatório de animais castrados em projeto de extensão universitária. Métodos: foram avaliados 262 felinos (171 fêmeas e 91 machos), 58 cães (43 fêmeas e 15 machos). Os 320 animais foram esterilizados por alunos do 4º ano do curso de Medicina Veterinária, UNESP, Campus Araçatuba, atendendo especialmente a população carente. Aproximadamente um ano após a cirurgia, os donos destes animais eram contactados por telefone e entrevistados conforme um questionário pré-estabelecido sobre o intervalo pós-operatório. Resultados: dos felinos avaliados 5,73% apresentaram complicações como presença de cálculo uretral, 66,41% engordaram, 23,38% tiveram mudança na pelagem e 40,08% ficaram mais mansos (com outros animais e pessoas). Dos animas esterilizados, 66,41% mostraram-se mais sedentários. Comparando-se os grupos, verificou-se que não havia diferença significativa desses parâmetros entre os sexos (p> 0,05). Em relação à alteração de comportamento, 39,56% dos gatos machos ainda perambulavam, mas 72,22% destes animais saiam de casa com menor freqüência e 12,09% ainda tentavam acasalar fêmeas. Em relação às fêmeas, 8,19% continuavam apresentando sinais de cio e 12,87% ainda atraíam machos. Nos cães observou-se que 77,59% engordaram e que 32,76% tornaram-se mais sedentários. Dos felinos avaliados, 13,79% mudaram a pelagem e 32,76% apresentaram maior apetite, não havendo diferença significativa entre os sexos. Considerando os cães machos, 60% ainda tentavam cobrir fêmeas e 60% demonstraram menor agressividade. Em relação às cadelas, 6,98% tinham sinais de estro e 11,63% atraíam machos. Como o ganho de peso está estreitamente relacionado ao sedentarismo e ao acréscimo da ingestão alimentar, há necessidade da dieta controlada e de exercícios físicos periódicos. A esterilização além de representar um método efetivo de controle populacional, reduz comportamentos indesejáveis e não acarreta quaisquer danos aos pacientes. O nosso estudo revelou que mesmo sendo a castração de machos mais fácil, barata e rápida, ela é muito menos requerida do que a de fêmeas. A operação de animais adultos ainda é prevalente (82,14% entre caninos e 83,07% em felinos). Pelos resultados obtidos neste estudo, pode-se inferir que existe a necessidade contínua de campanhas elucidativas de posse responsável, conscientizando os proprietários sobre os cuidados a serem prestados a seus animais de estimação. |
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