Detecção imuno-histoquímica de Leishmania infantum em hipófise de cão

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Frigério, Edenilson Doná [UNESP]
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Guizelini, Cecília de Castro [UNESP], Março, Karen Santos [UNESP], Machado, Gisele Fabrino [UNESP]
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/243526
Resumo: Introdução: A Leishmaniose visceral (LV) nas Américas é uma doença zoonótica causada pelo protozoário Leishmania infantum (sin. Leishmania chagasi), sendo o cão doméstico o principal reservatório. Uma ampla variedade de sinais clínicos e lesões envolvendo todos os sistemas e órgãos são descritos na literatura. O comprometimento morfológico e funcional de glândulas endócrinas, como a hipófise, ainda não foi devidamente investigado em cães com leishmaniose visceral. A hipófise faz parte dos órgãos circunventriculares (CVOs), que são compartimentos vascularizados do sistema nervoso central (SNC) desprovidos de barreiras efetivas o que a torna suscetível à agentes infecciosos. Relato de caso: Cão, SRD, macho de nove anos foi encaminhado ao Centro de Controle de Zoonoses de Araçatuba-SP com histórico de emagrecimento progressivo, letargia, linfoadenomegalia e lesões ulceradas e descamativas multifocais pelo corpo. Diante dos sintomas, foram realizados os ensaios de imunocromatografia e exame sorológico para diagnóstico de Leishmaniose Visceral. Ambos apresentaram resultado reagente, e devido as condições fisiopatológicas, o tutor optou pela eutanásia. O cadáver foi encaminhado para o serviço de Patologia Animal da FMVA. Resultados: Foram colhidas amostras de órgãos e tecidos durante a necropsia. Na análise das lâminas histopatológicas coradas com hematoxilina e eosina, destacando o corte da região da hipófise, foram observados infiltrado mononuclear discreto em pars intermedia e em fragmento do seio cavernoso adjacente a hipófise. Também na periferia de vasos do seio cavernoso, foi observado infiltrado inflamatório mononuclear moderado. Foi realizado ensaio de imunohistoquímica para detecção de amastigotas de Leishmania spp., com imunomarcação positiva nas regiões anteriormente citadas (Figura 1). Conclusão: A presença de inflamação e/ou do parasito na região hipofisária pode resultar em disfunção da glândula, e determinar o agravamento do estado clínico do paciente, comprometendo a eficiência do tratamento e do prognóstico. Em seres humanos com leishmaniose visceral, existem relatos de anormalidades endócrinas (Verde et al., 2011), que precisam ser melhor investigadas no cão.
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