A (re)descoberta dos direitos e garantias fundamentais no teletrabalho sob o cenário pandêmico da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Orricco, Júlia Nogueira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11449/238069
Resumo: Restabelecendo e agravando safos dilemas da sociedade brasileira, a pandemia da COVID-19 tornou ainda mais difícil a relação de adequação entre a vida profissional e a pessoal do trabalhador. Prometendo maior flexibilidade e conforto, popularizou-se o regime de teletrabalho, positivado pela reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017), responsável pela introdução de um novo Capítulo na Consolidação das Leis do Trabalho, dedicado especialmente ao teletrabalho (artigos 75-A a 75-E da CLT, 1943). No entanto, a facilidade e rapidez das telas mostrou-se mais nociva do que frutífera no tocante aos direitos e garantias fundamentais do teletrabalhador, uma vez que instituiu uma cultura de disponibilidade full time, ou seja, a necessidade de o empregado estar disponível ao empregador a todo o momento, para executar tarefas relacionadas à sua função fora da jornada contratual de trabalho (por exemplo, leitura e resposta de mensagens/e-mails, atendimento de chamadas telefônicas ou de videoconferência, entre outras). Quando os limites entre o campo ocupacional e pessoal são ignorados ou ultrapassados, independentemente de haver ou não remuneração, pode-se violar direitos fundamentais e, em alguns casos, causar danos irreparáveis ao trabalhador. Diante deste quadrante, o objetivo do presente trabalho é analisar se e como o período pandêmico da COVID-19 no Brasil corroborou para com o desrespeito aos direitos e garantias fundamentais do teletrabalhador constitucionalmente instituídos (CRFB/88), perpassando pelo conceito de teletrabalho, pela legislação trabalhista e constitucional, de maneira a examinar se este período fora realmente prejudicial para o equilíbrio de adequação da vida profissional e social. Para tanto, adota-se, como método de procedimento, o levantamento por meio da técnica de pesquisa bibliográfica em materiais publicados; e, como método de abordagem, o dedutivo, visando, a partir da análise do desequilíbrio da relação entre empregado e empregador, dos dispositivos instituídos pela reforma trabalhista brasileira e do contexto da pandemia COVID-19, verificar o que é teletrabalho e como foi impactado pela pandemia da COVID-19 no Brasil, pontuar o que são os direitos e garantias fundamentais e como se aplicam ao teletrabalhador; e discorrer sobre os impactos da violação ao direito à desconexão no contexto do teletrabalho.
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spelling A (re)descoberta dos direitos e garantias fundamentais no teletrabalho sob o cenário pandêmico da COVID-19The (re)discovery of fundamental rights and guarantees in telework under the COVID-19 pandemic scenarioDireito do TrabalhoFlexibilidadePandemia Covid-19SaúdeTrabalhadorTeletrabalhoLabor LawFlexibilityCovid-19 PandemicHealthWorkerTelecommutingRestabelecendo e agravando safos dilemas da sociedade brasileira, a pandemia da COVID-19 tornou ainda mais difícil a relação de adequação entre a vida profissional e a pessoal do trabalhador. Prometendo maior flexibilidade e conforto, popularizou-se o regime de teletrabalho, positivado pela reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017), responsável pela introdução de um novo Capítulo na Consolidação das Leis do Trabalho, dedicado especialmente ao teletrabalho (artigos 75-A a 75-E da CLT, 1943). No entanto, a facilidade e rapidez das telas mostrou-se mais nociva do que frutífera no tocante aos direitos e garantias fundamentais do teletrabalhador, uma vez que instituiu uma cultura de disponibilidade full time, ou seja, a necessidade de o empregado estar disponível ao empregador a todo o momento, para executar tarefas relacionadas à sua função fora da jornada contratual de trabalho (por exemplo, leitura e resposta de mensagens/e-mails, atendimento de chamadas telefônicas ou de videoconferência, entre outras). Quando os limites entre o campo ocupacional e pessoal são ignorados ou ultrapassados, independentemente de haver ou não remuneração, pode-se violar direitos fundamentais e, em alguns casos, causar danos irreparáveis ao trabalhador. Diante deste quadrante, o objetivo do presente trabalho é analisar se e como o período pandêmico da COVID-19 no Brasil corroborou para com o desrespeito aos direitos e garantias fundamentais do teletrabalhador constitucionalmente instituídos (CRFB/88), perpassando pelo conceito de teletrabalho, pela legislação trabalhista e constitucional, de maneira a examinar se este período fora realmente prejudicial para o equilíbrio de adequação da vida profissional e social. Para tanto, adota-se, como método de procedimento, o levantamento por meio da técnica de pesquisa bibliográfica em materiais publicados; e, como método de abordagem, o dedutivo, visando, a partir da análise do desequilíbrio da relação entre empregado e empregador, dos dispositivos instituídos pela reforma trabalhista brasileira e do contexto da pandemia COVID-19, verificar o que é teletrabalho e como foi impactado pela pandemia da COVID-19 no Brasil, pontuar o que são os direitos e garantias fundamentais e como se aplicam ao teletrabalhador; e discorrer sobre os impactos da violação ao direito à desconexão no contexto do teletrabalho.Restoring and aggravating the healthy dilemmas of Brazilian society, the COVID-19 pandemic has made the relationship of adequacy between the worker's professional and personal life even more difficult. Promising greater flexibility and comfort, the telework regime was popularized, made positive by the labor reform (Law nº 13.467/2017), responsible for the introduction of a new Chapter in the Consolidation of Labor Laws, dedicated especially to telework (articles 75-A to 75-E of the CLT, 1943). However, the ease and speed of the screens proved to be more harmful than fruitful with regard to the fundamental rights and guarantees of the teleworker, since it established a culture of full-time availability, that is, the need for the employee to be available to the employer. at all times, to perform tasks related to their role outside the contractual working hours (for example, reading and replying to messages/emails, answering telephone or videoconference calls, among others). When the boundaries between the occupational and personal fields are ignored or exceeded, regardless of whether or not there is remuneration, fundamental rights can be violated and, in some cases, irreparable damage to the worker can be caused. In view of this quadrant, the objective of the present work is to analyze if and how the pandemic period of COVID-19 in Brazil corroborated the disrespect for the fundamental rights and guarantees of teleworker constitutionally instituted (CRFB/88), passing through the concept of telework, by labor legislation and constitutional, in order to reflect whether this period was really harmful to the adequate balance of professional and social life. For that, as a method of procedure, the survey through the technique of bibliographic research in published materials is adopted; and, as a method of approach, the deductive one, aiming, from the analysis of the imbalance in the relationship between employee and employer, of the provisions instituted by the Brazilian labor reform and the context of the COVID-19 pandemic, to verify what teleworking is and how it was impacted due to the COVID-19 pandemic in Brazil, point out what the fundamental rights and guarantees are and how they apply to teleworkers; and discuss the impacts of violating the right to disconnection in the context of telework.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Almeida, Victor Hugo de [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Orricco, Júlia Nogueira2022-12-06T21:09:42Z2022-12-06T21:09:42Z2022-11-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/238069porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-01-02T06:15:50Zoai:repositorio.unesp.br:11449/238069Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T21:53:52.019234Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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