Decolonizando o olhar – representações visuais e subjetividades nos coletivos universitários contra a violência de gênero - 2010 a 2020 – UNESP, USP e UNICAMP
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/235200 |
Resumo: | A universidade tem se mostrado um local de violências relacionadas ao gênero e suas interseccionalidades, que atinge alunas, alunos e alunes, alvos constantes de abusos sexuais, morais e psicológicos por parte de colegas, professores e funcionários. Para dar visibilidade a essa situação, pois as próprias instituições de ensino não as/es/os escuta, estudantes estão se mobilizando a partir de coletivos em redes sociais digitais, onde compartilham textos e imagens cujo intuito é discutir suas vivências e lutar pela construção de espaços acadêmicos livres de violências. Nesta pesquisa, o objetivo é analisar as representações visuais - ilustrações e fotografias - produzidas por coletivos feministas e LGBTQIA+ e suas interseccionalidades, criadas por estudantes das três universidades públicas do estado de São Paulo (USP, UNESP e UNICAMP) no Facebook e no Instagram, a fim de distinguir se essas imagens têm a intenção de “decolonizar o olhar”, isto é, se desconstroem as lógicas hierárquicas de percepção de corpos, gêneros e sexualidades concretizadas pela colonialidade, ou, se, inconscientemente, estão reforçando essas representações. Ao compreender a imagem como forma de conhecimento e valores socialmente elaborados e partilhados entre membros de um grupo, aqui também se deseja apreender, a partir dessas narrativas visuais, como se explicitam as subjetividades das/es/os estudantes, bem como os sentidos produzidos frente às práticas de violência de gênero. O estudo parte da proposta de decolonização do olhar, descrita pelos autores latino-americanos Barriendos (2019), Léon (2012) e Schenkler (2019; 2017; 2016; 2012), que vai ao encontro das teorias decoloniais e das investigações sobre interseccionalidade. Além disso, a pesquisa traz reflexões sobre as representações sociais a partir de Moscovici (2003; 2001), Jodelet (2015; 2009; 2001) e Hall (2016; 2008) e sobre a potencialidade discursiva da imagem, baseada em Joly (2019, 2012), Burke (2017) e Aumont (2012). A observação das especificidades dos coletivos no ambiente digital como campo de enfrentamento às violências de gênero é fundamentada na pesquisa exploratória descritiva e nos estudos de De Abreu (2017; 2010), Gohn (2016; 2014, 2013) e Castells (2003;2008), entre outros. Como método de análise das imagens é empregada a semiótica visual greimasiana, segundo textos de Greimas (2014; 1984; 1979) Pietroforte (2020; 2020ª) e Aumont (2012), que partem do pressuposto de que imagens visam estabelecer uma relação com o mundo, e devem ser analisadas em seus aspectos plásticos, icônicos e linguísticos. |
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Decolonizando o olhar – representações visuais e subjetividades nos coletivos universitários contra a violência de gênero - 2010 a 2020 – UNESP, USP e UNICAMPDecolonizing the gaze – visual representations and subjectivities in university collectives against gender violence - 2010 to 2020 - UNESP, USP and UNICAMPViolência de gêneroInterseccionalidadeColetivos universitáriosImagemRepresentações sociaisGender violenceIntersectionalityUniversity collectivesImageSocial representationsA universidade tem se mostrado um local de violências relacionadas ao gênero e suas interseccionalidades, que atinge alunas, alunos e alunes, alvos constantes de abusos sexuais, morais e psicológicos por parte de colegas, professores e funcionários. Para dar visibilidade a essa situação, pois as próprias instituições de ensino não as/es/os escuta, estudantes estão se mobilizando a partir de coletivos em redes sociais digitais, onde compartilham textos e imagens cujo intuito é discutir suas vivências e lutar pela construção de espaços acadêmicos livres de violências. Nesta pesquisa, o objetivo é analisar as representações visuais - ilustrações e fotografias - produzidas por coletivos feministas e LGBTQIA+ e suas interseccionalidades, criadas por estudantes das três universidades públicas do estado de São Paulo (USP, UNESP e UNICAMP) no Facebook e no Instagram, a fim de distinguir se essas imagens têm a intenção de “decolonizar o olhar”, isto é, se desconstroem as lógicas hierárquicas de percepção de corpos, gêneros e sexualidades concretizadas pela colonialidade, ou, se, inconscientemente, estão reforçando essas representações. Ao compreender a imagem como forma de conhecimento e valores socialmente elaborados e partilhados entre membros de um grupo, aqui também se deseja apreender, a partir dessas narrativas visuais, como se explicitam as subjetividades das/es/os estudantes, bem como os sentidos produzidos frente às práticas de violência de gênero. O estudo parte da proposta de decolonização do olhar, descrita pelos autores latino-americanos Barriendos (2019), Léon (2012) e Schenkler (2019; 2017; 2016; 2012), que vai ao encontro das teorias decoloniais e das investigações sobre interseccionalidade. Além disso, a pesquisa traz reflexões sobre as representações sociais a partir de Moscovici (2003; 2001), Jodelet (2015; 2009; 2001) e Hall (2016; 2008) e sobre a potencialidade discursiva da imagem, baseada em Joly (2019, 2012), Burke (2017) e Aumont (2012). A observação das especificidades dos coletivos no ambiente digital como campo de enfrentamento às violências de gênero é fundamentada na pesquisa exploratória descritiva e nos estudos de De Abreu (2017; 2010), Gohn (2016; 2014, 2013) e Castells (2003;2008), entre outros. Como método de análise das imagens é empregada a semiótica visual greimasiana, segundo textos de Greimas (2014; 1984; 1979) Pietroforte (2020; 2020ª) e Aumont (2012), que partem do pressuposto de que imagens visam estabelecer uma relação com o mundo, e devem ser analisadas em seus aspectos plásticos, icônicos e linguísticos.The university has shown a place of violence related to gender and its intersectionalities, which affects students, constant targets of sexual, moral and psychological abuse by colleagues, professors and employees. To give visibility to this situation, since the educational institutions do not listen them, students are mobilizing themselves from collectives in digital social networks, where they share texts and images whose purpose is to discuss their experiences and fight for the construction of academic spaces free of violence. In this research, the objective is to analyze the visual representations - illustrations and photographs - produced by feminist and LGBTQIA+ collectives and their intersectionalities, created by students from the three public universities in the state of São Paulo (USP, UNESP and UNICAMP) on Facebook and Instagram, in order to distinguish if these images are intended to “decolonize the gaze” or if they deconstruct the hierarchical logics of perception of bodies, genders and sexualities concretized by coloniality, or, unconsciously, they are reinforcing these representations. By understanding the image as a form of knowledge and values socially elaborated and shared among members of a group, here we also want to learn, from these visual narratives, how the subjectivities of the students are made explicit, as well as the meanings produced practices of gender violence. The study is based on the proposal of decolonization of the gaze, described by Latin American authors Barriendos (2019), Léon (2012) and Schenkler (2019; 2017; 2016; 2012), which is in line with decolonial theories and investigations on intersectionality. In addition, the research brings reflections on social representations from Moscovici (2003; 2001), Jodelet (2015; 2009; 2001) and Hall (2016; 2008) and on the discursive potentiality of the image, based on Joly (2019, 2012), Burke (2017) and Aumont (2012). The observation of the specificities of collectives in the digital environment as a field to confront gender violence is based on descriptive exploratory research and on studies by De Abreu (2017; 2010), Gohn (2016; 2014, 2013) and Castells (2003; 2008), among others. As a method of analyzing the images, Greimasian visual semiotics is used, according to texts by Greimas (2014; 1984; 1979) Pietroforte (2020; 2020ª) and Aumont (2012), who assume that images aim to establish a relationship with the world, and must be analyzed in their plastic, iconic and linguistic aspects.Não recebi financiamentoUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Possas, Lídia Maria Vianna [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Godinho, Maria Inês Almeida2022-06-20T18:17:06Z2022-06-20T18:17:06Z2022-06-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfGODINHO, Maria Inês Almeida. Decolonizando o olhar – representações visuais e subjetividades nos coletivos universitários contra a violência de gênero - 2010 a 2020 – UNESP, USP e UNICAMP. Universidade Estadual Paulista (Unesp), 2022.http://hdl.handle.net/11449/23520033004110042P8porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-08-12T19:14:19Zoai:repositorio.unesp.br:11449/235200Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-12T19:14:19Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A universidade tem se mostrado um local de violências relacionadas ao gênero e suas interseccionalidades, que atinge alunas, alunos e alunes, alvos constantes de abusos sexuais, morais e psicológicos por parte de colegas, professores e funcionários. Para dar visibilidade a essa situação, pois as próprias instituições de ensino não as/es/os escuta, estudantes estão se mobilizando a partir de coletivos em redes sociais digitais, onde compartilham textos e imagens cujo intuito é discutir suas vivências e lutar pela construção de espaços acadêmicos livres de violências. Nesta pesquisa, o objetivo é analisar as representações visuais - ilustrações e fotografias - produzidas por coletivos feministas e LGBTQIA+ e suas interseccionalidades, criadas por estudantes das três universidades públicas do estado de São Paulo (USP, UNESP e UNICAMP) no Facebook e no Instagram, a fim de distinguir se essas imagens têm a intenção de “decolonizar o olhar”, isto é, se desconstroem as lógicas hierárquicas de percepção de corpos, gêneros e sexualidades concretizadas pela colonialidade, ou, se, inconscientemente, estão reforçando essas representações. Ao compreender a imagem como forma de conhecimento e valores socialmente elaborados e partilhados entre membros de um grupo, aqui também se deseja apreender, a partir dessas narrativas visuais, como se explicitam as subjetividades das/es/os estudantes, bem como os sentidos produzidos frente às práticas de violência de gênero. O estudo parte da proposta de decolonização do olhar, descrita pelos autores latino-americanos Barriendos (2019), Léon (2012) e Schenkler (2019; 2017; 2016; 2012), que vai ao encontro das teorias decoloniais e das investigações sobre interseccionalidade. Além disso, a pesquisa traz reflexões sobre as representações sociais a partir de Moscovici (2003; 2001), Jodelet (2015; 2009; 2001) e Hall (2016; 2008) e sobre a potencialidade discursiva da imagem, baseada em Joly (2019, 2012), Burke (2017) e Aumont (2012). A observação das especificidades dos coletivos no ambiente digital como campo de enfrentamento às violências de gênero é fundamentada na pesquisa exploratória descritiva e nos estudos de De Abreu (2017; 2010), Gohn (2016; 2014, 2013) e Castells (2003;2008), entre outros. Como método de análise das imagens é empregada a semiótica visual greimasiana, segundo textos de Greimas (2014; 1984; 1979) Pietroforte (2020; 2020ª) e Aumont (2012), que partem do pressuposto de que imagens visam estabelecer uma relação com o mundo, e devem ser analisadas em seus aspectos plásticos, icônicos e linguísticos. |
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