Características clínicas e laboratoriais associadas à nefroangioesclerose hipertensiva confirmada por biópsia renal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: D'Oliveira, Carolina Hernandez [UNESP]
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Martin, Luis Cuadrado [UNESP], Viero, Rosa Marlene [UNESP], Cerolli, Camila Farias [UNESP], Moraes, Cinthia Esbrille de [UNESP], Silva, Vanessa dos Santos [UNESP], Habermann, Francisco [UNESP], Franco, Roberto Jorge da Silva [UNESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
Texto Completo: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000300008
http://hdl.handle.net/11449/28150
Resumo: Introdução: A nefroangioesclerose hipertensiva é importante causa de doença renal crônica com necessidade de diálise. As características que distinguem um portador de hipertensão arterial que evolui com nefroangioesclerose de outro que mantém função renal estável não são bem estabelecidas, devido à dificuldade em assegurar que os portadores daquela doença não sejam, na verdade, portadores de glomerulopatias ou outras doenças renais confundíveis. Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi identificar características clínicas ou laboratoriais que distingam os pacientes que desenvolveram doença renal crônica a partir da hipertensão, confirmada por biópsia renal, daqueles que, mesmo apresentando hipertensão arterial, não desenvolveram nefroangioesclerose. Métodos: Realizou-se comparação retrospectiva de dados clínicos e laboratoriais de 15 portadores de nefroangioesclerose hipertensiva confirmada por biópsia renal e 15 hipertensos oriundos do ambulatório do Centro de Hipertensão Arterial, cuja ausência de nefroangioesclerose foi definida pela ausência de proteinúria. Os grupos foram pareados quanto à idade e gênero. Resultados: Dentre as variáveis avaliadas, tempo de hipertensão arterial, pressão de pulso, glicemia, ácido úrico, creatinina e frequência de uso de diuréticos e simpatolíticos diferiram estatisticamente entre os dois grupos. Todas essas variáveis apresentaram valores maiores no grupo com nefroangioesclerose hipertensiva. Conclusão: O presente estudo associa a nefroangioesclerose hipertensiva, confirmada por biópsia, com alterações metabólicas, duração e intensidade da hipertensão e corrobora a ideia de que a prevenção primária da hipertensão arterial, postergando o seu início, o controle pressórico mais estrito, quando a hipertensão já está estabelecida, bem como o controle metabólico têm a potencialidade de prevenir o desenvolvimento de nefroangioesclerose hipertensiva.
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Dessa maneira, o objetivo deste trabalho foi identificar características clínicas ou laboratoriais que distingam os pacientes que desenvolveram doença renal crônica a partir da hipertensão, confirmada por biópsia renal, daqueles que, mesmo apresentando hipertensão arterial, não desenvolveram nefroangioesclerose. Métodos: Realizou-se comparação retrospectiva de dados clínicos e laboratoriais de 15 portadores de nefroangioesclerose hipertensiva confirmada por biópsia renal e 15 hipertensos oriundos do ambulatório do Centro de Hipertensão Arterial, cuja ausência de nefroangioesclerose foi definida pela ausência de proteinúria. Os grupos foram pareados quanto à idade e gênero. Resultados: Dentre as variáveis avaliadas, tempo de hipertensão arterial, pressão de pulso, glicemia, ácido úrico, creatinina e frequência de uso de diuréticos e simpatolíticos diferiram estatisticamente entre os dois grupos. Todas essas variáveis apresentaram valores maiores no grupo com nefroangioesclerose hipertensiva. Conclusão: O presente estudo associa a nefroangioesclerose hipertensiva, confirmada por biópsia, com alterações metabólicas, duração e intensidade da hipertensão e corrobora a ideia de que a prevenção primária da hipertensão arterial, postergando o seu início, o controle pressórico mais estrito, quando a hipertensão já está estabelecida, bem como o controle metabólico têm a potencialidade de prevenir o desenvolvimento de nefroangioesclerose hipertensiva.Introduction: Hypertensive nephroangiosclerosis is a major cause of chronic kidney disease requiring dialysis. Clinical characteristics that distinguish a patient with hypertension that evolves to nephroangiosclerosis from another that keeps stable renal function are not well established because of the difficulty in ensuring that the carriers of that disease are not actually suffering from glomerulonephritis or other kidney diseases. Thus, our objective was to identify clinical or laboratory features that distinguish the patients who developed chronic renal failure from hypertension, confirmed by renal biopsy, of those who, even with arterial hypertension, did not develop nephroangiosclerosis. Methods: We conducted a retrospective comparison of clinical and laboratory data of 15 patients with hypertensive nephroangiosclerosis confirmed by renal biopsy and 15 hypertensive patients from the outpatient clinic of the Hypertension Center, whose lack of nephroangiosclerosis was defined as absence of proteinuria. The groups were matched for age and gender. Results: Among the evaluated variables, duration of hypertension, pulse pressure, blood glucose, uric acid, creatinine and frequency of use of diuretics and sympatholytic differed statistically between the two groups. All these variables were higher in nephroangiosclerosis patients. Conclusion: This study links biopsy proven hypertensive nephroangiosclerosis with metabolic features, hypertension intensity and duration, corroborating the idea that primary prevention of hypertension, postponing its initiation, a more intensive hemodynamic control (when hypertension is well established) and metabolic control of these patients have the potential to prevent hypertensive nephroangiosclerosis.Universidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), Botucatu, SP, BrasilUniversidade Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), Botucatu, SP, BrasilSociedade Brasileira de NefrologiaUniversidade Estadual Paulista (Unesp)D'Oliveira, Carolina Hernandez [UNESP]Martin, Luis Cuadrado [UNESP]Viero, Rosa Marlene [UNESP]Cerolli, Camila Farias [UNESP]Moraes, Cinthia Esbrille de [UNESP]Silva, Vanessa dos Santos [UNESP]Habermann, Francisco [UNESP]Franco, Roberto Jorge da Silva [UNESP]2014-05-20T15:11:46Z2014-05-20T15:11:46Z2011-09-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article322-328application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S0101-28002011000300008Jornal Brasileiro de Nefrologia. Sociedade Brasileira de Nefrologia, v. 33, n. 3, p. 322-328, 2011.0101-28002175-8239http://hdl.handle.net/11449/2815010.1590/S0101-28002011000300008S0101-280020110003000082-s2.0-84858828525S0101-28002011000300008.pdf145356417133384870959335578551514923203168446615SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPporJornal Brasileiro de Nefrologia0,334info:eu-repo/semantics/openAccess2024-09-03T13:15:15Zoai:repositorio.unesp.br:11449/28150Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T13:15:15Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false
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