Associação do tratamento com alopurinol e desfechos definitivos em portadores de doença renal crônica com hiperuricemia assintomática
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/183070 |
Resumo: | Fundamentação: É crescente o número de trabalhos revelando a associação de hiperuricemia assintomática com hipertensão, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e doença renal crônica. Alguns estudos revelam que o tratamento da hiperuricemia assintomática reduz o número de desfechos renais e cardiovasculares. Tal premissa, no entanto, ainda não foi avaliada em uma subpopulação brasileira. Objetivos: Avaliar a associação entre tratamento com alopurinol e ocorrência de desfechos definitivos em portadores de doença renal crônica com hiperuricemia assintomática. Materiais e métodos: Foram avaliados, de forma retrospectiva, pacientes hiperuricêmicos e portadores de doença renal crônica não dialítica, em tratamento no HC-FMB – UNESP, os quais iniciaram acompanhamento no ambulatório de Insuficiência Renal Crônica ou de Nefrologia Geral do HC-UNESP desde janeiro 2002 a dezembro 2017. Com o intuito de avaliar a associação do uso do alopurinol sobre desfechos definitivos (entrada em terapia renal substitutiva, duplicação da creatinina ou morte). Resultados: Foram avaliados 109 pacientes sendo 53 do sexo feminino, cuja média de idade foi de 68 ± 11 anos. Destes, 95 eram brancos, 13 afrodescendentes e um asiático. Vinte e seis pacientes apresentaram o desfecho estudado no período; entre todos os 36 pacientes que iniciaram o uso de alopurinol no primeiro ano seguimento, ocorreram oito desfechos (22%). A proteinúria em 24 h associou-se aos desfechos avaliados Hazzard Ratio de 1,301 (IC 95%: 1,122 –1,508), p: 0,011. Em análise univariada, a fosfatemia também se associou ao desfecho, ao passo que hiperuricemia não apresentou associação. O uso do alopurinol iniciado no primeiro ano de acompanhamento não apresentou associação com o desfecho combinado 0,557 (IC 95%: 0,219 – 1,417), p: 0,220 ajustado para proteinúria. Conclusão: No presente trabalho, o uso de alopurinol não se associou ao desfecho combinado, dobrar creatinina, necessidade de terapia renal substitutiva ou morte. Da mesma maneira, a hiperuricemia não apresentou associação ao desfecho estudado. Houve associação entre proteinúria e fósforo com desfechos renais, o que condiz com a literatura. |
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Associação do tratamento com alopurinol e desfechos definitivos em portadores de doença renal crônica com hiperuricemia assintomáticaAssociation of allopurinol treatment and definitive outcomes in patients with chronic kidney disease with asymptomatic hyperuricemiaHiperuricemia assintomáticaHiperuricemiaAcido úricoDoença renal crônicaAlopurinolAsymptomatic hyperuricemiaHyperuricemiaUric acidChronic kidney diseaseAllopurinolFundamentação: É crescente o número de trabalhos revelando a associação de hiperuricemia assintomática com hipertensão, síndrome metabólica, doenças cardiovasculares e doença renal crônica. Alguns estudos revelam que o tratamento da hiperuricemia assintomática reduz o número de desfechos renais e cardiovasculares. Tal premissa, no entanto, ainda não foi avaliada em uma subpopulação brasileira. Objetivos: Avaliar a associação entre tratamento com alopurinol e ocorrência de desfechos definitivos em portadores de doença renal crônica com hiperuricemia assintomática. Materiais e métodos: Foram avaliados, de forma retrospectiva, pacientes hiperuricêmicos e portadores de doença renal crônica não dialítica, em tratamento no HC-FMB – UNESP, os quais iniciaram acompanhamento no ambulatório de Insuficiência Renal Crônica ou de Nefrologia Geral do HC-UNESP desde janeiro 2002 a dezembro 2017. Com o intuito de avaliar a associação do uso do alopurinol sobre desfechos definitivos (entrada em terapia renal substitutiva, duplicação da creatinina ou morte). Resultados: Foram avaliados 109 pacientes sendo 53 do sexo feminino, cuja média de idade foi de 68 ± 11 anos. Destes, 95 eram brancos, 13 afrodescendentes e um asiático. Vinte e seis pacientes apresentaram o desfecho estudado no período; entre todos os 36 pacientes que iniciaram o uso de alopurinol no primeiro ano seguimento, ocorreram oito desfechos (22%). A proteinúria em 24 h associou-se aos desfechos avaliados Hazzard Ratio de 1,301 (IC 95%: 1,122 –1,508), p: 0,011. Em análise univariada, a fosfatemia também se associou ao desfecho, ao passo que hiperuricemia não apresentou associação. O uso do alopurinol iniciado no primeiro ano de acompanhamento não apresentou associação com o desfecho combinado 0,557 (IC 95%: 0,219 – 1,417), p: 0,220 ajustado para proteinúria. Conclusão: No presente trabalho, o uso de alopurinol não se associou ao desfecho combinado, dobrar creatinina, necessidade de terapia renal substitutiva ou morte. Da mesma maneira, a hiperuricemia não apresentou associação ao desfecho estudado. Houve associação entre proteinúria e fósforo com desfechos renais, o que condiz com a literatura.Rationale: There is increasing number of studies revealing an association of hyperuricemia with hypertension, metabolic syndrome, cardiovascular diseases and chronic kidney disease. Some studies have shown that treatment of asymptomatic hyperuricemia reduces the number of renal and cardiovascular outcomes. This premise, however, has not yet been evaluated in a Brazilian subpopulation. Objectives: To evaluate the association between treatment with allopurinol and the occurrence of definitive outcomes in patients with chronic kidney disease with asymptomatic hyperuricemia. Materials and methods: Hyperuricemic patients with chronic non-dialytic kidney disease under treatment at HC-FMB - UNESP who began follow-up at the Chronic Kidney Insufficiency or General Nephrology outpatient clinic at HC-UNESP, were retrospectively evaluated, from January 2002 to December 2017. In order to evaluate the association of the use of allopurinol on definitive outcomes (renal replacement therapy, creatinine doubling or death). Results: A total of 109 patients were evaluated, of which 53 were females, whose mean age was 68 ± 11 years. Of these, 95 were white, 13 Afro-descendants and one Asian. Twenty-six patients presented the outcome studied in the period; among all 36 patients who started using allopurinol in the first year of follow-up, eight outcomes (22%) occurred. Proteinuria at 24 h was associated with the Hazzard Ratio of 1.301 (95% CI: 1.122 -1.508), p: 0.011. In univariate analysis, phosphataemia was also associated with the outcome, whereas hyperuricemia was not associated. The use of allopurinol started in the first year of follow-up was not associated with the combined endpoint 0.557 (95% CI: 0.219-1.417), p: 0.220 adjusted for proteinuria. Conclusion: In this study, the use of allopurinol was not associated with combined outcome, creatinine doubling, need for renal replacement therapy or death. Similarly, hyperuricemia was not associated with the outcome studied. There was an association between proteinuria and phosphorus with renal outcomes, which is consistent with the literature.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Martin, Luis Cuadrado [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Valente, Luiz Eduardo2019-07-30T16:19:51Z2019-07-30T16:19:51Z2019-02-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/18307000091880733004064020P04923203168446615porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-09-03T17:18:41Zoai:repositorio.unesp.br:11449/183070Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestrepositoriounesp@unesp.bropendoar:29462024-09-03T17:18:41Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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