Oficinas temáticas: espaço de escuta e livre expressão adolescente

• Autor(a) principal: Waideman, Marlene Castro [UNESP]
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: Giraldi, Josemary [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php; http://hdl.handle.net/11449/143585

Introdução: A adolescência é um período conturbado cujos conflitos são pouco compreendidos tanto pelos próprios adolescentes quanto pelos que convivem com eles. Também é claro como a sociedade como um todo não respeita os processos da adolescência, considerando seus conflitos como sendo uma rebeldia sem causa, fato que causa ainda mais sofrimento entre os indivíduos que vivem esta fase do desenvolvimento humano. Objetivos: Oferecer um espaço onde os jovens possam colocar seus pensamentos, sentimentos e dúvidas. Também visamos proporcionar aos adolescentes momentos de escuta, discussões e problematizações diante dos temas trabalhados e das idéias colocadas no grupo, levando-os a refletir sobre os conceitos e preconceitos existentes em cada um. Métodos: Através de um olhar clínico psicanalítico, oferecemos oficinas temáticas para garotos na faixa etária de 14 a 16 anos, integrantes do Projeto Broto Verde, no município de Assis.Em encontros semanais, trabalhamos com os mais variados materiais, entre eles músicas, vídeos, desenhos, colagens e jornais, com duração de uma hora cada encontro. Também buscamos fugir da posição de professor, possibilitando aos jovens a liberdade de livre expressão, já que não há a idéia de que somos detentores do saber. Com isso eles passam a perceber que ali é um espaço de troca de experiências e respeito ao pensamento do outro. Resultados: Para obtenção dos resultados atuais foi imprescindível a participação da orientadora do trabalho, através de supervisões que facilitam o desenvolvimento do olhar psicanalítico. Até o momento foi perceptível um crescimento grupal, já que inicialmente a dificuldade para entenderem como o trabalho se dá foi muito grande, o que não ocorre mais. Também já colocam sem medo as suas posições sobre os temas discutidos e chamam a atenção entre si quando alguém desrespeita a opinião do outro. Esperamos ainda que esse trabalho possibilite aos adolescentes a chance de se colocarem diante das questões do cotidiano de forma que possam exigir os seus direitos e expressar os seus desejos.