A Educação Inclusiva para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas públicas municipais.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/242375 |
Resumo: | A presente pesquisa apresentou como objeto a análise da Educação Inclusiva de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculadas em escolas públicas municipais. O estudo identificou como importante para que esse processo aconteça a participação da gestão escolar, a parceria com a família, a formação continuada dos profissionais, a articulação entre os(as) professores(as) da Educação Especial e professores(as) da sala de aula comum para a efetivação do Ensino Colaborativo e de práticas pedagógicas e recursos que contribuem para a aprendizagem do(a) estudante e também a importância do professor de apoio pedagógico. Com isso, as temáticas de formação continuada, inclusão, gestão escolar, políticas públicas, Sala de Recursos Multifuncionais e práticas pedagógicas foram problematizadas durante todo o percurso, tomando como referência diversos autores e documentos oficiais relativos à inclusão de pessoas com deficiência na escola regular. Com a histórica exclusão da escolarização de pessoas com deficiência, sabemos que a inclusão escolar é recente e requer o desenvolvimento de pesquisas e práticas que possam contribuir para enriquecer as possibilidades de ações pedagógicas com estudantes que demandam intervenções específicas. Ainda, com a sistematização da nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEE-EI), com a instauração de políticas públicas como a implantação das Salas de Recursos e a oferta do AEE (Atendimento Educacional Especializado), cada vez mais crianças-público da Educação Especial têm acesso às escolas comuns. E, principalmente, após a criação da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, em 2012, aumentaram as matrículas de estudantes com TEA. Diante disso, o problema da pesquisa consistiu em evidenciar as práticas e os recursos que visam a inclusão dos(as) estudantes com TEA, contribuindo para o desenvolvimento de sua aprendizagem e de sua potencialidade. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com aproximação do método dialético-crítico, que analisa o fenômeno na sua totalidade e concreticidade. Foi realizada a pesquisa de campo e para a apreensão dos dados foram realizadas as seguintes ações: estudo documental e entrevista semiestruturada com os profissionais que atuam diretamente com a criança com TEA (professores regentes da sala de aula comum e professores da Educação Especial), e também entrevistas com as famílias dos (as) estudantes, que permitiram refletir a realidade de seus filhos. A seleção e análise dos dados foram realizadas a partir da leitura minuciosa dos registros para a definição das categorias e triangulação dos resultados. A pesquisa revelou que a Educação Inclusiva para estudantes com TEA já acontece nas escolas públicas municipais. Contudo, carece de profundas discussões sobre essa temática no ambiente escolar e de intensa formação especializada, de tal forma que os profissionais da educação possam se apropriar de mais elementos para a potencialização de ações efetivas no âmbito do trabalho coletivo e para a efetivação de práticas que realmente contribuam para o ensino e aprendizagem. A discussão consistiu na compreensão da necessidade da construção de uma nova concepção de educação por meio de uma educação emancipadora, na qual entende-se que a Educação Inclusiva não é somente o acesso à escola, mas, principalmente, o desenvolvimento do aprendizado do(a) estudante com TEA enquanto garantia de direito de uma educação pública de qualidade para todos(as) e atendendo às necessidades e especificidades de cada estudante. Palavras-chave: Educação Inclusiva. Transtorno do Espectro Autista (TEA). Práticas Pedagógicas. |
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A Educação Inclusiva para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em escolas públicas municipais.Inclusive Education for children with Autistic Spectrum Disorder (ASD) in municipal public schools.Educação InclusivaTranstorno do Espectro Autista (TEA)Práticas PedagógicasInclusive EducationAutism Spectrum Disorder (ASD)Pedagogical PracticesA presente pesquisa apresentou como objeto a análise da Educação Inclusiva de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculadas em escolas públicas municipais. O estudo identificou como importante para que esse processo aconteça a participação da gestão escolar, a parceria com a família, a formação continuada dos profissionais, a articulação entre os(as) professores(as) da Educação Especial e professores(as) da sala de aula comum para a efetivação do Ensino Colaborativo e de práticas pedagógicas e recursos que contribuem para a aprendizagem do(a) estudante e também a importância do professor de apoio pedagógico. Com isso, as temáticas de formação continuada, inclusão, gestão escolar, políticas públicas, Sala de Recursos Multifuncionais e práticas pedagógicas foram problematizadas durante todo o percurso, tomando como referência diversos autores e documentos oficiais relativos à inclusão de pessoas com deficiência na escola regular. Com a histórica exclusão da escolarização de pessoas com deficiência, sabemos que a inclusão escolar é recente e requer o desenvolvimento de pesquisas e práticas que possam contribuir para enriquecer as possibilidades de ações pedagógicas com estudantes que demandam intervenções específicas. Ainda, com a sistematização da nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEE-EI), com a instauração de políticas públicas como a implantação das Salas de Recursos e a oferta do AEE (Atendimento Educacional Especializado), cada vez mais crianças-público da Educação Especial têm acesso às escolas comuns. E, principalmente, após a criação da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, em 2012, aumentaram as matrículas de estudantes com TEA. Diante disso, o problema da pesquisa consistiu em evidenciar as práticas e os recursos que visam a inclusão dos(as) estudantes com TEA, contribuindo para o desenvolvimento de sua aprendizagem e de sua potencialidade. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com aproximação do método dialético-crítico, que analisa o fenômeno na sua totalidade e concreticidade. Foi realizada a pesquisa de campo e para a apreensão dos dados foram realizadas as seguintes ações: estudo documental e entrevista semiestruturada com os profissionais que atuam diretamente com a criança com TEA (professores regentes da sala de aula comum e professores da Educação Especial), e também entrevistas com as famílias dos (as) estudantes, que permitiram refletir a realidade de seus filhos. A seleção e análise dos dados foram realizadas a partir da leitura minuciosa dos registros para a definição das categorias e triangulação dos resultados. A pesquisa revelou que a Educação Inclusiva para estudantes com TEA já acontece nas escolas públicas municipais. Contudo, carece de profundas discussões sobre essa temática no ambiente escolar e de intensa formação especializada, de tal forma que os profissionais da educação possam se apropriar de mais elementos para a potencialização de ações efetivas no âmbito do trabalho coletivo e para a efetivação de práticas que realmente contribuam para o ensino e aprendizagem. A discussão consistiu na compreensão da necessidade da construção de uma nova concepção de educação por meio de uma educação emancipadora, na qual entende-se que a Educação Inclusiva não é somente o acesso à escola, mas, principalmente, o desenvolvimento do aprendizado do(a) estudante com TEA enquanto garantia de direito de uma educação pública de qualidade para todos(as) e atendendo às necessidades e especificidades de cada estudante. Palavras-chave: Educação Inclusiva. Transtorno do Espectro Autista (TEA). Práticas Pedagógicas.The present research aimed to analyze the Inclusive Education of children with Autism Spectrum Disorder (ASD) registered in municipal public schools. The study identified as important for this process to take place the participation of school management, the partnership with the family, the continuing education of professionals, the articulation between Special Education teachers and common classroom teachers for the realization of collaborative teaching and pedagogical practices and resources that contribute to the student's learning and also the importance of the teacher of pedagogical support. With this, the themes of continuing education, inclusion, school management, public policies, Multifunctional Resource Room and pedagogical practices were problematized throughout the development, taking as reference several authors and official documents related to the inclusion of persons with disabilities in regular schools. With the historical exclusion of persons with disabilities from schooling, we know that school inclusion is recent and requires the development of researches and practices that can contribute to enriching the possibilities of pedagogical actions with students who demand specific interventions. Also, with the systematization of the new National Policy on Special Education from the Perspective of Inclusive Education (PNEE-EI), with the establishment of public policies such as the implementation of Resource Rooms and the offer of AEE (Specialized Educational Assistance), increasingly Special Education children have access to common schools. And, especially, after the creation of the National Policy for the Protection of the Rights of Persons with Autism Spectrum Disorder, in 2012, the registration of students with ASD increased. Therefore, the research problem consisted of highlighting the practices and resources that aimed the inclusion of students with ASD, contributing to the development of their learning and their potential. This study is a qualitative approach research based on dialectical-critical method. Field research was carried out and the following actions were carried out for data collection: document analysis and semi-structured interview with professionals who work directly with children with ASD (teachers from common classroom and teachers in Special Education), and also interviews with the families of these students, which allowed a discursive textual analysis. The selection and analysis of the data were carried out by carefully reading of records to define the categories and triangulate the results. The research revealed that Inclusive Education for students with ASD already takes place in municipal public schools. However, there is a need for more discussions on this topic in the school environment and for more specialized training, so that education professionals can appropriate from more elements for the improvement of effective actions in the context of collective work and for the implementation of practices that really contribute to teaching and learning. The discussion consisted of understanding the need to build a new conception of education through an emancipatory education, in which it is understood that Inclusive Education is not only the access to school, but mainly the development of the student's learning as a guarantee of the right to a quality public education for all and fulfill the needs and specificities of each student. Keywords: Inclusive Education. Autism Spectrum Disorder (ASD). Pedagogical PracticesUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Piana, Maria Cristina [UNESP]Universidade Estadual Paulista (Unesp)Mozetti, Fernanda Cristina de Souza2023-03-08T16:19:22Z2023-03-08T16:19:22Z2022-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/24237533004072067P2porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2024-06-26T19:23:40Zoai:repositorio.unesp.br:11449/242375Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T19:57:36.865123Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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A presente pesquisa apresentou como objeto a análise da Educação Inclusiva de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculadas em escolas públicas municipais. O estudo identificou como importante para que esse processo aconteça a participação da gestão escolar, a parceria com a família, a formação continuada dos profissionais, a articulação entre os(as) professores(as) da Educação Especial e professores(as) da sala de aula comum para a efetivação do Ensino Colaborativo e de práticas pedagógicas e recursos que contribuem para a aprendizagem do(a) estudante e também a importância do professor de apoio pedagógico. Com isso, as temáticas de formação continuada, inclusão, gestão escolar, políticas públicas, Sala de Recursos Multifuncionais e práticas pedagógicas foram problematizadas durante todo o percurso, tomando como referência diversos autores e documentos oficiais relativos à inclusão de pessoas com deficiência na escola regular. Com a histórica exclusão da escolarização de pessoas com deficiência, sabemos que a inclusão escolar é recente e requer o desenvolvimento de pesquisas e práticas que possam contribuir para enriquecer as possibilidades de ações pedagógicas com estudantes que demandam intervenções específicas. Ainda, com a sistematização da nova Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEE-EI), com a instauração de políticas públicas como a implantação das Salas de Recursos e a oferta do AEE (Atendimento Educacional Especializado), cada vez mais crianças-público da Educação Especial têm acesso às escolas comuns. E, principalmente, após a criação da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, em 2012, aumentaram as matrículas de estudantes com TEA. Diante disso, o problema da pesquisa consistiu em evidenciar as práticas e os recursos que visam a inclusão dos(as) estudantes com TEA, contribuindo para o desenvolvimento de sua aprendizagem e de sua potencialidade. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, com aproximação do método dialético-crítico, que analisa o fenômeno na sua totalidade e concreticidade. Foi realizada a pesquisa de campo e para a apreensão dos dados foram realizadas as seguintes ações: estudo documental e entrevista semiestruturada com os profissionais que atuam diretamente com a criança com TEA (professores regentes da sala de aula comum e professores da Educação Especial), e também entrevistas com as famílias dos (as) estudantes, que permitiram refletir a realidade de seus filhos. A seleção e análise dos dados foram realizadas a partir da leitura minuciosa dos registros para a definição das categorias e triangulação dos resultados. A pesquisa revelou que a Educação Inclusiva para estudantes com TEA já acontece nas escolas públicas municipais. Contudo, carece de profundas discussões sobre essa temática no ambiente escolar e de intensa formação especializada, de tal forma que os profissionais da educação possam se apropriar de mais elementos para a potencialização de ações efetivas no âmbito do trabalho coletivo e para a efetivação de práticas que realmente contribuam para o ensino e aprendizagem. A discussão consistiu na compreensão da necessidade da construção de uma nova concepção de educação por meio de uma educação emancipadora, na qual entende-se que a Educação Inclusiva não é somente o acesso à escola, mas, principalmente, o desenvolvimento do aprendizado do(a) estudante com TEA enquanto garantia de direito de uma educação pública de qualidade para todos(as) e atendendo às necessidades e especificidades de cada estudante. Palavras-chave: Educação Inclusiva. Transtorno do Espectro Autista (TEA). Práticas Pedagógicas. |
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