Gender differences in obsessive-compulsive disorder: a literature review
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462011000400014 http://hdl.handle.net/11449/11594 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um quadro heterogêneo, no qual subtipos têm sido propostos. Estudos anteriores sugerem que gênero desempenha papel relevante na expressão fenotípica. O objetivo foi realizar uma revisão convencional da literatura sobre diferenças de gênero em relação a aspectos clínicos e genéticos ou familiares do TOC. MÉTODO: Realizou-se uma revisão convencional da literatura incluindo todos os artigos que investigaram aspectos sociodemográficos, clínicos e genéticos do TOC, de acordo com o gênero. A pesquisa foi baseada em publicações disponíveis nas bases de dados Medline e PsycInfo nos últimos 20 anos, usando como palavras-chave: obsessive-compulsive disorder (OCD), e: gender, sex, male, female, demographic characteristics, clinical features, clinical characteristics, genetic, genes, genetics gender OCD, genes OCD, genes OCD males, genes OCD females. RESULTADO: Sessenta e três artigos de fenótipo e genética foram selecionados. Na maioria dos estudos, o sexo masculino associou-se mais que o feminino com: ser solteiro, apresentar início mais precoce dos sintomas, maior prejuízo social, mais sintomas sexuais, religiosos e de agressão, e mais comorbidade com transtorno de tiques e abuso de substâncias. Pacientes do sexo feminino apresentam mais sintomas de contaminação/limpeza e mais comorbidade com transtornos alimentares e do controle de impulsos. Estudos genéticos e familiares são controversos, mas indicam que o gênero pode desempenhar um papel na expressão da doença. CONCLUSÃO: Gênero é um fator relevante a ser considerado na avaliação de pacientes com TOC. São necessários mais estudos para determinar se este fator define de fato um grupo homogêneo e particular de TOC. |
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Gender differences in obsessive-compulsive disorder: a literature reviewDiferenças de gênero no transtorno obsessivo-compulsivo: uma revisão da literaturaTranstorno obsessivo-compulsivoIdentidade de gêneroSexoFenótipoGenéticaObsessive-compulsive disorderGender identitySexPhenotypeGeneticsINTRODUÇÃO: O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é um quadro heterogêneo, no qual subtipos têm sido propostos. Estudos anteriores sugerem que gênero desempenha papel relevante na expressão fenotípica. O objetivo foi realizar uma revisão convencional da literatura sobre diferenças de gênero em relação a aspectos clínicos e genéticos ou familiares do TOC. MÉTODO: Realizou-se uma revisão convencional da literatura incluindo todos os artigos que investigaram aspectos sociodemográficos, clínicos e genéticos do TOC, de acordo com o gênero. A pesquisa foi baseada em publicações disponíveis nas bases de dados Medline e PsycInfo nos últimos 20 anos, usando como palavras-chave: obsessive-compulsive disorder (OCD), e: gender, sex, male, female, demographic characteristics, clinical features, clinical characteristics, genetic, genes, genetics gender OCD, genes OCD, genes OCD males, genes OCD females. RESULTADO: Sessenta e três artigos de fenótipo e genética foram selecionados. Na maioria dos estudos, o sexo masculino associou-se mais que o feminino com: ser solteiro, apresentar início mais precoce dos sintomas, maior prejuízo social, mais sintomas sexuais, religiosos e de agressão, e mais comorbidade com transtorno de tiques e abuso de substâncias. Pacientes do sexo feminino apresentam mais sintomas de contaminação/limpeza e mais comorbidade com transtornos alimentares e do controle de impulsos. Estudos genéticos e familiares são controversos, mas indicam que o gênero pode desempenhar um papel na expressão da doença. CONCLUSÃO: Gênero é um fator relevante a ser considerado na avaliação de pacientes com TOC. São necessários mais estudos para determinar se este fator define de fato um grupo homogêneo e particular de TOC.INTRODUCTION: Obsessive-compulsive disorder (OCD) is a heterogeneous condition, in which subtypes have been proposed. Previous studies suggested that gender plays a relevant role in OCD phenotypic expression. This study aimed to review the literature on gender differences in clinical, genetic or familial aspects of OCD. METHOD: A conventional review was conducted, including all papers that investigated demographic, clinical, and genetic aspects of OCD according to gender. The search was based on data available in Medline and PsycINFO databases in the last 20 years, using as keywords: obsessive-compulsive disorder; and: gender, sex, male, female, demographic characteristics, clinical features, clinical characteristics, genetic, genes, genetics gender OCD, genes OCD, genes OCD males, genes OCD females. RESULTS: Sixty three of 487 phenotypical and genetics studies were selected. Most studies indicate that male patients are more likely than females to be single, present early onset of symptoms and chronic course of the disorder, greater social impairment, more sexual-religious and aggressive symptoms, and greater comorbidity with tic and substance use disorders. Female patients present more contamination/cleaning symptoms and greater comorbidity with eating and impulse-control disorders. Genetic and family studies are inconclusive, but suggest that gender may play a role in the disease expression. CONCLUSIONS: Gender is a relevant factor that should be taken into account when evaluating OCD patients. More studies are necessary to determine whether in fact it defines a homogeneous and particular group in OCD.Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)Universidade de São Paulo Department of PsychiatryUniversidade Estadual Paulista Botucatu Medical School Department of Neurology, Psychology and PsychiatryUniversidade Estadual Paulista Botucatu Medical School Department of Neurology, Psychology and PsychiatryAssociação Brasileira de Psiquiatria - ABPUniversidade de São Paulo (USP)Universidade Estadual Paulista (Unesp)Mathis, Maria Alice deAlvarenga, Pedro deFunaro, GuilhermeTorresan, Ricardo Cezar [UNESP]Moraes, IvanilTorres, Albina Rodrigues [UNESP]Zilberman, Monica LHounie, Ana Gabriela2014-05-20T13:33:53Z2014-05-20T13:33:53Z2011-12-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/article390-399application/pdfhttp://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462011000400014Revista Brasileira de Psiquiatria. Associação Brasileira de Psiquiatria - ABP, v. 33, n. 4, p. 390-399, 2011.1516-4446http://hdl.handle.net/11449/1159410.1590/S1516-44462011000400014S1516-44462011000400014WOS:000298331500014S1516-44462011000400014.pdf3837157956819433SciELOreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESPengRevista Brasileira de Psiquiatria2.0930,803info:eu-repo/semantics/openAccess2024-08-16T15:46:16Zoai:repositorio.unesp.br:11449/11594Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-16T15:46:16Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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