Atividades psicomotoras e a criança especial

• Autor(a) principal: Goulardis, Juliana Barbosa [UNESP]
• Data de Publicação: 2005
• Outros Autores: Chiarelli, Dayany Nascimento [UNESP], Bofi, Tânia Cristina [UNESP], Mastroanni, Edelvira de Castro Quintanilha [UNESP], Saita, Leila Suzuki [UNESP], Cruz, Marcos Leão da Silva [UNESP]
• Tipo de documento: Artigo de conferência
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: http://www.unesp.br/proex/programas/pcct_3congresso.php; http://hdl.handle.net/11449/143611

Desenvolvimento são contínuas alterações que ocorrem no individuo, realizado pela interação entre as necessidades da tarefa, a biologia do individuo e as condições do ambiente. A impossibilidade da ação corporal provocada pela ocorrência de uma deficiência psicomotora, interferem negativamente no desenvolvimento e no crescimento infantil. Com isto, acreditamos na contribuição da reeducação psicomotora em crianças portadoras de necessidades especiais e que apresentam dificuldade de aprendizagem. ste trabalho tem como propósitos: avaliar o desenvolvimento psicomotor de crianças portadoras de necessidades, realizar um programa de reeducação psicomotora, observar e relatar o desenvolvimento psicomotor dessas crianças antes e após um programa de reeducação, desenvolvido no Laboratório de Atividades Lúdico-Recreativas da FCT/UNESP. Os procedimentos metodológicos utilizados foram: avaliações do desenvolvimento psicomotor, baseadas na Escala de Desenvolvimento Motor - EDM (ROSA NETO, 2001) e no Inventário Portage Operacionalizado (WILLIAMS E AIELLO, 2001), entrevistas com as mães ou responsáveis, a fim de coletar o histórico de vida das crianças. Através do Inventário Portage Operacionalizado crianças de dois a seis anos de idade foram avaliadas quanto às cinco categorias do desenvolvimento: desenvolvimento motor, cognição, socialização, linguagem e auto-cuidados, cada uma com suas provas específicas. A EDM foi utilizada com crianças com idade acima de seis anos e avalia os seguintes aspectos: esquema corporal, coordenação dinâmica geral, equilíbrio, coordenação dinâmica das mãos, rapidez e estrutura espaço-temporal. Estão inseridas neste projeto 30 crianças com idade entre três a 13 anos, destas 12 são meninas e 18 meninos, portadoras de algum tipo de necessidade especial. Segundo a análise dos dados 7 crianças possuem TDAH, 6 Síndrome de Down, 5 Paralisia Cerebral, 5 Deficiência Mental, 2 Hidrocefalia, 2 Sequela de Meningite, 1 Citomegalovírus, 1 Síndrome de West, 1 Síndrome de Kabouch, 1 Síndrome de Cohen, 1 Síndrome do X Frágil e 1 Síndrome do Alcoolismo Fetal. As avaliações evidenciaram que todas estas apresentaram déficits psicomotores generalizados e após a prática de jogos e brincadeiras demonstraram avanços envolvendo motricidade, cognição, socialização, linguagem e afetividade. Conclusão: A criança é um ser único e deve ser respeitada com suas limitações e características próprias. Há que se valorizar todo seu potencial, além das sensações captadas pela criança e a motivação que se estabelece para a interação com o ambiente. Essas medidas podem possibilitar um desenvolvimento infantil quando uma deficiência se faz presente.