Gestão comunitária e tecnologia socioterritorial: análise da Rede de coletivos de consumo responsável na Região Metropolitana de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UNESP |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11449/236766 |
Resumo: | Movimentos contra-hegemônicos no campo e na cidade apresentam um regime alimentar alternativo em oposição ao regime alimentar corporativo. Através dos circuitos curtos de proximidade por meio dos grupos de consumo responsável realizam uma aliança em torno do abastecimento popular de alimentos saudáveis através da compra coletiva de alimentos agroecológicos direto do campesinato, da agricultura familiar e quilombola. Propõe-se analisar a gestão comunitária e tecnologia socioterritorial da rede de coletivos de consumo responsável na Região Metropolitana de São Paulo. Para isso, é apresentada a experiência do Coletivo de Consumo Rural Urbano - Associação Oeste de Diadema (CCRU) e a construção da rede de grupos de consumo fomentada na pandemia com o Coletivo de Consumo Rural Urbano - Solidariedade Orgânica, buscando compreender o funcionamento e os desafios da gestão comunitária para atuação do coletivo. Também, observou-se a atuação, abrangência e desafios da Rede Sampa que realiza compras coletivas de alimentos agroecológicos junto a Rede de Agricultoras Mulheres Agroecológicas em parceria com a ONG Sempre Viva Organização Feminista. Por meio de pesquisa participante, através de observação participante, formulário de pesquisa e investigação documental, com atuação nas atividades realizadas pelo CCRU e pela Rede Sampa, junto às referências teóricas. Constatou desafios para o funcionamento do CCRU em especial sobre atrair mais participantes à gestão do coletivo e a compra coletiva e dificuldade de transmitir a mensagem do coletivo aos participantes da compra coletiva. Observou-se que a ausência de sistema integrado é um desafio encontrado em todas experiências analisadas. Observou a relevância da atuação das mulheres na produção social da vida, especialmente na produção, abastecimento e consumo de alimentos saudáveis. Percebeu que os grupos de consumo e a atuação em rede é uma tecnologia socioterritorial contra-hegemônica que tem potencial de oferecer maior autonomia ao campesinato e o acesso à alimentação saudável e adequada a preço acessível na cidade, ainda mais em tempos de crise sanitária e alimentar. Também percebeu maior empoderamento individual e coletivo nas atividades comunitárias apontando a necessidade do desenvolvimento de novas formas de organização social para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. |
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Gestão comunitária e tecnologia socioterritorial: análise da Rede de coletivos de consumo responsável na Região Metropolitana de São PauloGestión comunitaria y tecnología socioterritorial: análisis de la Red de Colectivos de Consumidores responsable en la Región Metropolitana de São PauloRegime alimentarSoberania alimentarEconomia feministaGrupos de consumo responsávelDietFood sovereigntyFeminist economicsResponsible consumption groupsDietaSoberanía alimentariaEconomía feministaGrupos de consumo responsableMovimentos contra-hegemônicos no campo e na cidade apresentam um regime alimentar alternativo em oposição ao regime alimentar corporativo. Através dos circuitos curtos de proximidade por meio dos grupos de consumo responsável realizam uma aliança em torno do abastecimento popular de alimentos saudáveis através da compra coletiva de alimentos agroecológicos direto do campesinato, da agricultura familiar e quilombola. Propõe-se analisar a gestão comunitária e tecnologia socioterritorial da rede de coletivos de consumo responsável na Região Metropolitana de São Paulo. Para isso, é apresentada a experiência do Coletivo de Consumo Rural Urbano - Associação Oeste de Diadema (CCRU) e a construção da rede de grupos de consumo fomentada na pandemia com o Coletivo de Consumo Rural Urbano - Solidariedade Orgânica, buscando compreender o funcionamento e os desafios da gestão comunitária para atuação do coletivo. Também, observou-se a atuação, abrangência e desafios da Rede Sampa que realiza compras coletivas de alimentos agroecológicos junto a Rede de Agricultoras Mulheres Agroecológicas em parceria com a ONG Sempre Viva Organização Feminista. Por meio de pesquisa participante, através de observação participante, formulário de pesquisa e investigação documental, com atuação nas atividades realizadas pelo CCRU e pela Rede Sampa, junto às referências teóricas. Constatou desafios para o funcionamento do CCRU em especial sobre atrair mais participantes à gestão do coletivo e a compra coletiva e dificuldade de transmitir a mensagem do coletivo aos participantes da compra coletiva. Observou-se que a ausência de sistema integrado é um desafio encontrado em todas experiências analisadas. Observou a relevância da atuação das mulheres na produção social da vida, especialmente na produção, abastecimento e consumo de alimentos saudáveis. Percebeu que os grupos de consumo e a atuação em rede é uma tecnologia socioterritorial contra-hegemônica que tem potencial de oferecer maior autonomia ao campesinato e o acesso à alimentação saudável e adequada a preço acessível na cidade, ainda mais em tempos de crise sanitária e alimentar. Também percebeu maior empoderamento individual e coletivo nas atividades comunitárias apontando a necessidade do desenvolvimento de novas formas de organização social para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.Counter-hegemonic movements in the countryside and in the city present an alternative food regime in opposition to the corporate food regime. Through short circuits of proximity through responsible consumption groups, they form an alliance around the popular supply of healthy food through the collective purchase of agroecological food directly from the peasantry, family farming and quilombola. It is proposed to analyze the community management and socio-territorial technology of the network of responsible consumption collectives in the Metropolitan Region of São Paulo. For this, the experience of the Coletivo de Consumo Rural Urbano - Associação Oeste de Diadema (CCRU) is presented and the construction of the network of consumer groups fostered in the pandemic with the Coletivo de Consumo Rural Urbano - Solidariedade Orgânica, seeking to understand the functioning and challenges of community management for collective action. Also, it was observed the performance, scope and challenges of the Sampa Network that makes collective purchases of agroecological foods with the Agroecological Women Farmers Network in partnership with the NGO Semper Viva Organization Feminista. Through participatory research, through participant observation, research form and documental investigation, working in activities carried out by CCRU and Rede Sampa, along with theoretical references. It found challenges for the functioning of the CCRU, especially about attracting more participants to collective management and collective purchasing, and the difficulty of conveying the collective's message to the collective purchase participants. It was observed that the absence of an integrated system is a challenge found in all analyzed experiences. He noted the importance of women's role in the social production of life, especially in the production, supply and consumption of healthy foods. He realized that consumption groups and networking is a counter-hegemonic socio-territorial technology that has the potential to offer greater autonomy to the peasantry and access to healthy and adequate food at an affordable price in the city, even more in times of health and food crisis. . He also noticed greater individual and collective empowerment in community activities, pointing out the need to develop new forms of social organization for the construction of a more just and egalitarian society.Los movimientos contrahegemónicos en el campo y en la ciudad presentan un régimen alimentario alternativo al régimen alimentario corporativo. A través de circuitos cortos de proximidad a través de grupos de consumo responsable, forman una alianza en torno al abastecimiento popular de alimentos saludables a través de la compra colectiva de alimentos agroecológicos directamente al campesinado, agricultura familiar y quilombola. Se propone analizar la gestión comunitaria y la tecnología socioterritorial de la red de colectivos de consumo responsable en la Región Metropolitana de São Paulo. Para ello, se presenta la experiencia del Coletivo de Consumo Rural Urbano - Associação Oeste de Diadema (CCRU) y la construcción de la red de grupos de consumidores fomentada en la pandemia con el Coletivo de Consumo Rural Urbano - Solidariedade Orgânica, buscando comprender la funcionamiento y desafíos de la gestión comunitaria para la acción colectiva. Asimismo, se observó el desempeño, alcances y desafíos de la Red Sampa que realiza compras colectivas de alimentos agroecológicos con la Red de Mujeres Campesinas Agroecológicas en alianza con la ONG Semper Viva Organización Feminista. A través de la investigación participativa, a través de la observación participante, formulario de investigación e investigación documental, trabajando en actividades realizadas por CCRU y Rede Sampa, junto con referentes teóricos. Encontró desafíos para el funcionamiento de la CCRU, especialmente acerca de atraer más participantes a la gestión colectiva y la compra colectiva, y la dificultad de transmitir el mensaje del colectivo a los participantes de la compra colectiva. Se observó que la ausencia de un sistema integrado es un desafío que se encuentra en todas las experiencias analizadas. Señaló la importancia del papel de la mujer en la producción social de la vida, especialmente en la producción, suministro y consumo de alimentos saludables. Se dio cuenta de que los grupos de consumo y el trabajo en red es una tecnología socioterritorial contrahegemónica que tiene el potencial de ofrecer mayor autonomía al campesinado y acceso a una alimentación sana y adecuada a un precio asequible en la ciudad, más aún en tiempos de salud y alimentación. crisis. . También notó un mayor empoderamiento individual y colectivo en las actividades comunitarias, señalando la necesidad de desarrollar nuevas formas de organización social para la construcción de una sociedad más justa e igualitaria.Universidade Estadual Paulista (Unesp)Sansolo, Davis Gruber [UNESP]Baca, Andrea SantosUniversidade Estadual Paulista (Unesp)Silva, Renata2022-09-29T16:48:05Z2022-09-29T16:48:05Z2022-05-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/11449/23676633004013068P6porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNESPinstname:Universidade Estadual Paulista (UNESP)instacron:UNESP2023-10-29T06:10:28Zoai:repositorio.unesp.br:11449/236766Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.unesp.br/oai/requestopendoar:29462024-08-05T16:23:04.672553Repositório Institucional da UNESP - Universidade Estadual Paulista (UNESP)false |
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