Estudo das alterações dos sinais vitais e níveis glicêmicos em pacientes submetidos à exodontias de terceiros molares inferiores com o uso de anestésico associado a vasoconstritor adrenérgico e não adrenérgico

• Autor(a) principal: Prado, Estéfany Lopes Lemes [UNESP]
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UNESP
• Texto Completo: https://hdl.handle.net/11449/251187
• topic: Sinais vitais; Boca Cirurgia; Vasoconstritores; Vasoconstrictor agents

Durante os procedimentos odontológicos, além da ansiedade, diversos fatores são capazes de modificar os níveis pressóricos do paciente, portanto o monitoramento dos sinais vitais e níveis glicêmicos é essencial, uma vez que seus indicadores fornecem sinais das alterações fisiológicas. O objetivo do presente estudo clínico randomizado, duplo-cego, boca dividida, cruzado, foi monitorar os sinais vitais, níveis glicêmicos e dor pós-operatória em exodontias complexas de terceiros molares inferiores inclusos comparando o uso dos anestésicos prilocaína e mepivacaína associados a seus vasoconstritores. Após anamnese, exame clínico e exames radiográficos foram selecionados 36 pacientes hígidos, os quais foram divididos em dois grupos GMP (Mepivacaína 2% + Adrenalina 1:100.000) e GPF (Prilocaína 3% + Felipressina 0,03UL/mg). Os pacientes foram submetidos a dois procedimentos exodonticos, em dois tempos cirúrgicos respeitando o intervalo de 15 dias. Foram aferidas temperatura (T), pressão arterial (PA), frequência respiratória (FR), frequência cardíaca (FC), saturação de oxigênio (SpO2) e níveis glicêmicos (NG), nos tempos: repouso (T0), pós-anestesia (T1) e ao término da cirurgia (T2). Além disso, foram avaliados o número de tubetes (NT), tempo cirúrgico (TC) e a dor por meio da escala visual analógica (EVA). Na análise estatística foi realizado o teste de Shapiro-Wilk, ANOVA 2 way, com pós-teste Tukey, teste D'Agostino-Pearson com pós-teste T não pareado com nível de significância p<0.05. Não houve diferença estatística para os prâmetros PA, T, FR, NG e TC. Houve queda na SpO2 no GPF em relação ao GMP em T2 (p=0,0028) e no GPF entre T0-T1 eT1-T2 (p=0,0028). Na FC houve aumento do GMP em relação ao GPF em T1 (p=0,068) e diminuição dos valores de GMP entre T1- T2(p=0,0068). A média de NT no GPF foi maior que em GMP (p=0,0455). Na escala de EVA não houve diferença entre grupos durante intervalos de 1, 3 e 7 dias. Conclui-se que os dois anestésicos são seguros para uso em cirurgias complexas, mas o GMP mostrou hemostasia superior com menos tubetes, enquanto a GPF causou menor alteração na FC, podendo ser recomendada para pacientes cardiopatas.