Cárcere como disposto do privilégio: a relação entre encarceramento em massa e desigualde social no Brasil da década de 2000

• Autor(a) principal: Santos, Vinícius Pena dos
• Data de Publicação: 2019
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie
• Texto Completo: https://dspace.mackenzie.br/handle/10899/30300
• topic: criminologia; criminologia crítica; encarceramento em massa; desigualdade social; criminology; critical criminology; mass incarceration; social inequality

O Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo e a que mais cresce. A situação desse sistema prisional, por sua vez, é sabidamente crítica. A violação de direitos humanos, por parte do Estado, é atribuída, em várias circunstâncias, à superlotação. Se superficialmente o encarceramento é relacionado à pobreza, durante a década de 2000, no Brasil, ao considerar o aumento da renda per capita da população e a diminuição da desigualdade social, deveríamos ter presenciado uma diminuição na taxa de encarceramento, o que não ocorreu. A situação nos remete à uma análise bibliográfica, com aportes, sobretudo, da criminologia crítica, a fim de traçar relações mais fidedignas entre economia e sistema punitivo, na medida em que a análise de dados estatísticos não pode ser realizada de modo formal, as relações sociais implicam complexidade em suas consequências, o aumento da renda e do consumo não são suficientes para proporcionar inclusão social e a formação de um exército de reserva de mão de obra criminal, a partir do encarceramento em massa, gera um ciclo de perpetuação da miséria.