A teoria do terceiro cúmplice no direito Brasileiro: a responsabilização de terceiros pela interferência negativa na execução de negócios jurídicos alheios
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie |
Texto Completo: | http://dspace.mackenzie.br/handle/10899/20762 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo aprofundar-se na teoria do terceiro cúmplice, a qual decorre da interferência negativa de um terceiro totalmente alheio a uma relação contratual, com vistas a corrompê-la. Para isto, será feita uma análise dos princípios que regem o contrato e quais os pressupostos necessários para que possua validade. Em seguida, será analisada a distinção entre partes e terceiros e, na sequência, debruçar-se-á sobre a relativização dos efeitos de um negócio jurídico, buscando entender por meio de quais princípios e dispositivos, constitucionais e de direito civil, pauta-se a teoria. Será examinada, também, a origem da teoria do terceiro cúmplice em sistemas jurídicos de outros países, bem como as concepções que lá são dadas para a função social do contrato, o princípio da boa-fé objetiva, a oponibilidade dos efeitos do contrato, o abuso de direito e a tutela externa do crédito, fundamentos basilares das legislações civilistas na caracterização da responsabilidade do terceiro cúmplice. Mais adiante será feita uma análise histórica do princípio, outrora restrito, da relatividade dos contratos, o qual possuía o verdadeiro condão de dogma, insuperável e intransponível, mas que com o advento das transformações sociais e comerciais no mundo globalizado, foi superado por uma nova interpretação jurisprudencial e doutrinária. Uma vez demonstrados a possibilidade da responsabilização do terceiro cúmplice e o seu fundamento, se fará necessário o estabelecimento de possíveis balizas para a sua aplicação no ordenamento jurídico brasileiro, o que será feito a partir de uma análise das características da responsabilidade civil do terceiro cúmplice. Será demonstrada, inclusive, à luz das hipóteses de aplicação da teoria, uma exceção: os casos em que o contrato versar sobre direito desportivo no âmbito do futebol profissional, mais especificamente na hipótese de previsão de cláusula indenizatória desportiva. Por fim, será explanada a conclusão a que o presente estudo chegou, tendo como principal ponto a fundamentação da teoria do terceiro cúmplice na tutela externa do crédito, fruto da teoria do fato jurídico, em consonância com o princípio da relatividade dos efeitos dos contratos. |
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Andrade, Gabriel Antonio PintoBdine Junior, Hamid CharafGurgel, Fernanda Pessanha do AmaralTheophilo Junior, Roque2019-10-30T19:51:33Z2019-10-30T19:51:33Z2018-11-30Este trabalho tem como objetivo aprofundar-se na teoria do terceiro cúmplice, a qual decorre da interferência negativa de um terceiro totalmente alheio a uma relação contratual, com vistas a corrompê-la. Para isto, será feita uma análise dos princípios que regem o contrato e quais os pressupostos necessários para que possua validade. Em seguida, será analisada a distinção entre partes e terceiros e, na sequência, debruçar-se-á sobre a relativização dos efeitos de um negócio jurídico, buscando entender por meio de quais princípios e dispositivos, constitucionais e de direito civil, pauta-se a teoria. Será examinada, também, a origem da teoria do terceiro cúmplice em sistemas jurídicos de outros países, bem como as concepções que lá são dadas para a função social do contrato, o princípio da boa-fé objetiva, a oponibilidade dos efeitos do contrato, o abuso de direito e a tutela externa do crédito, fundamentos basilares das legislações civilistas na caracterização da responsabilidade do terceiro cúmplice. Mais adiante será feita uma análise histórica do princípio, outrora restrito, da relatividade dos contratos, o qual possuía o verdadeiro condão de dogma, insuperável e intransponível, mas que com o advento das transformações sociais e comerciais no mundo globalizado, foi superado por uma nova interpretação jurisprudencial e doutrinária. Uma vez demonstrados a possibilidade da responsabilização do terceiro cúmplice e o seu fundamento, se fará necessário o estabelecimento de possíveis balizas para a sua aplicação no ordenamento jurídico brasileiro, o que será feito a partir de uma análise das características da responsabilidade civil do terceiro cúmplice. Será demonstrada, inclusive, à luz das hipóteses de aplicação da teoria, uma exceção: os casos em que o contrato versar sobre direito desportivo no âmbito do futebol profissional, mais especificamente na hipótese de previsão de cláusula indenizatória desportiva. Por fim, será explanada a conclusão a que o presente estudo chegou, tendo como principal ponto a fundamentação da teoria do terceiro cúmplice na tutela externa do crédito, fruto da teoria do fato jurídico, em consonância com o princípio da relatividade dos efeitos dos contratos.This work aims to delve deeper into the theory of the third accomplice, which stems from the negative interference of a third party totally unrelated to a contractual relationship, with a view to corrupting it. For this, an analysis will be made of the principles governing the contract and the necessary assumptions for its validity. Then the distinction between parties and third parties will be analyzed and, in the following, it will focus on the relativization of the effects of a legal business, seeking to understand by means of which constitutional principles and provisions of civil law is the theory based. It will also examine the origin of the theory of the third party in legal systems of other countries, as well as the conceptions given there for the social function of the contract, the principle of objective good faith, the effectiveness of the contract, abuse of legal right and the external protection of credit, basic foundations of civil law in characterizing the responsibility of the third party. Further it will go for a historical analysis of the once restricted principle of the relativity of contracts, which had the true value of and insurmountable dogma, but which, with the advent of social and commercial transformations in the globalized world, was superseded by a new jurisprudential and doctrinal interpretation. Once demonstrated the possibility of third party liability and its basis, it will be necessary to establish possible limits for its application on the Brazilian law system, which will be done from an analysis of the characteristics of civil liability of the third party accomplice. It will also be demonstrated, in the light of the hypothesis of applying the theory, an exception: cases in which the contract deals with sports law in the field of professional soccer, more specifically in the event of forecasting a sporting indemnity clause. Finally, the conclusion reached by the present study will be explained, having as main point the foundation of the theory of the third accomplice in the external tutelage of credit and in the theory of legal fact, arising from the principle of relativity of the effects of contracts.Textohttp://dspace.mackenzie.br/handle/10899/20762Universidade Presbiteriana Mackenzieteoria do terceiro cúmpliceresponsabilidade civilteoria do fato jurídicotutela externa do créditothird accomplice theorycivil responsabilitytheory of legal factexternal credit guardianshipA teoria do terceiro cúmplice no direito Brasileiro: a responsabilização de terceiros pela interferência negativa na execução de negócios jurídicos alheiosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzieinstname:Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)instacron:MACKENZIEinfo:eu-repo/semantics/openAccessBrasilFaculdade de Direito (FD)UPMTHUMBNAILGABRIEL ANTONIO PINTO ANDRADE.pdf.jpgGABRIEL ANTONIO PINTO ANDRADE.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1189https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/cbd3f08c-b6ff-42a0-90d6-5a7580c67bf2/download18eea4ad5c93cb9b19dc31f87ef3d448MD55TEXTGABRIEL ANTONIO PINTO ANDRADE.pdf.txtGABRIEL ANTONIO PINTO ANDRADE.pdf.txtExtracted texttext/plain109258https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/e39fe339-206d-4db1-a7d8-899bf8ca3501/download71a7d10c59df09dce60f982576cb804eMD54ORIGINALGABRIEL ANTONIO PINTO ANDRADE.pdfGABRIEL ANTONIO PINTO ANDRADE.pdfapplication/pdf327906https://dspace.mackenzie.br/bitstreams/b1a0f1bd-f8fd-46ed-aa15-ce66b7609ecb/download5091af7b5cacd8c1a9372d7709857b1eMD5110899/207622022-03-14 15:27:16.361oai:dspace.mackenzie.br:10899/20762https://dspace.mackenzie.brBiblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://tede.mackenzie.br/jspui/PRIhttps://adelpha-api.mackenzie.br/server/oai/repositorio@mackenzie.br||paola.damato@mackenzie.bropendoar:102772022-03-14T15:27:16Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie (MACKENZIE)false |
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Este trabalho tem como objetivo aprofundar-se na teoria do terceiro cúmplice, a qual decorre da interferência negativa de um terceiro totalmente alheio a uma relação contratual, com vistas a corrompê-la. Para isto, será feita uma análise dos princípios que regem o contrato e quais os pressupostos necessários para que possua validade. Em seguida, será analisada a distinção entre partes e terceiros e, na sequência, debruçar-se-á sobre a relativização dos efeitos de um negócio jurídico, buscando entender por meio de quais princípios e dispositivos, constitucionais e de direito civil, pauta-se a teoria. Será examinada, também, a origem da teoria do terceiro cúmplice em sistemas jurídicos de outros países, bem como as concepções que lá são dadas para a função social do contrato, o princípio da boa-fé objetiva, a oponibilidade dos efeitos do contrato, o abuso de direito e a tutela externa do crédito, fundamentos basilares das legislações civilistas na caracterização da responsabilidade do terceiro cúmplice. Mais adiante será feita uma análise histórica do princípio, outrora restrito, da relatividade dos contratos, o qual possuía o verdadeiro condão de dogma, insuperável e intransponível, mas que com o advento das transformações sociais e comerciais no mundo globalizado, foi superado por uma nova interpretação jurisprudencial e doutrinária. Uma vez demonstrados a possibilidade da responsabilização do terceiro cúmplice e o seu fundamento, se fará necessário o estabelecimento de possíveis balizas para a sua aplicação no ordenamento jurídico brasileiro, o que será feito a partir de uma análise das características da responsabilidade civil do terceiro cúmplice. Será demonstrada, inclusive, à luz das hipóteses de aplicação da teoria, uma exceção: os casos em que o contrato versar sobre direito desportivo no âmbito do futebol profissional, mais especificamente na hipótese de previsão de cláusula indenizatória desportiva. Por fim, será explanada a conclusão a que o presente estudo chegou, tendo como principal ponto a fundamentação da teoria do terceiro cúmplice na tutela externa do crédito, fruto da teoria do fato jurídico, em consonância com o princípio da relatividade dos efeitos dos contratos. |
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