Avaliação do uso de fórmula hipercalórica no pós operatório de pacientes com cardiopatia congênita
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/188861 |
Resumo: | Objetivo: Investigar o efeito do uso de fórmula hipercalórica comparado ao uso de fórmula infantil padrão nos 30 dias pós operatórios de pacientes com cardiopatia congênita. Métodos: Ensaio clínico randomizado com amostra consecutiva de pacientes submetidos a cirurgia cardíaca em hospital de referência do Sul do Brasil, de março a dezembro de 2017. Os pacientes foram randomizados em grupo intervenção, que recebeu fórmula hipercalórica (densidade de 1 kcal/ml) e grupo controle, que recebeu fórmula infantil padrão (0,67 kcal/ml). A pesquisadora responsável pela avaliação antropométrica não teve acesso à randomização. Resultados: Foram incluídos 59 pacientes, 29 no grupo intervenção e 30 no grupo controle. A mediana de idade foi 4,8 meses. A avaliação nutricional dos pacientes mostrou diferença significativa entre o escore Z (EZ) de peso (-1,35) e comprimento para a idade (-0,94) ao nascimento e no momento pré cirúrgico (p< 0,001). O perímetro braquial apresentou correlação linear significativa com peso para a idade e peso para comprimento (p<0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa de idade, gênero, antropometria (peso, EZ de peso e estatura para a idade), classificação de risco cirúrgico ou tempo de circulação extra corpórea entre os dois grupos após randomização. Houve diferença significativa no EZ de peso para a idade entre os grupos após a intervenção, onde o grupo controle apresentou EZ de -2,69 e o grupo intervenção de -1,57 (p=0,042). Foi significativa a diferença da taxa de variação de peso ao longo do estudo entre os grupos (p=0,03). O uso de antibiótico foi menor no grupo intervenção do que no controle (p=0,047). Conclusão: O uso de fórmula hipercalorica no pós operatório de pacientes com cardiopatia congênita demonstrou ser seguro e promover desfechos favoráveis. |
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Scheeffer, Vanessa AdrianaMatte, Ursula da SilveiraSilveira, Themis Reverbel da2019-02-20T02:36:19Z2018http://hdl.handle.net/10183/188861001081704Objetivo: Investigar o efeito do uso de fórmula hipercalórica comparado ao uso de fórmula infantil padrão nos 30 dias pós operatórios de pacientes com cardiopatia congênita. Métodos: Ensaio clínico randomizado com amostra consecutiva de pacientes submetidos a cirurgia cardíaca em hospital de referência do Sul do Brasil, de março a dezembro de 2017. Os pacientes foram randomizados em grupo intervenção, que recebeu fórmula hipercalórica (densidade de 1 kcal/ml) e grupo controle, que recebeu fórmula infantil padrão (0,67 kcal/ml). A pesquisadora responsável pela avaliação antropométrica não teve acesso à randomização. Resultados: Foram incluídos 59 pacientes, 29 no grupo intervenção e 30 no grupo controle. A mediana de idade foi 4,8 meses. A avaliação nutricional dos pacientes mostrou diferença significativa entre o escore Z (EZ) de peso (-1,35) e comprimento para a idade (-0,94) ao nascimento e no momento pré cirúrgico (p< 0,001). O perímetro braquial apresentou correlação linear significativa com peso para a idade e peso para comprimento (p<0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa de idade, gênero, antropometria (peso, EZ de peso e estatura para a idade), classificação de risco cirúrgico ou tempo de circulação extra corpórea entre os dois grupos após randomização. Houve diferença significativa no EZ de peso para a idade entre os grupos após a intervenção, onde o grupo controle apresentou EZ de -2,69 e o grupo intervenção de -1,57 (p=0,042). Foi significativa a diferença da taxa de variação de peso ao longo do estudo entre os grupos (p=0,03). O uso de antibiótico foi menor no grupo intervenção do que no controle (p=0,047). Conclusão: O uso de fórmula hipercalorica no pós operatório de pacientes com cardiopatia congênita demonstrou ser seguro e promover desfechos favoráveis.Objectives: To investigate the effect of energy-enriched formula use compared to routine formula during the first 30 days after congenital heart disease surgery. Methods: Randomized clinical trial with consecutive sampling of patients undergoing heart surgery in a reference hospital in southern Brazil, from March to December 2017. Patients were randomized into intervention group, which received energy-enriched formula (caloric density of 1 kcal/ml) and control group, which received routine formula (0.67kcal/ml). The researcher in charge of anthropometric evaluation was blinded to the randomization. Results: 59 patients were included, 30 in control group and 29 in intervention group. The median age was 4.8 months. Nutritional evaluation showed a significant change in Z score (ZS) of weight (-1.35) and height (-0.94) for age between birth and before surgery (p<0.001). Mid upper arm circumference showed linear correlation with weigh for age and weight for height (p<0.001). There was no statistical significance between groups regarding age, gender, anthropometry (weight, ZS of weight and height to age), surgical risk classification, and cardiopulmonary bypass after randomization. There was significant difference in ZS of weight for age between groups after intervention, where control group showed a ZS of -2.69 while intervention group showed a ZS of -1.57 (p=0.042). Also significant was the difference of weight variation rate between groups (p=0.03). Antibiotic use was lower in intervention group (p=0.047). Conclusion: This study demonstrates that energy-enriched formula use after heart surgery of patients with congenital heart disease is safe and can promote better outcomes.application/pdfporCardiopatiasFórmulas infantisTranstornos da nutrição do lactenteHeart diseasesInfant nutrition disordersInfant formulaAvaliação do uso de fórmula hipercalórica no pós operatório de pacientes com cardiopatia congênitainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001081704.pdf.txt001081704.pdf.txtExtracted Texttext/plain89030http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188861/2/001081704.pdf.txtba51fc12f7f20d1a952f55e0b84c543cMD52ORIGINAL001081704.pdfTexto completoapplication/pdf4285700http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/188861/1/001081704.pdfacbdac8f1223c265bb9732408097b802MD5110183/1888612022-07-29 04:49:08.259449oai:www.lume.ufrgs.br:10183/188861Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-07-29T07:49:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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