Ostracodes eomiocênicos da perfuração 2-RSS-1, Bacia de Pelotas, Atlântico Sudoeste
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/133201 |
Resumo: | Ostracodes são microcrustáceos que possuem uma carapaça bivalve constituída por quitina e carbonato de cálcio, que vivem em ambientes marinhos e não-marinhos. São amplamente utilizados em estudos paleoceanográficos e paleoclimáticos, sendo bons indicadores batimétricos, de salinidade e de temperatura. Nas bacias brasileiras, os ostracodes têm larga aplicação bioestratigráfica, especialmente em intervalos não marinhos cretáceos. Por sua vez, os ostracodes marinhos têm se destacado pelos bons resultados paleoceanográficos em bacias marginais, entre elas a Bacia de Pelotas. Este trabalho propõe novas espécies eomiocênicas da família Cytherellidae e do gênero Actinocythereis. A partir do estudo taxonômico discutem-se implicações paleozoogeográficas de eventos como o estabelecimento da Corrente Circumpolar Antártica e da Corrente das Malvinas, cuja ação influenciou a dispersão dos ostracodes ora registrados na Bacia de Pelotas. A partir da análise do intervalo testemunhado 1300 m-1318 m do poço offshore 2-RSS-1 coletado pela Petrobras na década de 1970, são registradas cinco espécies da família Cytherellidae, duas das quais aqui descritas, como segue: Inversacytherella atlantica sp. nov., Cytherella pelotensis sp. nov., Cytherella sp. 1, Cytherella sp. 2 e Grammcythella? sp. É também proposta Actinocythereis imbeensis sp. nov., a qual constitui a segunda espécie descrita para o gênero no Brasil. São ainda registradas, Krithe coimbrai, Krithe gnoma e Henryhowella kempfi, atribuídas em trabalhos anteriores ao estabelecimento de massas de água frias na costa Sul-Brasileira. As ocorrências de Inversacytherella e Grammcythella, por sua vez, constituem evidências para o intercâmbio faunístico entre a América e a Oceania decorrentes de mudanças hidrológicas no Oceano Austral ao longo do Neogeno. O Apêndice 1 apresenta a lista e a documentação fotográfica das demais espécies registradas. |
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Manica, Raquel de MattosCoimbra, João CarlosBergue, Cristianini Trescastro2016-03-05T02:04:51Z2015http://hdl.handle.net/10183/133201000984479Ostracodes são microcrustáceos que possuem uma carapaça bivalve constituída por quitina e carbonato de cálcio, que vivem em ambientes marinhos e não-marinhos. São amplamente utilizados em estudos paleoceanográficos e paleoclimáticos, sendo bons indicadores batimétricos, de salinidade e de temperatura. Nas bacias brasileiras, os ostracodes têm larga aplicação bioestratigráfica, especialmente em intervalos não marinhos cretáceos. Por sua vez, os ostracodes marinhos têm se destacado pelos bons resultados paleoceanográficos em bacias marginais, entre elas a Bacia de Pelotas. Este trabalho propõe novas espécies eomiocênicas da família Cytherellidae e do gênero Actinocythereis. A partir do estudo taxonômico discutem-se implicações paleozoogeográficas de eventos como o estabelecimento da Corrente Circumpolar Antártica e da Corrente das Malvinas, cuja ação influenciou a dispersão dos ostracodes ora registrados na Bacia de Pelotas. A partir da análise do intervalo testemunhado 1300 m-1318 m do poço offshore 2-RSS-1 coletado pela Petrobras na década de 1970, são registradas cinco espécies da família Cytherellidae, duas das quais aqui descritas, como segue: Inversacytherella atlantica sp. nov., Cytherella pelotensis sp. nov., Cytherella sp. 1, Cytherella sp. 2 e Grammcythella? sp. É também proposta Actinocythereis imbeensis sp. nov., a qual constitui a segunda espécie descrita para o gênero no Brasil. São ainda registradas, Krithe coimbrai, Krithe gnoma e Henryhowella kempfi, atribuídas em trabalhos anteriores ao estabelecimento de massas de água frias na costa Sul-Brasileira. As ocorrências de Inversacytherella e Grammcythella, por sua vez, constituem evidências para o intercâmbio faunístico entre a América e a Oceania decorrentes de mudanças hidrológicas no Oceano Austral ao longo do Neogeno. O Apêndice 1 apresenta a lista e a documentação fotográfica das demais espécies registradas.Ostracods are microcrustaceans with a bivalve carapace composed by chitin and calcium carbonate, living in both marine and non-marine environments. They are broadly used in paleoceanographic and paleoclimatic studies as indicators of bathymetry, salinity and temperature. In the Brazilian sedimentary basins the ostracodes have biostratigraphic importance, mainly in Cretaceous non-marine sections. The marine species, on the other hand, supply good paleoceanographyc data in marginal basins, including Pelotas Basin. In this work new Early Miocene species of the family Cytherellidae and the of genus Actinocythereis are proposed. Based on this taxonomic study some paleozoogeographic remarks are made, linking to the inception of the Antarctic Circumpolar Current and the Malvinas Current, to the dispersal of the ostracodes recorded in the Pelotas Basin. From the analysis of the core section 1300 m-1318 m of the offshore well 2-RSS-1 drilled by Petrobras in the 1970 decade, five species of cytherellids are recorded, two of them herein described, as follows: Inversacytherella atlantica sp. nov., Cytherella pelotensis sp. nov., Cytherella sp. 1, Cytherella sp. 2 and Grammcythella? sp. It is also proposed Actinocythereis imbeensis sp. nov., which constitutes the second species described for the genus in Brazil. Moreover, Krithe coimbrai, Krithe gnoma and Henryhowella kempfi, assigned in previous studies to the inception of cool water masses in Southern Brazilian coast, are recorded. The presence of Inversacytherella and Grammcythella, supply additional evidence for the faunal interchange between America and Oceania influenced by hydrological events in Southern Ocean along the Neogene. The Appendix 1 features the list and photographic documentation of other species registered.application/pdfporOstracodesPelotas, Bacia sedimentar de (RS)OstracodsEarly miocenePelotas basinTaxonomySouthwestern atlanticOstracodes eomiocênicos da perfuração 2-RSS-1, Bacia de Pelotas, Atlântico Sudoesteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeociênciasPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000984479.pdf000984479.pdfTexto completoapplication/pdf4376598http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/133201/1/000984479.pdfbf4c0f4e29b8400c9272700e671063a2MD51TEXT000984479.pdf.txt000984479.pdf.txtExtracted Texttext/plain65059http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/133201/2/000984479.pdf.txt4a15a972da19872d5e323e1ca987fdc0MD52THUMBNAIL000984479.pdf.jpg000984479.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1281http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/133201/3/000984479.pdf.jpg929274df4dd94665d150a40a7f30af87MD5310183/1332012021-03-09 04:53:42.628583oai:www.lume.ufrgs.br:10183/133201Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-03-09T07:53:42Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Ostracodes são microcrustáceos que possuem uma carapaça bivalve constituída por quitina e carbonato de cálcio, que vivem em ambientes marinhos e não-marinhos. São amplamente utilizados em estudos paleoceanográficos e paleoclimáticos, sendo bons indicadores batimétricos, de salinidade e de temperatura. Nas bacias brasileiras, os ostracodes têm larga aplicação bioestratigráfica, especialmente em intervalos não marinhos cretáceos. Por sua vez, os ostracodes marinhos têm se destacado pelos bons resultados paleoceanográficos em bacias marginais, entre elas a Bacia de Pelotas. Este trabalho propõe novas espécies eomiocênicas da família Cytherellidae e do gênero Actinocythereis. A partir do estudo taxonômico discutem-se implicações paleozoogeográficas de eventos como o estabelecimento da Corrente Circumpolar Antártica e da Corrente das Malvinas, cuja ação influenciou a dispersão dos ostracodes ora registrados na Bacia de Pelotas. A partir da análise do intervalo testemunhado 1300 m-1318 m do poço offshore 2-RSS-1 coletado pela Petrobras na década de 1970, são registradas cinco espécies da família Cytherellidae, duas das quais aqui descritas, como segue: Inversacytherella atlantica sp. nov., Cytherella pelotensis sp. nov., Cytherella sp. 1, Cytherella sp. 2 e Grammcythella? sp. É também proposta Actinocythereis imbeensis sp. nov., a qual constitui a segunda espécie descrita para o gênero no Brasil. São ainda registradas, Krithe coimbrai, Krithe gnoma e Henryhowella kempfi, atribuídas em trabalhos anteriores ao estabelecimento de massas de água frias na costa Sul-Brasileira. As ocorrências de Inversacytherella e Grammcythella, por sua vez, constituem evidências para o intercâmbio faunístico entre a América e a Oceania decorrentes de mudanças hidrológicas no Oceano Austral ao longo do Neogeno. O Apêndice 1 apresenta a lista e a documentação fotográfica das demais espécies registradas. |
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