Albumina glicada como uma ferramenta de diagnóstico do diabetes mellitus
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/179817 |
Resumo: | A prevalência de diabetes mellitus (DM) está aumentando constantemente em todo o mundo a uma taxa alarmante. Devido às suas complicações que causam uma maior morbidade, invalidez e mortalidade, o DM representa um enorme problema para a saúde pública. Com isso, ações, tanto em diagnóstico como em tratamento, são necessárias para desacelerar a tendência atual e prevenir o desenvolvimento das complicações do DM. Recentemente, a hemoglobina glicada (HbA1c) foi introduzida nos critérios diagnósticos de DM. Os resultados de HbA1c são igualmente apropriados para o diagnóstico, apesar de não necessariamente detectarem DM nos mesmos indivíduos detectados pelos critérios de glicemia. No entanto, os níveis de HbA1c podem ser influenciados por qualquer condição que altere a vida útil dos eritrócitos e metabolismo da hemoglobina, independentemente da glicemia, resultando em erro diagnóstico neste grupo da população com estas condições. Além disso, estudos epidemiológicos revelaram que a glicemia pós-prandial tem um maior risco de causar complicações cardiovasculares em relação à hiperglicemia persistente e pode ser acessada com precisão usando a albumina glicada (AG) e não a HbA1c. Nesse contexto, estudos recentes têm evidenciado que a AG pode ser um marcador para diagnóstico do DM e também ser utilizado como um marcador alternativo à HbA1c para o controle glicêmico. No entanto, esses estudos, foram realizados apenas na população asiática e podem não ser aplicáveis a outros grupos étnicos. Por isso, mais investigações para a validação do desempenho diagnóstico da AG na predição do DM em diferentes grupos etnicos são necessárias. Neste estudo avaliamos o desempenho da AG no diagnóstico do DM em 242 indivíduos brasileiros com idade média de 54,4 anos (+ 13,0). Baseando-se nos valores de glicose plasmática durante o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), o DM foi detectado em 31,8%. AG ≥16,8% apresentou acurácia similar para a detecção de DM conforme definido por HbA1c >6,5%. O uso da razão glicemia de 2h pós-sobrecarga de 75g de glicose (2hPG) e AG (2hPG/AG) melhora a sensibilidade, reduz o número de diagnósticos incorretos por AG ou HbA1c >6,5% e possui um acurácia comparável ao TOTG, indicando que o uso de uma estratégia aplicando a razão da glicemia pós-prandial (GPP) real e AG (GPP/AG) pode ser mais conveniente para pacientes e aumentar o desempenho diagnóstico do teste. Estudos para validar esta estratégia são necessários. |
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Chume, Fernando ChimelaCamargo, Joiza Lins2018-06-27T02:35:15Z2018http://hdl.handle.net/10183/179817001066524A prevalência de diabetes mellitus (DM) está aumentando constantemente em todo o mundo a uma taxa alarmante. Devido às suas complicações que causam uma maior morbidade, invalidez e mortalidade, o DM representa um enorme problema para a saúde pública. Com isso, ações, tanto em diagnóstico como em tratamento, são necessárias para desacelerar a tendência atual e prevenir o desenvolvimento das complicações do DM. Recentemente, a hemoglobina glicada (HbA1c) foi introduzida nos critérios diagnósticos de DM. Os resultados de HbA1c são igualmente apropriados para o diagnóstico, apesar de não necessariamente detectarem DM nos mesmos indivíduos detectados pelos critérios de glicemia. No entanto, os níveis de HbA1c podem ser influenciados por qualquer condição que altere a vida útil dos eritrócitos e metabolismo da hemoglobina, independentemente da glicemia, resultando em erro diagnóstico neste grupo da população com estas condições. Além disso, estudos epidemiológicos revelaram que a glicemia pós-prandial tem um maior risco de causar complicações cardiovasculares em relação à hiperglicemia persistente e pode ser acessada com precisão usando a albumina glicada (AG) e não a HbA1c. Nesse contexto, estudos recentes têm evidenciado que a AG pode ser um marcador para diagnóstico do DM e também ser utilizado como um marcador alternativo à HbA1c para o controle glicêmico. No entanto, esses estudos, foram realizados apenas na população asiática e podem não ser aplicáveis a outros grupos étnicos. Por isso, mais investigações para a validação do desempenho diagnóstico da AG na predição do DM em diferentes grupos etnicos são necessárias. Neste estudo avaliamos o desempenho da AG no diagnóstico do DM em 242 indivíduos brasileiros com idade média de 54,4 anos (+ 13,0). Baseando-se nos valores de glicose plasmática durante o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), o DM foi detectado em 31,8%. AG ≥16,8% apresentou acurácia similar para a detecção de DM conforme definido por HbA1c >6,5%. O uso da razão glicemia de 2h pós-sobrecarga de 75g de glicose (2hPG) e AG (2hPG/AG) melhora a sensibilidade, reduz o número de diagnósticos incorretos por AG ou HbA1c >6,5% e possui um acurácia comparável ao TOTG, indicando que o uso de uma estratégia aplicando a razão da glicemia pós-prandial (GPP) real e AG (GPP/AG) pode ser mais conveniente para pacientes e aumentar o desempenho diagnóstico do teste. Estudos para validar esta estratégia são necessários.The prevalence of diabetes mellitus (DM) is constantly increasing worldwide at an alarming rate. Due to its complications that cause greater morbidity, disability and mortality, DM represents a heavy burden on public health. Therefore, actions in both, diagnosis and treatment, are necessary to slow down the current tendency and avoid the development of DM complications. Recently, the glycated hemoglobin test (HbA1c) was introduced in the diagnostic criteria for DM. The HbA1c results are equally appropriate for diagnostic testing, though not necessarily detect DM in the same subjects detected by plasma glucose criteria. However, blood HbA1c levels may be influenced by any condition that changes the lifespan of erythrocytes and hemoglobin metabolism regardless of glycemia, resulting in the misdiagnosis of this population group. In addition, epidemiological studies have shown that postprandial glycemia has a higher risk of causing cardiovascular complications than chronic hyperglycemia and can be accurately assessed using the glycated albumin (GA) test rather than HbA1c. In this context, recent studies have shown that GA may be a marker for the diagnosis of DM and also be used as an alternative marker to HbA1c on many occasions. However, these studies have been conducted only in the Asian population and may not be applicable to other ethnic groups. Therefore, further investigations to validate the diagnostic performance of GA in the prediction of DM in different ethnic groups are necessary. In this study, we evaluated the GA performance in the diagnosis of DM in 242 Brazilian individuals with a mean age of 54.4 years (+ 13.0). Based on plasma glucose values during oral glucose tolerance test (OGTT), DM was detected in 31.8%. AG ≥16.8% presented similar accuracy for detecting DM as defined by a HbA1c >6.5%. The use of the 2-h plasma glucose after a 75-g OGTT and GA (2hPG/GA) ratio improves sensitivity, reduces the number of incorrect diagnoses by GA or HbA1c >6.5% and has an accuracy comparable to OGTT, indicating that the use of approach applying the postprandial glucose (PPG) and GA (PPG/GA) may be more convenient for patients and increase the diagnostic performance of the test. Studies to validate this approach are needed.application/pdfporDiabetes mellitusAlbuminasGlicemiaGlycemic controlDiagnostic accuracyGlycated albuminAlbumina glicada como uma ferramenta de diagnóstico do diabetes mellitusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: EndocrinologiaPorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001066524.pdf.txt001066524.pdf.txtExtracted Texttext/plain136798http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/179817/2/001066524.pdf.txte139ba1d6ba4be1b15c647f6b75b1205MD52ORIGINAL001066524.pdf001066524.pdfTexto completoapplication/pdf827664http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/179817/1/001066524.pdf92638753ce1744f7a7127cf6f2fb5a22MD5110183/1798172022-05-14 05:04:59.921236oai:www.lume.ufrgs.br:10183/179817Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-05-14T08:04:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A prevalência de diabetes mellitus (DM) está aumentando constantemente em todo o mundo a uma taxa alarmante. Devido às suas complicações que causam uma maior morbidade, invalidez e mortalidade, o DM representa um enorme problema para a saúde pública. Com isso, ações, tanto em diagnóstico como em tratamento, são necessárias para desacelerar a tendência atual e prevenir o desenvolvimento das complicações do DM. Recentemente, a hemoglobina glicada (HbA1c) foi introduzida nos critérios diagnósticos de DM. Os resultados de HbA1c são igualmente apropriados para o diagnóstico, apesar de não necessariamente detectarem DM nos mesmos indivíduos detectados pelos critérios de glicemia. No entanto, os níveis de HbA1c podem ser influenciados por qualquer condição que altere a vida útil dos eritrócitos e metabolismo da hemoglobina, independentemente da glicemia, resultando em erro diagnóstico neste grupo da população com estas condições. Além disso, estudos epidemiológicos revelaram que a glicemia pós-prandial tem um maior risco de causar complicações cardiovasculares em relação à hiperglicemia persistente e pode ser acessada com precisão usando a albumina glicada (AG) e não a HbA1c. Nesse contexto, estudos recentes têm evidenciado que a AG pode ser um marcador para diagnóstico do DM e também ser utilizado como um marcador alternativo à HbA1c para o controle glicêmico. No entanto, esses estudos, foram realizados apenas na população asiática e podem não ser aplicáveis a outros grupos étnicos. Por isso, mais investigações para a validação do desempenho diagnóstico da AG na predição do DM em diferentes grupos etnicos são necessárias. Neste estudo avaliamos o desempenho da AG no diagnóstico do DM em 242 indivíduos brasileiros com idade média de 54,4 anos (+ 13,0). Baseando-se nos valores de glicose plasmática durante o teste oral de tolerância à glicose (TOTG), o DM foi detectado em 31,8%. AG ≥16,8% apresentou acurácia similar para a detecção de DM conforme definido por HbA1c >6,5%. O uso da razão glicemia de 2h pós-sobrecarga de 75g de glicose (2hPG) e AG (2hPG/AG) melhora a sensibilidade, reduz o número de diagnósticos incorretos por AG ou HbA1c >6,5% e possui um acurácia comparável ao TOTG, indicando que o uso de uma estratégia aplicando a razão da glicemia pós-prandial (GPP) real e AG (GPP/AG) pode ser mais conveniente para pacientes e aumentar o desempenho diagnóstico do teste. Estudos para validar esta estratégia são necessários. |
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