Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Priscila Aparecida Correa
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/143043
Resumo: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica que implica em altas incidências de mortalidade e morbidade. A hiperglicemia crônica é responsável pelo surgimento de inúmeras complicações em longo prazo nestes pacientes. Atualmente, é recomendado por diretrizes internacionais que pacientes com DM sejam monitorados e manejados em seu tratamento a partir dos níveis de hemoglobina glicada (A1C). A A1C é formada por reações não enzimáticas de glicação na hemoglobina, refletindo a glicemia dos últimos 120 dias. A A1C possui forte associação com os desfechos clínicos no DM e apresenta uma excelente padronização de seus métodos analíticos. Contudo, diversas situações clínicas podem interferir falsamente em seus níveis e prejudicar a interpretação de seus resultados, como em anemias (carenciais ou hemolíticas), hemoglobinopatias, gravidez, doença renal crônica, etc. Por outro lado, a albumina glicada (AG) é uma frutosamina formada por glicações na albumina e reflete uma glicemia média de cerca de 2 a 3 semanas. A AG não é influenciada pela concentração de outras proteínas no plasma e também não sofre interferência pelas condições que afetam a A1C. Este marcador tem sido fortemente avaliado como uma ferramenta alternativa para a A1C, a partir da análise de seus níveis por um novo método enzimático descrito em 2002. Estudos tem demonstrado uma forte associação entre estes dois marcadores e grande semelhança em predizer as complicações do DM. Entretanto, a AG se mostra melhor para avaliar flutuações nos níveis de glicose e a resposta ao tratamento terapêutico. Neste trabalho, foi avaliado o desempenho analítico de dois kits enzimáticos de AG e realizado uma comparação entre os métodos, encontrando excelentes resultados. Ainda, foi determinado o intervalo de referência para os níveis de AG em brasileiros saudáveis. A forte correlação encontrada entre AG e A1C demonstra que a AG pode ser um teste útil para o controle glicêmico no DM, principalmente quando a A1C não é recomendada.
id URGS_bb8e21d59bbcfeb06dfed277671fab92
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/143043
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Freitas, Priscila Aparecida CorreaCamargo, Joiza Lins2016-06-29T02:19:28Z2016http://hdl.handle.net/10183/143043000991750O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica que implica em altas incidências de mortalidade e morbidade. A hiperglicemia crônica é responsável pelo surgimento de inúmeras complicações em longo prazo nestes pacientes. Atualmente, é recomendado por diretrizes internacionais que pacientes com DM sejam monitorados e manejados em seu tratamento a partir dos níveis de hemoglobina glicada (A1C). A A1C é formada por reações não enzimáticas de glicação na hemoglobina, refletindo a glicemia dos últimos 120 dias. A A1C possui forte associação com os desfechos clínicos no DM e apresenta uma excelente padronização de seus métodos analíticos. Contudo, diversas situações clínicas podem interferir falsamente em seus níveis e prejudicar a interpretação de seus resultados, como em anemias (carenciais ou hemolíticas), hemoglobinopatias, gravidez, doença renal crônica, etc. Por outro lado, a albumina glicada (AG) é uma frutosamina formada por glicações na albumina e reflete uma glicemia média de cerca de 2 a 3 semanas. A AG não é influenciada pela concentração de outras proteínas no plasma e também não sofre interferência pelas condições que afetam a A1C. Este marcador tem sido fortemente avaliado como uma ferramenta alternativa para a A1C, a partir da análise de seus níveis por um novo método enzimático descrito em 2002. Estudos tem demonstrado uma forte associação entre estes dois marcadores e grande semelhança em predizer as complicações do DM. Entretanto, a AG se mostra melhor para avaliar flutuações nos níveis de glicose e a resposta ao tratamento terapêutico. Neste trabalho, foi avaliado o desempenho analítico de dois kits enzimáticos de AG e realizado uma comparação entre os métodos, encontrando excelentes resultados. Ainda, foi determinado o intervalo de referência para os níveis de AG em brasileiros saudáveis. A forte correlação encontrada entre AG e A1C demonstra que a AG pode ser um teste útil para o controle glicêmico no DM, principalmente quando a A1C não é recomendada.Diabetes Mellitus is a metabolic disease with high incidence rates of mortality and morbidity. Chronic hyperglycemia is responsible for several long-term complications in these patients. Currently, international guidelines recommend that glycemic monitoring in DM should be performed by glycated hemoglobin (A1C) levels, to provide a correct clinical conduction. A1C is relative to non-enzymatic glycation reactions in hemoglobin and reflects the glucose levels from the last 120 days. It is well established the great association between A1C and clinical outcomes in DM, besides, its analytical methods present an excellent standardization. However, some conditions may influence and imply misinterpretation in A1C results, such as anemia, hemoglobinophaties, pregnancy, chronic renal disease, etc. On the other hand, glycated albumin (GA) is a fructosamine produced by glycation reactions in albumin and it reflects a mean glycemia at around 2 to 3 weeks. GA is not influenced by the concentrations of other plasma proteins, as well as by those conditions that interfere in A1C. GA has been strongly evaluated as an alternative marker to A1C, through its quantitative measurement by an enzymatic methodology described in 2002. Recent studies have demonstrated a high association between GA and A1C and a great similarity between these tests in predicting DM future complications. Nevertheless, GA has showed be better to assess the glucose fluctuations in blood and the response to treatment. This study evaluated the analytical performance of two GA enzymatic kits and also executed a methods comparison, and found excellent results. Also, we established the reference range for GA levels in healthy Brazilians. The high correlation found between GA and A1C indicates that GA could be a useful test for glycemic control in DM, especially when A1C is unreliable.application/pdfporDiabetes mellitusAlbuminasFrutosaminaGlycated albuminGlycemic markerFructosamineAlbumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitusinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências Médicas: EndocrinologiaPorto Alegre, BR-RS2016mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000991750.pdf.txt000991750.pdf.txtExtracted Texttext/plain102972http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143043/2/000991750.pdf.txta5579d2b311f336ca51526246c79ecc2MD52ORIGINAL000991750.pdf000991750.pdfTexto completoapplication/pdf742421http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143043/1/000991750.pdf6f538ad3a05506321716b3f8761969a4MD5110183/1430432023-05-13 03:26:10.984567oai:www.lume.ufrgs.br:10183/143043Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-05-13T06:26:10Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus
title Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus
spellingShingle Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus
Freitas, Priscila Aparecida Correa
Diabetes mellitus
Albuminas
Frutosamina
Glycated albumin
Glycemic marker
Fructosamine
title_short Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus
title_full Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus
title_fullStr Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus
title_full_unstemmed Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus
title_sort Albumina glicada : nova alternativa para o controle glicêmico no diabetes mellitus
author Freitas, Priscila Aparecida Correa
author_facet Freitas, Priscila Aparecida Correa
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Freitas, Priscila Aparecida Correa
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Camargo, Joiza Lins
contributor_str_mv Camargo, Joiza Lins
dc.subject.por.fl_str_mv Diabetes mellitus
Albuminas
Frutosamina
topic Diabetes mellitus
Albuminas
Frutosamina
Glycated albumin
Glycemic marker
Fructosamine
dc.subject.eng.fl_str_mv Glycated albumin
Glycemic marker
Fructosamine
description O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença metabólica que implica em altas incidências de mortalidade e morbidade. A hiperglicemia crônica é responsável pelo surgimento de inúmeras complicações em longo prazo nestes pacientes. Atualmente, é recomendado por diretrizes internacionais que pacientes com DM sejam monitorados e manejados em seu tratamento a partir dos níveis de hemoglobina glicada (A1C). A A1C é formada por reações não enzimáticas de glicação na hemoglobina, refletindo a glicemia dos últimos 120 dias. A A1C possui forte associação com os desfechos clínicos no DM e apresenta uma excelente padronização de seus métodos analíticos. Contudo, diversas situações clínicas podem interferir falsamente em seus níveis e prejudicar a interpretação de seus resultados, como em anemias (carenciais ou hemolíticas), hemoglobinopatias, gravidez, doença renal crônica, etc. Por outro lado, a albumina glicada (AG) é uma frutosamina formada por glicações na albumina e reflete uma glicemia média de cerca de 2 a 3 semanas. A AG não é influenciada pela concentração de outras proteínas no plasma e também não sofre interferência pelas condições que afetam a A1C. Este marcador tem sido fortemente avaliado como uma ferramenta alternativa para a A1C, a partir da análise de seus níveis por um novo método enzimático descrito em 2002. Estudos tem demonstrado uma forte associação entre estes dois marcadores e grande semelhança em predizer as complicações do DM. Entretanto, a AG se mostra melhor para avaliar flutuações nos níveis de glicose e a resposta ao tratamento terapêutico. Neste trabalho, foi avaliado o desempenho analítico de dois kits enzimáticos de AG e realizado uma comparação entre os métodos, encontrando excelentes resultados. Ainda, foi determinado o intervalo de referência para os níveis de AG em brasileiros saudáveis. A forte correlação encontrada entre AG e A1C demonstra que a AG pode ser um teste útil para o controle glicêmico no DM, principalmente quando a A1C não é recomendada.
publishDate 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2016-06-29T02:19:28Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/143043
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 000991750
url http://hdl.handle.net/10183/143043
identifier_str_mv 000991750
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143043/2/000991750.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/143043/1/000991750.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv a5579d2b311f336ca51526246c79ecc2
6f538ad3a05506321716b3f8761969a4
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1800309088123355136