Negativação de anti-HIV aos 12 meses em lactentes expostos ao vírus da imunodeficiência humana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/276494 |
Resumo: | Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) na pediatria foi descrita pela primeira vez em 1982, 18 meses após o início dos casos relatados em adultos. Atualmente, observa-se um aumento significativo dos pacientes expostos verticalmente ao HIV no Brasil, apesar da queda das taxas de novas infecções por transmissão vertical (TV). Por isso, é de extrema importância o uso adequado da terapia antirretroviral tanto para a mãe quanto para o recém-nascido (RN), além de uma definição precisa de qual é o melhor momento para o diagnóstico definitivo ou para a exclusão da infecção nos lactentes expostos a esse vírus. Objetivo Geral: Verificar a prevalência de testes de sorologia anti-HIV reagentes aos 12 meses de idade em lactentes expostos intraútero ao HIV. Objetivos Específicos: Comparar os pacientes de alto e baixo risco para TV em relação à negativação do exame aos 12 meses. Verificar a associação dos fatores de risco neonatais e maternos relacionados à negativação do anti-HIV aos 12 meses. Métodos: Estudo transversal aninhado em uma coorte, realizado no Serviço de Neonatologia e Ambulatório de Infectologia Pediátrica de um hospital terciário do sul do Brasil, referência para gestantes HIV positivas. A amostra foi constituída por nascidos vivos de mães soropositivas para HIV, nascidos no período de 1º de maio de 2020 a 31 de outubro de 2022. Foram excluídos os pacientes que não realizaram seguimento ambulatorial, os que não coletaram anti-HIV aos 12 meses de idade ou os confirmados como infectados. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Durante o seguimento, conforme a rotina do ambulatório, todos os pacientes realizaram o teste Elisa anti-HIV aos 12 meses de idade. Resultados: Foi observado que 50 dos 80 casos analisados apresentavam o teste anti-HIV reagente aos 12 meses de idade, correspondendo a uma prevalência de positividade de 63,3% (1 caso foi excluído da análise por resultado indeterminado do anti-HIV). Houve mais RN de baixo risco (65,5%) com sororeversão do anti-HIV aos 12 meses, quando comparados aos de alto risco (34,5%). Foram analisadas as possíveis associações entre fatores de risco maternos e do RN com a permanência da positividade do anti-HIV aos 12 meses de idade. Entre estas, o tratamento irregular e a carga viral (CV) materna elevada apresentaram um valor de p limítrofe (p=0,084 e p=0,057 respectivamente). Conclusões: Este estudo encontrou uma grande prevalência de pacientes com o teste Elisa anti-HIV reagente aos 12 meses (63,3%) e uma associação limítrofe com o tratamento e CV materna. Embora não tenha havido significância estatística, os RN de baixo risco para TV apresentaram uma negativação do teste Elisa anti-HIV mais precoce quando comparados aos de alto risco. A coleta mais tardia, entre 15 e 18 meses, deve ser considerada. |
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Magdaleno, Amanda MilmanCorso, Andréa LúciaFriedrich, Luciana2024-07-19T06:21:14Z2024http://hdl.handle.net/10183/276494001206671Introdução: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) na pediatria foi descrita pela primeira vez em 1982, 18 meses após o início dos casos relatados em adultos. Atualmente, observa-se um aumento significativo dos pacientes expostos verticalmente ao HIV no Brasil, apesar da queda das taxas de novas infecções por transmissão vertical (TV). Por isso, é de extrema importância o uso adequado da terapia antirretroviral tanto para a mãe quanto para o recém-nascido (RN), além de uma definição precisa de qual é o melhor momento para o diagnóstico definitivo ou para a exclusão da infecção nos lactentes expostos a esse vírus. Objetivo Geral: Verificar a prevalência de testes de sorologia anti-HIV reagentes aos 12 meses de idade em lactentes expostos intraútero ao HIV. Objetivos Específicos: Comparar os pacientes de alto e baixo risco para TV em relação à negativação do exame aos 12 meses. Verificar a associação dos fatores de risco neonatais e maternos relacionados à negativação do anti-HIV aos 12 meses. Métodos: Estudo transversal aninhado em uma coorte, realizado no Serviço de Neonatologia e Ambulatório de Infectologia Pediátrica de um hospital terciário do sul do Brasil, referência para gestantes HIV positivas. A amostra foi constituída por nascidos vivos de mães soropositivas para HIV, nascidos no período de 1º de maio de 2020 a 31 de outubro de 2022. Foram excluídos os pacientes que não realizaram seguimento ambulatorial, os que não coletaram anti-HIV aos 12 meses de idade ou os confirmados como infectados. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição. Durante o seguimento, conforme a rotina do ambulatório, todos os pacientes realizaram o teste Elisa anti-HIV aos 12 meses de idade. Resultados: Foi observado que 50 dos 80 casos analisados apresentavam o teste anti-HIV reagente aos 12 meses de idade, correspondendo a uma prevalência de positividade de 63,3% (1 caso foi excluído da análise por resultado indeterminado do anti-HIV). Houve mais RN de baixo risco (65,5%) com sororeversão do anti-HIV aos 12 meses, quando comparados aos de alto risco (34,5%). Foram analisadas as possíveis associações entre fatores de risco maternos e do RN com a permanência da positividade do anti-HIV aos 12 meses de idade. Entre estas, o tratamento irregular e a carga viral (CV) materna elevada apresentaram um valor de p limítrofe (p=0,084 e p=0,057 respectivamente). Conclusões: Este estudo encontrou uma grande prevalência de pacientes com o teste Elisa anti-HIV reagente aos 12 meses (63,3%) e uma associação limítrofe com o tratamento e CV materna. Embora não tenha havido significância estatística, os RN de baixo risco para TV apresentaram uma negativação do teste Elisa anti-HIV mais precoce quando comparados aos de alto risco. A coleta mais tardia, entre 15 e 18 meses, deve ser considerada.Introduction: Pediatric infection with Human Immunodeficiency Virus (HIV) was first documented in 1982, 18 months after the initial reports in adults. Currently, there is a notable increase in vertically exposed HIV patients in Brazil, despite a decline in vertical transmission (VT) rates. Therefore, the appropriate use of antiretroviral therapy for both mothers and newborns is crucial, along with a precise determination of the optimal timing for definitive diagnosis or exclusion of infection in infants exposed to the virus. Objectives: General: To assess the prevalence of reagent anti-HIV serology tests at 12 months of age in infants with intrauterine exposure to HIV. Specific: To compare high and low-risk VT patients concerning test negativity at 12 months. To Investigate associations between neonatal and maternal risk factors and anti-HIV negativity at 12 months. Methods: A cross-sectional study nested within a cohort was conducted in a Neonatology Service and Pediatric Infectious Disease Outpatient Clinic of a tertiary hospital in Southern Brazil, being this hospital a reference center for HIV-positive pregnant women. The study sample included HIV-positive mother’s live babies born between May 1st, 2020, and October 31st, 2022. Patients without outpatient follow-up, those not tested for anti-HIV at 12 months, or those confirmed as infected were excluded. The research received ethical approval. As part of routine outpatient care, all patients underwent an anti-HIV Elisa test at 12 months. Results: Among the 80 cases analyzed, 50 presented reagent anti-HIV tests at 12 months, yielding a prevalence of 63.3% (one case was excluded due to an indeterminate anti-HIV result). More low-risk newborns (65.5%) showed anti-HIV seroreversion at 12 months compared to high-risk infants (34.5%). Possible associations between maternal and neonatal risk factors and the persistence of anti-HIV positivity at 12 months were analyzed. Among these, irregular treatment and elevated maternal viral load (VL) showed borderline significance (p=0.084 and p=0.057, respectively). Conclusions: This study identified a high prevalence of infants with reagent anti-HIV Elisa tests at 12 months (63.3%) and a borderline association with maternal treatment and VL. Although not statistically significant, low-risk VT newborns demonstrated earlier negativity of the anti-HIV Elisa test compared to high-risk infants. Considerations should be given about later sample collect, probably between 15 and 18 months of life.application/pdfporTransmissão vertical de doenças infecciosasHIVDiagnósticoInfecções por HIVAnticorpos anti-HIVLactenteVertical transmissionHuman immunodeficiency virusHIV infection diagnosisAnti-HIVInfantsNegativação de anti-HIV aos 12 meses em lactentes expostos ao vírus da imunodeficiência humanainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001206671.pdf.txt001206671.pdf.txtExtracted Texttext/plain111735http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276494/2/001206671.pdf.txt9761d94f83eae98e06b0f818a2d723a9MD52ORIGINAL001206671.pdfTexto completoapplication/pdf1005487http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276494/1/001206671.pdf2f442a6f6d1c79f72dc3872cb4f64222MD5110183/2764942024-07-20 06:23:17.923804oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276494Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-07-20T09:23:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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