Identidades sociais na escola : gênero, etnicidade, língua e as práticas de letramento em uma comunidade rural multilíngüe
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2003 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/115757 |
Resumo: | Este estudo investiga o modo como alunos e professores da escola-núcleo de ensino fundamental Joaquim Nabuco, do município de Missal, oeste do Paraná, constroem conhecimento em eventos de letramento em língua portuguesa. Foram adotados procedimentos de trabalho de campo da pesquisa etnográfica e microetnográfica. O trabalho de campo na comunidade envolveu participação em eventos de letramento que aconteceram em domínios sociais como Igreja, associações de agricultores, reuniões da Pastoral da Criança, acompanhamento de crianças da escola até as suas casas e visitas às suas famílias. Na escola-núcleo, esse trabalho implicou observação participante continuada, anotações em diário de campo, coleta de documentos, entrevistas e registros de interações em áudio e vídeo. O processamento e a análise de dados consistiu em catalogação e indexação dos dados de observação participante e coleção de registros e transcrições de dados audiovisuais de falaem- interação. A análise microetnográfica de mais de dez horas de aula registradas em vídeo na 1ª série ocorreu em etapas: a) análise inicial de todos os dados; b) tipificação das atividades realizadas com o texto escrito; c) análise da (co)sustentação do(s) piso(s) conversacional(is) (SULTZ, FLORIO e ERICKSON, 1982); d) transcrição seletiva de dados audiovisuais. Para a articulação das ações sociais dos participantes, adotei as posições ontológicas da Sociolingüística Interacional (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). Os resultados da pesquisa mostram que a identidade de gênero e a identidade étnico-lingüística alemã estão em uma relação complexa na comunidade, o que fica evidenciado no comportamento que homens e mulheres adotam em relação aos valores associados à urbanidade. Dentre esses valores, estão o letramento em português, o uso do brasileiro (variedade não-padrão da língua portuguesa, assim denominada pelos usuários) e o conforto, itens almejados pelas mulheres para a conquista de status de prestígio local. A identidade masculina local, reconhecida na comunidade por meio de traços também equacionados com a identidade de colono alemão, proprietário de terra, se fortalece na relação com os habitantes da área do município ocupada pelo sistema de posses e é ameaçada na relação com os habitantes de Medianeira (cidade-pólo microrregional), que representam os valores +urbano, +letramento, +brasileiro. A língua alemã é, assim, um traço da identidade masculina local que as mulheres procuram apagar, uma vez que a vida rural mostra-se uma escolha pouco atraente para elas. A escola reforça essa realidade presente na comunidade, uma vez que ratifica positivamente em sala de aula uma identidade feminina hegemônica, que corresponde à identidade feminina prestigiosa na comunidade local. Os traços dessa identidade feminina são co-sustentar os pisos conversacionais propostos pela professora, apresentar a resposta esperada, produzir a segunda parte do par adjacente inicial da seqüência Iniciação-Resposta-Avaliação, apresentar voluntariamente o caderno para a correção, organizar devidamente a atividade no caderno e zelar pelo asseio corporal. As meninas e os meninos que tornam relevantes traços de outras identidades, como a identidade masculina, a identidade étnico-lingüística alemã, a identidade racial negra, a identidade religiosa evangélica pentecostal ou a identidade de repetente, vivem conflitos de identidade na escola. Vários meninos da 1ª série, por exemplo, respondem por traços, como desorganização e falta de asseio corporal, que estão associados à identidade de colono alemão na comunidade. São construtos sociais e/ou identidades, com percurso histórico anterior, que emergem na atuação dos alunos em sala de aula. Alguns meninos da 4ª série aprenderam a negociar os traços da identidade feminina hegemônica da escola, conquistando status de ótimos alunos. Em termos de contribuição teórica, os resultados deste trabalho mostram que os indivíduos estão sempre negociando identidades sociais na interação face a face. Essas identidades foram construídas através de um contato intenso em determinadas comunidades de prática (ECKERT e McCONNELL-GINET, 1992). Assim, ressalta-se a visão de que membros aparentemente próximos e que, em princípio, pertencem à mesma comunidade lingüística (GUMPERZ, 1993) podem construir diferentemente uma identidade, como a identidade étnico-lingüística alemã no município de Missal. |
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Jung, Neiva MariaGarcez, Pedro de Moraes2015-05-05T01:58:13Z2003http://hdl.handle.net/10183/115757000380762Este estudo investiga o modo como alunos e professores da escola-núcleo de ensino fundamental Joaquim Nabuco, do município de Missal, oeste do Paraná, constroem conhecimento em eventos de letramento em língua portuguesa. Foram adotados procedimentos de trabalho de campo da pesquisa etnográfica e microetnográfica. O trabalho de campo na comunidade envolveu participação em eventos de letramento que aconteceram em domínios sociais como Igreja, associações de agricultores, reuniões da Pastoral da Criança, acompanhamento de crianças da escola até as suas casas e visitas às suas famílias. Na escola-núcleo, esse trabalho implicou observação participante continuada, anotações em diário de campo, coleta de documentos, entrevistas e registros de interações em áudio e vídeo. O processamento e a análise de dados consistiu em catalogação e indexação dos dados de observação participante e coleção de registros e transcrições de dados audiovisuais de falaem- interação. A análise microetnográfica de mais de dez horas de aula registradas em vídeo na 1ª série ocorreu em etapas: a) análise inicial de todos os dados; b) tipificação das atividades realizadas com o texto escrito; c) análise da (co)sustentação do(s) piso(s) conversacional(is) (SULTZ, FLORIO e ERICKSON, 1982); d) transcrição seletiva de dados audiovisuais. Para a articulação das ações sociais dos participantes, adotei as posições ontológicas da Sociolingüística Interacional (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). Os resultados da pesquisa mostram que a identidade de gênero e a identidade étnico-lingüística alemã estão em uma relação complexa na comunidade, o que fica evidenciado no comportamento que homens e mulheres adotam em relação aos valores associados à urbanidade. Dentre esses valores, estão o letramento em português, o uso do brasileiro (variedade não-padrão da língua portuguesa, assim denominada pelos usuários) e o conforto, itens almejados pelas mulheres para a conquista de status de prestígio local. A identidade masculina local, reconhecida na comunidade por meio de traços também equacionados com a identidade de colono alemão, proprietário de terra, se fortalece na relação com os habitantes da área do município ocupada pelo sistema de posses e é ameaçada na relação com os habitantes de Medianeira (cidade-pólo microrregional), que representam os valores +urbano, +letramento, +brasileiro. A língua alemã é, assim, um traço da identidade masculina local que as mulheres procuram apagar, uma vez que a vida rural mostra-se uma escolha pouco atraente para elas. A escola reforça essa realidade presente na comunidade, uma vez que ratifica positivamente em sala de aula uma identidade feminina hegemônica, que corresponde à identidade feminina prestigiosa na comunidade local. Os traços dessa identidade feminina são co-sustentar os pisos conversacionais propostos pela professora, apresentar a resposta esperada, produzir a segunda parte do par adjacente inicial da seqüência Iniciação-Resposta-Avaliação, apresentar voluntariamente o caderno para a correção, organizar devidamente a atividade no caderno e zelar pelo asseio corporal. As meninas e os meninos que tornam relevantes traços de outras identidades, como a identidade masculina, a identidade étnico-lingüística alemã, a identidade racial negra, a identidade religiosa evangélica pentecostal ou a identidade de repetente, vivem conflitos de identidade na escola. Vários meninos da 1ª série, por exemplo, respondem por traços, como desorganização e falta de asseio corporal, que estão associados à identidade de colono alemão na comunidade. São construtos sociais e/ou identidades, com percurso histórico anterior, que emergem na atuação dos alunos em sala de aula. Alguns meninos da 4ª série aprenderam a negociar os traços da identidade feminina hegemônica da escola, conquistando status de ótimos alunos. Em termos de contribuição teórica, os resultados deste trabalho mostram que os indivíduos estão sempre negociando identidades sociais na interação face a face. Essas identidades foram construídas através de um contato intenso em determinadas comunidades de prática (ECKERT e McCONNELL-GINET, 1992). Assim, ressalta-se a visão de que membros aparentemente próximos e que, em princípio, pertencem à mesma comunidade lingüística (GUMPERZ, 1993) podem construir diferentemente uma identidade, como a identidade étnico-lingüística alemã no município de Missal.This study examines how students and teachers co-construct literacy events in Portuguese at an elementary school in Missal, a municipality in the state of Paraná which was settled by German-speaking peasants in the 1960s. Ethnographic and microethnographic fieldwork procedures were adopted. The fieldwork in the community embraced participation in literacy events which took place in domains such as the local Catholic church, the local farmers’ associations, as children were bussed from school to their homes and during visits to their families. At the school, this study consisted of continuous participant observation, fieldnote taking, document collection, interviews and audio and video recording of classroom interaction, more than ten hours of which were video recorded for microethnographic analysis. In order to articulate the participants’ social actions, understood as closely as possible from their own perspective, I adopted ontological positions from Interactional Sociolinguistics (RIBEIRO e GARCEZ, 2002). The results demonstrate that gender and German ethnic/linguistic identities are organized in complex relationships within the community as evidenced in the ways men and women regard values associated to urban life styles. Women tend to value participation in literacy events in Portuguese, favor the use of Brazilian (the non-standard variety of Portuguese spoken locally, as the speakers themselves refer to it) and be drawn to consumer items associated with urban comfort as symbolic avenues toward the acquisition of local prestige status. The local masculine identity is strongly attached to the German settler identity and to ownership of land for tilling. Such masculine identity is molded in its relationship of opposition to squatters living in a small section of the municipality settled by non-German ethnics, and it is threatened by Medianeira, the regional commercial hub town, which is associated to the mainstream values + urban, + literacy, + Brazilian. The school contributes to this symbolic landscape by reinforcing a hegemonic feminine identity in the classroom which corresponds to the prestigious feminine identity in the local community. The boys and girls who make relevant any traces of other identities, such as masculine identities, German ethnic-linguistic identities or non-Catholic religious identities, must face identity conflicts at school. Contrary to expectations held at the start of this study, such conflict is not experienced by students as a result of their use of the German language, which is absent in the classroom. Other social constructs and/or identities with a previous historical track in the community emerge in the interaction among students and their teachers in the classroom, revealing the complex workings of the multilingual situation in the local community. Some boys in the 4th grade learned to negotiate traces of the local hegemonic feminine identity at school, acquiring the status of good students. The results of this study reveal that individuals are always negotiating social identities in face-to-face interaction. Such identities are built through intense contact in communities of practice (ECKERT & McCONNELL-GINET, 1992). Thus members of a same linguistic community (GUMPERZ, 1993) may build their identities differently, as is the case of the German ethnic and linguistic identities in Missal, which are being downplayed by local women and reinforced by local men.application/pdfporAquisição da linguagemIdentidade social e linguagemIdentidade socialLetramentoLíngua portuguesaLíngua alemãEtnografiaMissal (PR)Identidades sociais na escola : gênero, etnicidade, língua e as práticas de letramento em uma comunidade rural multilíngüeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasCurso de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2003doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000380762.pdf000380762.pdfTexto completoapplication/pdf3840378http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115757/1/000380762.pdf34d4e77eaa953365f7f50a9777632ae5MD51TEXT000380762.pdf.txt000380762.pdf.txtExtracted Texttext/plain602821http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115757/2/000380762.pdf.txt4393737b2ace6dae13e5a99c1b718068MD52THUMBNAIL000380762.pdf.jpg000380762.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1118http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/115757/3/000380762.pdf.jpg256268663202ebc34049f5d4fdbbf0edMD5310183/1157572018-10-22 07:38:59.078oai:www.lume.ufrgs.br:10183/115757Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T10:38:59Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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