Sobre el tipo como procedimiento proyectual
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | spa |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/130696 |
Resumo: | Ao iniciar um projeto, o arquiteto enfrenta duas condições aparentemente irreconciliáveis: em primeiro lugar, aspira criar formas novas e originais para distingui-las do realizado por seus antecessores, e, simultaneamente, deve assumir que a gestação dessas formas será afetada ou influenciada pelas imagens, memórias e idéias anteriormente assimiladas. Desde as origens, esses interesses supostamente antagónicos têm definido a evolução da arquitetura e das outras artes, marcadas pela tensão entre a herança das formas do passado e a busca das novas resoluções. A intenção desta pesquisa é identificar e analisar os processos projetuais iniciados a partir da seleção das formas, imagens ou idéias pré-existentes, e que, apelando à diversos procedimentos miméticos, incentivem a geração de instâncias originais. Para tal fim, este estudo pressupõe que as atividades listadas são plausíveis de ser consideradas sob o domínio do tipo, entendido como uma estratégia para a realização de novas iterações geradas a partir do conhecimento das formas passadas. Na primeira instância, o objetivo deste trabalho é desenvolver uma reavaliação do que constitui o conceito de tipo, as origens do vocábulo, a sua historiografia, a sua aplicação em outras disciplinas, e sua consideração na teoria e prática da arquitetura dos últimos dois séculos. De acordo com as definições inauguráis do Quatremère de Quincy no início do século XIX, a característica distintiva que define qualquer discussão sobre o tipo é sua condição polissêmica. O tipo, portanto, pode ser assumido em resposta à questão das origens da arquitetura, como uma estratégia para a construção de classificação do inventário edilício, e também como uma tática projetual sustentada pela doutrina aristotélica da mimesis. A segunda área de pesquisa é dedicada a examinar a condição do tipo como agente mimético, ou seja, como um propulsor do processo de desenho. Para este fim, se establece uma definição expansiva do conceito, mas não entendido apenas como uma tipologia edilicia, mas também, como uma categoria que pode incluir qualquer classe de elementos, objetos, maquinarias ou mesmo formações biológicas. A partir desta definição renovada do território do tipo, este trabalho procede a discutir e examinar diversas táticas miméticas, como são a distorção, a magnificação, a fragmentação ou a justaposição tipológica. Um tema que se dedicou especial atenção é a tática do deslocamento do tipo, questão que sugere possíveis correspondências com o procedimento do readymade inaugurado por Marcel Duchamp. Embora, deve-se notar que tanto o deslocamento tipológico e o readymade atuam desde as particularidades das respectivas disciplinas, ambos preceitos concordam na reavaliação de questões como originalidade, semelhança, figurativismo e mudança do significado. |
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Meninato, PabloComas, Carlos Eduardo Dias2015-12-05T02:43:45Z2015http://hdl.handle.net/10183/130696000979249Ao iniciar um projeto, o arquiteto enfrenta duas condições aparentemente irreconciliáveis: em primeiro lugar, aspira criar formas novas e originais para distingui-las do realizado por seus antecessores, e, simultaneamente, deve assumir que a gestação dessas formas será afetada ou influenciada pelas imagens, memórias e idéias anteriormente assimiladas. Desde as origens, esses interesses supostamente antagónicos têm definido a evolução da arquitetura e das outras artes, marcadas pela tensão entre a herança das formas do passado e a busca das novas resoluções. A intenção desta pesquisa é identificar e analisar os processos projetuais iniciados a partir da seleção das formas, imagens ou idéias pré-existentes, e que, apelando à diversos procedimentos miméticos, incentivem a geração de instâncias originais. Para tal fim, este estudo pressupõe que as atividades listadas são plausíveis de ser consideradas sob o domínio do tipo, entendido como uma estratégia para a realização de novas iterações geradas a partir do conhecimento das formas passadas. Na primeira instância, o objetivo deste trabalho é desenvolver uma reavaliação do que constitui o conceito de tipo, as origens do vocábulo, a sua historiografia, a sua aplicação em outras disciplinas, e sua consideração na teoria e prática da arquitetura dos últimos dois séculos. De acordo com as definições inauguráis do Quatremère de Quincy no início do século XIX, a característica distintiva que define qualquer discussão sobre o tipo é sua condição polissêmica. O tipo, portanto, pode ser assumido em resposta à questão das origens da arquitetura, como uma estratégia para a construção de classificação do inventário edilício, e também como uma tática projetual sustentada pela doutrina aristotélica da mimesis. A segunda área de pesquisa é dedicada a examinar a condição do tipo como agente mimético, ou seja, como um propulsor do processo de desenho. Para este fim, se establece uma definição expansiva do conceito, mas não entendido apenas como uma tipologia edilicia, mas também, como uma categoria que pode incluir qualquer classe de elementos, objetos, maquinarias ou mesmo formações biológicas. A partir desta definição renovada do território do tipo, este trabalho procede a discutir e examinar diversas táticas miméticas, como são a distorção, a magnificação, a fragmentação ou a justaposição tipológica. Um tema que se dedicou especial atenção é a tática do deslocamento do tipo, questão que sugere possíveis correspondências com o procedimento do readymade inaugurado por Marcel Duchamp. Embora, deve-se notar que tanto o deslocamento tipológico e o readymade atuam desde as particularidades das respectivas disciplinas, ambos preceitos concordam na reavaliação de questões como originalidade, semelhança, figurativismo e mudança do significado.Upon starting a new project the architect faces two seemingly incompatible conditions: on the one hand he or she aspires to create new and original forms; on the other and simultaneously, has to assume that the conception of those forms will be affected or influenced by previously assimilated images, forms or ideas. Since its origins, these ostensibly conflicting interests have defined the evolution of architecture and the other arts, a moment marked by the tension produced by the coexistence of the tradition of past forms and the search for original resolutions. The goal of this work is to identify and analyze those design processes initiated upon the selection of preexisting forms, images or ideas, and that, appealing to diverse mimetic procedures, encourages the generation of original iterations. To this end, this study assumes that the listed activities can be considered under the domain of the type, which is to say, a strategy for creating new iterations engendered from the understanding of past forms. This study has been structured into two distinctive, though supplementary parts. The first part develops a reassessment of what constitutes the concept of type, the origins of the term, its historiography, its application in other disciplines, and its consideration in the realm of architectural theory and practice for the last two centuries. According to the initial precisions by Quatremère of Quincy at the beginning of the Nineteenth Century, „type‟ should be presupposed as a polysemic notion, since it could be simultaneously assumed as a response to the question of the origins of architecture, as a strategy for the classification of building inventory, and as a design tactic associated to the Aristotelian doctrine of mimesis. The second area focuses on the third meaning of the concept of type introduced by Quatremère, which is as a mimetic agent, where the type becomes a propellant of the design process. Following an expanded definition of typological territory - where type is no longer understood exclusively as building typology, but also as a category that may include elements such as objects, machineries or even biological formations -, this work proceeds to list and examine various mimetic tactics such as distortion, magnification, fragmentation, juxtaposition and typological displacement. Particular attention was placed in the notion of typological displacement, an issue that establishes suggestive correspondences with the tactic of the readymade inaugurated by Marcel Duchamp. Although typological displacement and readymade perform under the particularities of their respective disciplines, both tactics presuppose a reassessment of issues such as originality, resemblance, repetition, figurativism and variations of meaning.Al iniciar un proyecto, el arquitecto se enfrenta a dos condiciones aparentemente irreconciliables: por un lado aspira a crear formas nuevas y originales que se distingan de lo realizado por sus predecesores, y, simultáneamente, debe asumir que la gestación de esas formas se verá afectada o influenciada por las imágenes, recuerdos o ideas que ha asimilado previamente. Desde sus orígenes, estos intereses supuestamente contrapuestos han definido la evolución de la arquitectura y las demás artes, signadas por la tensión entre la herencia de las formas del pasado y la búsqueda de nuevas resoluciones. La intención de este trabajo es identificar y analizar aquellos procesos proyectuales iniciados a partir de la selección de formas, imágenes o ideas preexistentes, y que, apelando a diversos procedimientos miméticos alienten la generación de instancias originales. A tal efecto, este estudio presupone que las actividades listadas son plausibles de ser consideradas bajo el dominio del tipo, entendido éste como una estrategia para la realización de nuevas iteraciones generadas a partir del conocimiento de formas pasadas. En primera instancia, el objetivo de este trabajo es desarrollar una reevaluación de lo que constituye el concepto de tipo, los orígenes del vocablo, su historiografía, su aplicación en otras disciplinas, y su consideración en la teoría y práctica arquitectónica de los dos últimos siglos. De acuerdo a las definiciones inaugurales de Quatremère de Quincy a comienzos del siglo XIX, la característica distintiva que define cualquier discusión sobre el tipo es su condición polisémica. El tipo, por lo tanto, puede ser asumido como respuesta a la cuestión de los orígenes de la arquitectura, como estrategia para la clasificación del inventario edilicio, y asimismo, como táctica proyectual sustentada en la doctrina aristotélica de mímesis. La segunda área de investigación se dedica a examinar la condición del tipo como agente mimético, es decir, como propulsor del procedimiento proyectual. A tal efecto, se estipula una definición expansiva del concepto, ya no entendido exclusivamente como tipología edilicia, sino asimismo, como una categoría que puede incluir cualquier clase de elementos, objetos, maquinarias o hasta formaciones biológicas. A partir de esta renovada delimitación del territorio de tipo, este trabajo procede a listar y examinar diversas tácticas miméticas, como ser la distorsión, la magnificación, la fragmentación o la yuxtaposición tipológica. Un tema al que se le dedica particular atención es la táctica del desplazamiento del tipo, asunto que sugiere posibles correspondencias con el procedimiento del readymade inaugurado por Marcel Duchamp. Si bien cabe consignar que tanto el desplazamiento tipológico como el readymade actúan desde las particularidades de sus respectivas disciplinas, ambos preceptos presuponen una reevaluación de cuestiones como originalidad, semblanza, figurativismo y alteración del significado.application/pdfspaProjeto arquitetônicoProjeto arquitetonico : MetodologiaTipologia (Arquitetura)Sobre el tipo como procedimiento proyectualinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de ArquiteturaPrograma de Pesquisa e Pós-Graduação em ArquiteturaPorto Alegre, BR-RS2015doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000979249.pdf000979249.pdfTexto completo (espanhol)application/pdf10104464http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/130696/1/000979249.pdf9b04ec3042fe4c30c8d786dd01d88d1bMD51TEXT000979249.pdf.txt000979249.pdf.txtExtracted Texttext/plain440172http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/130696/2/000979249.pdf.txt7c61ecaa488ee3d576fdcbba8ad147d4MD52THUMBNAIL000979249.pdf.jpg000979249.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1133http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/130696/3/000979249.pdf.jpg4d1552f511bb686358b41f650dc07019MD5310183/1306962021-05-07 04:33:22.25078oai:www.lume.ufrgs.br:10183/130696Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T07:33:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Ao iniciar um projeto, o arquiteto enfrenta duas condições aparentemente irreconciliáveis: em primeiro lugar, aspira criar formas novas e originais para distingui-las do realizado por seus antecessores, e, simultaneamente, deve assumir que a gestação dessas formas será afetada ou influenciada pelas imagens, memórias e idéias anteriormente assimiladas. Desde as origens, esses interesses supostamente antagónicos têm definido a evolução da arquitetura e das outras artes, marcadas pela tensão entre a herança das formas do passado e a busca das novas resoluções. A intenção desta pesquisa é identificar e analisar os processos projetuais iniciados a partir da seleção das formas, imagens ou idéias pré-existentes, e que, apelando à diversos procedimentos miméticos, incentivem a geração de instâncias originais. Para tal fim, este estudo pressupõe que as atividades listadas são plausíveis de ser consideradas sob o domínio do tipo, entendido como uma estratégia para a realização de novas iterações geradas a partir do conhecimento das formas passadas. Na primeira instância, o objetivo deste trabalho é desenvolver uma reavaliação do que constitui o conceito de tipo, as origens do vocábulo, a sua historiografia, a sua aplicação em outras disciplinas, e sua consideração na teoria e prática da arquitetura dos últimos dois séculos. De acordo com as definições inauguráis do Quatremère de Quincy no início do século XIX, a característica distintiva que define qualquer discussão sobre o tipo é sua condição polissêmica. O tipo, portanto, pode ser assumido em resposta à questão das origens da arquitetura, como uma estratégia para a construção de classificação do inventário edilício, e também como uma tática projetual sustentada pela doutrina aristotélica da mimesis. A segunda área de pesquisa é dedicada a examinar a condição do tipo como agente mimético, ou seja, como um propulsor do processo de desenho. Para este fim, se establece uma definição expansiva do conceito, mas não entendido apenas como uma tipologia edilicia, mas também, como uma categoria que pode incluir qualquer classe de elementos, objetos, maquinarias ou mesmo formações biológicas. A partir desta definição renovada do território do tipo, este trabalho procede a discutir e examinar diversas táticas miméticas, como são a distorção, a magnificação, a fragmentação ou a justaposição tipológica. Um tema que se dedicou especial atenção é a tática do deslocamento do tipo, questão que sugere possíveis correspondências com o procedimento do readymade inaugurado por Marcel Duchamp. Embora, deve-se notar que tanto o deslocamento tipológico e o readymade atuam desde as particularidades das respectivas disciplinas, ambos preceitos concordam na reavaliação de questões como originalidade, semelhança, figurativismo e mudança do significado. |
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