Entrelaçamentos entre gênero, carreira e comunidades virtuais no grupo “Elas programam” do Facebook
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/230831 |
Resumo: | Essa dissertação tem como objetivo identificar quais são as contribuições do Grupo do Facebook Elas Programam para o crescimento da carreira das mulheres na Tecnologia da Informação. Para tanto, o referencial teórico se vale de discussões sobre gênero, carreira e comunidades virtuais. Com base na divisão sexual do trabalho (Hirata e Kergoat, 2007), a invisibilidade do trabalho feminino é discutida. O conceito de carreira (Sullivan e Baruch, 2015) é apresentado e inicia o debate sobre carreira feminina, trazendo teorias como o Labirinto de Cristal (Eagly e Carli, 2007) para explicar a trajetória da mulher nos campos STEM e, mais especificamente, na área da tecnologia. Por fim, articula-se uma definição de comunidades virtuais a partir do conceito inicial proposto por Rheingold (1994). A investigação empírica seguiu princípios netnográficos, com a observação e coleta de três meses de postagens no grupo e posterior construção de nove categorias de análise indutiva. São elas: Auxílio Técnico, Carreira, Cursos, Depoimentos, Dinâmicas Conversacionais, Divulgação, Gênero, Mentoria e Vagas e Oportunidades. De forma geral, conclui-se que o suporte social e o acesso à informação são os principais benefícios que levam as mulheres a entrar no grupo, resultando em acesso a oportunidades de trabalho, orientação para transição de carreira e aprendizado técnico. A insegurança e a autoestima são apontadas como os principais desafios no mercado de trabalho, demonstrando como o gênero atravessa a definição da capacidade intelectual no ramo da tecnologia. Nesse sentido, os laços estabelecidos dentro da comunidade contribuem para que as mulheres consigam enfrentar seus desafios, especialmente no que tange à confiança na própria capacidade profissional, navegando o labirinto de escolhas que constitui a carreira feminina. Dentro dos três meses de postagens mapeadas, identificou-se pouca diversidade nas discussões, que focam na realidade da mulher branca e cisgênero. |
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Nunes, Nathalia de OliveiraPrimo, Alessandra Teixeira2021-10-16T04:38:19Z2021http://hdl.handle.net/10183/230831001132534Essa dissertação tem como objetivo identificar quais são as contribuições do Grupo do Facebook Elas Programam para o crescimento da carreira das mulheres na Tecnologia da Informação. Para tanto, o referencial teórico se vale de discussões sobre gênero, carreira e comunidades virtuais. Com base na divisão sexual do trabalho (Hirata e Kergoat, 2007), a invisibilidade do trabalho feminino é discutida. O conceito de carreira (Sullivan e Baruch, 2015) é apresentado e inicia o debate sobre carreira feminina, trazendo teorias como o Labirinto de Cristal (Eagly e Carli, 2007) para explicar a trajetória da mulher nos campos STEM e, mais especificamente, na área da tecnologia. Por fim, articula-se uma definição de comunidades virtuais a partir do conceito inicial proposto por Rheingold (1994). A investigação empírica seguiu princípios netnográficos, com a observação e coleta de três meses de postagens no grupo e posterior construção de nove categorias de análise indutiva. São elas: Auxílio Técnico, Carreira, Cursos, Depoimentos, Dinâmicas Conversacionais, Divulgação, Gênero, Mentoria e Vagas e Oportunidades. De forma geral, conclui-se que o suporte social e o acesso à informação são os principais benefícios que levam as mulheres a entrar no grupo, resultando em acesso a oportunidades de trabalho, orientação para transição de carreira e aprendizado técnico. A insegurança e a autoestima são apontadas como os principais desafios no mercado de trabalho, demonstrando como o gênero atravessa a definição da capacidade intelectual no ramo da tecnologia. Nesse sentido, os laços estabelecidos dentro da comunidade contribuem para que as mulheres consigam enfrentar seus desafios, especialmente no que tange à confiança na própria capacidade profissional, navegando o labirinto de escolhas que constitui a carreira feminina. Dentro dos três meses de postagens mapeadas, identificou-se pouca diversidade nas discussões, que focam na realidade da mulher branca e cisgênero.This study intends to identify what are the contributions of the Facebook Group named “Elas Programam” to female career development in Information Technology. To do so, the theoretical background brings discussions about gender, career, and virtual communities. Based on the sexual division of labor (Hirata and Kergoat, 2007) the invisibility of women’s work is discussed. The concept of career (Sullivan and Baruch, 2015) is presented to initiate the debate about women’s careers, bringing theories such as the Crystal Labyrinth (Eagly and Carli, 2007) to explain women’s path through the STEM fields and, more specifically, in technology. Finally, a definition of virtual communities is articulated through the initial concept presented by Rheingold (1994). The empirical investigation followed netnographic principles, observing and collecting three months of posts in the group, building nine categories of inductive analysis. These are the categories: Technical Support, Career, Courses, Testimonials, Conversational Dynamics, Announcements, Gender, Mentorship and Jobs and Opportunities. Overall, the conclusion is that social support and access to information are the main benefits that bring women to the group, resulting in access to job opportunities, orientation for career changes, and technical learning. Insecurity and low self-esteem are deemed as the main challenges in the industry, demonstrating how gender crosses the intellectual capacity definition in the technology field. In that regard, the ties established within the community contribute to help women face their challenges, especially as it relates to trusting their own professional capacity, navigating through the labyrinth of choices that constitutes women’s careers. Within the three months of posts analyzed, there was a lack of diversity in the conversations, that usually focus on the reality of the white cisgender women.application/pdfporEstudos de gêneroFacebook (Site)Comunidade virtualGenderCareerVirtual communitiesFacebook groupsSTEMEntrelaçamentos entre gênero, carreira e comunidades virtuais no grupo “Elas programam” do Facebookinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001132534.pdf.txt001132534.pdf.txtExtracted Texttext/plain462105http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230831/2/001132534.pdf.txt467071209f66f389f14026c408f9d56aMD52ORIGINAL001132534.pdfTexto completoapplication/pdf1364632http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/230831/1/001132534.pdf832b73c07943d6025613855d621dbe91MD5110183/2308312024-04-14 06:45:39.423086oai:www.lume.ufrgs.br:10183/230831Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-04-14T09:45:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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