O uso de jogos eletrônicos e suas relações com o bem-estar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coser, Fábio Spricigo
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/202541
Resumo: A afirmação de que o uso de jogos eletrônicos em frequência alta é prejudicial à saúde é comum. Pesquisadores investigam os prejuízos causados pelos video games desde sua criação. Um movimento recente vem focando nos aspectos positivos dos mesmos e investigando suas relações com o bem-estar. Esse construto faz parte da definição de saúde publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa pesquisa investigou as relações entre o uso de jogos eletrônicos e o bem-estar através de um estudo de revisão sistemática e um estudo exploratório de delineamento transversal. 38 artigos foram selecionados para a amostra final da revisão sistemática. A maioria das publicações investigou as relações do bem-estar com a frequência de jogo. Grande parte das relações não foram significativas, ou foram consideradas fracas. Outros fatores como motivação para jogar, paixão e satisfação das necessidades psicológicas básicas foram apontados como relevantes para o bem-estar de jogadores. O segundo estudo investigou as relações entre horas de jogo, bem-estar subjetivo, personalidade e gêneros de jogo em uma amostra de 599 jogadores e 160 pessoas que não jogam jogos eletrônicos. As correlações entre horas de jogo, e as variáveis de bem-estar subjetivo e de personalidade, quando significativas, foram consideradas fracas. A frequência de jogo, isoladamente, não é suficiente para predizer o bem-estar. Os resultados apontados vão contra o estigma de que frequências de jogo mais altas impactam negativamente no bem-estar. Deve se considerar fatores de contexto e motivação do jogador ao realizar futuros estudos.
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