Mapeamento do tratamento do câncer infantojuvenil no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Arancibia, Alejandro Mauricio
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/211303
Resumo: Base teórica: O câncer infantil é a primeira causa de morte por doença no Brasil em todas as faixas etárias e em todas as regiões exceto pela região Norte. O câncer infantil é uma doença rara. Esta complexidade torna o câncer infantil um desafio para seu tratamento e, portanto, para sua cura. A sobrevida no câncer pediátrico está relacionada com diversos fatores, entre eles, aqueles relacionados diretamente ao paciente, como sexo e idade, assim como a localização, extensão e tipo de tumor. Mas também, aquelas questões inerentes à organização do sistema de saúde. Objetivo: Foi realizada uma revisão retrospectiva de 1.378 pacientes com câncer de 0 a 19 anos, diagnosticados entre 1 de agosto de 2009 e 29 de dezembro de 2015 no RS em tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com quimioterapia ou já concluída. Resultados: A maioria das crianças e adolescentes era do sexo masculino (56,9%). Apenas 398 (28,9%) dos casos eram menores de 1 ano ou 15 anos ou mais. 1045 (75,8%) crianças eram brancas. Os cânceres mais comuns foram Leucemia Aguda (40,7%), seguidos por Linfomas (15,9%) e Tumores do Sistema Nervoso Central (8,8%). 95% dos pacientes foram tratados em centros pediátricos de oncologia. A probabilidade cumulativa de sobreviver aos 5 anos em todos os pacientes foi de 73,8% (IC95% 71,4-76,0). A probabilidade cumulativa de sobreviver aos 5 anos foi significativamente maior nos pacientes com menos de 4 anos de idade (p = 0,012). Pacientes atendidos em instituições com volume de assistência oncológica pediátrica inferior a 15 pacientes/ano apresentaram 41% mais risco de morte do que pacientes atendidos em instituições com volume superior a 60 pacientes (p = 0,029). Conclusão: Neste trabalho encontramos uma diferença significativa na Sobrevida Global em 5 anos em pacientes atendidos em hospitais do Rio Grande do Sul, com alto volume de pacientes ano, quando comparado àqueles hospitais com atendimento menor que 60 pacientes ano.
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Resultados: A maioria das crianças e adolescentes era do sexo masculino (56,9%). Apenas 398 (28,9%) dos casos eram menores de 1 ano ou 15 anos ou mais. 1045 (75,8%) crianças eram brancas. Os cânceres mais comuns foram Leucemia Aguda (40,7%), seguidos por Linfomas (15,9%) e Tumores do Sistema Nervoso Central (8,8%). 95% dos pacientes foram tratados em centros pediátricos de oncologia. A probabilidade cumulativa de sobreviver aos 5 anos em todos os pacientes foi de 73,8% (IC95% 71,4-76,0). A probabilidade cumulativa de sobreviver aos 5 anos foi significativamente maior nos pacientes com menos de 4 anos de idade (p = 0,012). Pacientes atendidos em instituições com volume de assistência oncológica pediátrica inferior a 15 pacientes/ano apresentaram 41% mais risco de morte do que pacientes atendidos em instituições com volume superior a 60 pacientes (p = 0,029). Conclusão: Neste trabalho encontramos uma diferença significativa na Sobrevida Global em 5 anos em pacientes atendidos em hospitais do Rio Grande do Sul, com alto volume de pacientes ano, quando comparado àqueles hospitais com atendimento menor que 60 pacientes ano.Background: Childhood cancer is the leading cause of death from disease in Brazil in all age groups and in all regions except the North. Childhood cancer is a rare disease. This complexity makes childhood cancer a challenge for its care and therefore, for its cure. Pediatric cancer survival is related to several factors, including patients, such as sex and age, tumors, such as location, extent and type. But also issues inherent to the organization of the health system. Objectives: The purpose of this study is to identify the local of treatment of children (0-19 years) with cancer, treated by Sistema Único de Saúde (SUS) in Rio Grande do Sul (RS) and knows the overall survival of these children. Patients and Methods: We performed a retrospective review of 1,378 cancer patients aged 0 to 19 years, diagnosed between August 1, 2009 and December 29, 2015 in RS being under treatment by the SUS with chemotherapy or already completed. Results: Most children and adolescents were male (56.9%). Only 398 (28.9%) of the cases were younger than 1 year or 15 and older. 1045 (75.8%) children were white. The most common cancers were Acute Leukemia (40.7%), followed by Lymphomas (15.9%) and Central Nervous System Tumors (8.8%). 95% of the patients were treated at pediatric oncology-enabled centers. The cumulative probability of surviving at 5 years for all patients was 73.8% (95% CI 71.4-76.0). The cumulative probability of surviving at 5 years was significantly higher for patients under 4 years of age (p = 0.012). Patients treated in institutions with a pediatric oncology patient assistance volume less than 15 patients had 41% more risk of death than patients treated in institutions with volume greater than 60 patients (p=0.029). Conclusion: In this study, we identified a statistics significant difference in 5 years accumulated Overall Survive (OS) probabilities of patients treated in hospitals of Rio Grande do Sul, with a high volume of patients/years, when compared to patients treated in hospitals with less than 60 patients/year.application/pdfporSistema Único de SaúdeCriançaAdolescenteNeoplasiasTratamento farmacológicoTaxa de sobrevidaServiço hospitalar de oncologiaRio Grande do SulChild cancer survivalGlobal child cancer survivalHospital volumeMapeamento do tratamento do câncer infantojuvenil no Rio Grande do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Medicina: Ciências MédicasPorto Alegre, BR-RS2020doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001114740.pdf.txt001114740.pdf.txtExtracted Texttext/plain184032http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/211303/2/001114740.pdf.txt11d783bf92aebad0acb50ad3636373b7MD52ORIGINAL001114740.pdfTexto completoapplication/pdf1586375http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/211303/1/001114740.pdffc02f6ad9f55592ea47e4dbeab62636fMD5110183/2113032023-10-12 03:33:51.84862oai:www.lume.ufrgs.br:10183/211303Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-10-12T06:33:51Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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