Efeitos de dois programas de treinamento de força na eficiência e biomecânica da corrida humana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/106580 |
Resumo: | A eficiência mecânica da corrida (Eff) é considerada um preditor de desempenho para essa atividade, pois explica características referentes à biomecânica e ao metabolismo energético do corredor. A resposta dessa variável a partir da intervenção de um treinamento ainda tem sido pouco explorada pela literatura específica. Sabe-se que o treinamento combinado de força com resistência pode influenciar positivamente no desempenho da corrida. Com isso, o objetivo do presente estudo foi comparar as respostas da Eff, economia e desempenho de corrida antes e após a inclusão de um treinamento de força máxima e força rápida de 8 semanas em corredores recreacionais. Foram selecionados 24 corredores recreacionais (19 homens, 5 mulheres), os quais foram divididos em 3 grupos submetidos a um treinamento de 8 semanas. O grupo FM, que adicionou o treinamento de força máxima ao treinamento de resistência (n = 8); grupo FR, que incluiu o treinamento de força rápida além do resistência (n = 9); e o grupo controle (C) que manteve somente o treinamento de resistência (n = 7). Os testes para variáveis biomecânicas e metabólicas foram realizados em uma esteira rolante. Para análise do desempenho, avaliou-se o tempo de prova em um circuito aberto de 5 km (t5km). A Eff foi avaliada em duas intensidades (60 - Eff60% - e 110% - Eff110% da velocidade do VO2máx). A Eff na maior intensidade foi definida de duas formas: assumindo componente anaeróbio (Eff110TOT), e desconsiderando a participação anaeróbia como fonte de energia (Eff110AER). Aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. Utilizou-se um teste de ANOVA com medidas repetidas 3x2. Para os dados não paramétricos utilizou-se o teste de Friedman. Ocorrendo interação, aplicou-se o teste Post-Hoc de Tukey uma ANOVA One-Way. Em dados não paramétricos utilizou-se o teste Kruskal-Wallys. Além disso, o teste-T pareado foi utilizado para comparação intra grupos antes e após o programa de treinamento, em caso de dados não paramétricos, utilizou-se o teste de Wilcoxon. O tamanho do efeito foi calculado para as principais variáveis de desempenho. O alfa adotado foi de 5%. A Eff não apresentou diferenças significativas em nenhuma das intensidades e métodos calculados entre os grupos após 8 semanas de treinamento (p > 0,05). No entanto, apresentou um tamanho de efeito forte para FR (0,78) e moderado para FM (0,29) na Eff60%. Enquanto isso, tanto para Eff110AER, como para Eff110TOT, ambos os grupos FM e FR apresentaram tamanho de efeito moderado: FM = 0,44 e 0,34, respectivamente; FR = 0,26 e 0,30, respectivamente. O t5km apresentou diminuição significativa pré e pós-treinamento para os grupos FM e FR (p = 0,03 e p = 0,02, respectivamente). Para ECO, FR foi menor do que C (p < 0,01), e o grupo FM diminuiu a ECO após as 8 semanas de treinamento (p = 0,045). Eff não apresentou diferenças significativas nas diferentes intensidades nos grupos submetidos ao treinamento de força, o grupo FR e FM obtiveram um tamanho de efeito moderado-forte nessas respostas, que podem ser explicadas pela otimização de alguns parâmetros biomecânicos e metabólicos. O grupo FM incrementou a intensidade da vVO2máx e mesmo assim manteve o dispêndio metabólico, demonstrando um comportamento positivo na Eff. O grupo FR manteve a intensidade da vVO2máx, porém, otimizou suas variáveis biomecânicas, causando um aumento na potência mecânica, sem a necessidade do acréscimo no dispêndio metabólico. Os resultados provavelmente auxiliaram na melhora significativa apresentada em uma prova de 5 km para os grupos FM e FR após 8 semanas de treinamento. |
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Storniolo Júnior, Jorge Luiz LopesPeyré-Tartaruga, Leonardo Alexandre2014-11-11T02:14:06Z2014http://hdl.handle.net/10183/106580000943627A eficiência mecânica da corrida (Eff) é considerada um preditor de desempenho para essa atividade, pois explica características referentes à biomecânica e ao metabolismo energético do corredor. A resposta dessa variável a partir da intervenção de um treinamento ainda tem sido pouco explorada pela literatura específica. Sabe-se que o treinamento combinado de força com resistência pode influenciar positivamente no desempenho da corrida. Com isso, o objetivo do presente estudo foi comparar as respostas da Eff, economia e desempenho de corrida antes e após a inclusão de um treinamento de força máxima e força rápida de 8 semanas em corredores recreacionais. Foram selecionados 24 corredores recreacionais (19 homens, 5 mulheres), os quais foram divididos em 3 grupos submetidos a um treinamento de 8 semanas. O grupo FM, que adicionou o treinamento de força máxima ao treinamento de resistência (n = 8); grupo FR, que incluiu o treinamento de força rápida além do resistência (n = 9); e o grupo controle (C) que manteve somente o treinamento de resistência (n = 7). Os testes para variáveis biomecânicas e metabólicas foram realizados em uma esteira rolante. Para análise do desempenho, avaliou-se o tempo de prova em um circuito aberto de 5 km (t5km). A Eff foi avaliada em duas intensidades (60 - Eff60% - e 110% - Eff110% da velocidade do VO2máx). A Eff na maior intensidade foi definida de duas formas: assumindo componente anaeróbio (Eff110TOT), e desconsiderando a participação anaeróbia como fonte de energia (Eff110AER). Aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. Utilizou-se um teste de ANOVA com medidas repetidas 3x2. Para os dados não paramétricos utilizou-se o teste de Friedman. Ocorrendo interação, aplicou-se o teste Post-Hoc de Tukey uma ANOVA One-Way. Em dados não paramétricos utilizou-se o teste Kruskal-Wallys. Além disso, o teste-T pareado foi utilizado para comparação intra grupos antes e após o programa de treinamento, em caso de dados não paramétricos, utilizou-se o teste de Wilcoxon. O tamanho do efeito foi calculado para as principais variáveis de desempenho. O alfa adotado foi de 5%. A Eff não apresentou diferenças significativas em nenhuma das intensidades e métodos calculados entre os grupos após 8 semanas de treinamento (p > 0,05). No entanto, apresentou um tamanho de efeito forte para FR (0,78) e moderado para FM (0,29) na Eff60%. Enquanto isso, tanto para Eff110AER, como para Eff110TOT, ambos os grupos FM e FR apresentaram tamanho de efeito moderado: FM = 0,44 e 0,34, respectivamente; FR = 0,26 e 0,30, respectivamente. O t5km apresentou diminuição significativa pré e pós-treinamento para os grupos FM e FR (p = 0,03 e p = 0,02, respectivamente). Para ECO, FR foi menor do que C (p < 0,01), e o grupo FM diminuiu a ECO após as 8 semanas de treinamento (p = 0,045). Eff não apresentou diferenças significativas nas diferentes intensidades nos grupos submetidos ao treinamento de força, o grupo FR e FM obtiveram um tamanho de efeito moderado-forte nessas respostas, que podem ser explicadas pela otimização de alguns parâmetros biomecânicos e metabólicos. O grupo FM incrementou a intensidade da vVO2máx e mesmo assim manteve o dispêndio metabólico, demonstrando um comportamento positivo na Eff. O grupo FR manteve a intensidade da vVO2máx, porém, otimizou suas variáveis biomecânicas, causando um aumento na potência mecânica, sem a necessidade do acréscimo no dispêndio metabólico. Os resultados provavelmente auxiliaram na melhora significativa apresentada em uma prova de 5 km para os grupos FM e FR após 8 semanas de treinamento.The mechanical efficiency of running (Eff) is considered a predictor of performance this activity because explain biomechanics and energetics characteristics of runners. This variable has been little attention of the researches influenced by training program. It is known that combined strength and endurance training may be to influence positively in the running performance, through of metabolic and biomechanical responses. The objective of the present study was to compare two strength training programs in the Eff, running economy (ECO) and performance after 8 weeks of program training. 24 recreational runners were selected (males = 19; females = 5), and subdivided into three groups submitted to 8 weeks of training. The FM group, which added the maximal strength training to the endurance training (n = 8); FR group, which was submitted to the explosive strength training to the endurance training (n = 9); and C group, which performed endurance training only (n = 7). The tests for biomechanical and metabolic variables and to posterior Eff calculation were performed on treadmill. In addition, the performance was analyzed by the 5 km time in open field (t5km). The Eff was evaluated in two intensities (60% - Eff60% - and 110% of VO2máx velocity). At the higher intensity Eff was defined of two ways: with the presence (Eff110TOT) and the absence of anaerobic component (Eff110AER) as energy source. The Shapiro-Wilk test was performed to verify the data normality. The repeated measures ANOVA test (3x2) was used to detect interaction between group vs time factors. In non-parametric data, was used a Friedman test. If an interaction existed, Tukey’s Post-hoc test and one-way ANOVA were used. The Kruskal-Wallys test was utilized in non parametric cases. Furthermore, the paired Ttest was used to compare each group before and after the strength training program. Into nonparametric data was used the Wilcoxon test. The effect size was calculated to the main performance variables. The alpha adopted was 0.05. No significant changes were observed in Eff by intensities and methods calculated between the groups after 8 weeks of training (p > 0.05). However, FR group showed a stronger effect size (0.78) and FM group a moderated effect size (0.29) for Eff60%. Meanwhile, so much Eff110AER as Eff110TOT, both of groups FM and FR presented moderated effect size: FM = 0.44 and 0.34, respectively; FR = 0.26 and 0.30, respectively. The t5km showed significative decrease after training for the FM e FR groups (p = 0.03 and p = 0.02, respectively). The ECO showed lower for FR than C group (p < 0,01), and the FM group decreased ECO after 8 weeks training (p = 0.045). Eff did not show significative differences in different intensities on the groups submitted to strength training, the FM and FR groups obtained a moderated-stronger effect size in this responses, which could be justified by the optimization of biomechanical and metabolic parameters in such intensity. Thus, the FM group increased the vVO2máx intensity and still remained the energy expenditure, showing a improve behavior in Eff. Moreover, the FR group have maintained the vVO2máx intensity, however the biomechanical variables were adjusted, causing a mechanical power increased without metabolic expenditure added. These results probably assisted in the significative improvement showed a 5 km race for the FM and FR groups after 8 weeks of training.application/pdfporLocomoçãoCorridaTreinamento de forçaBiomecânicaLocomotionStrength trainingPerformanceEfeitos de dois programas de treinamento de força na eficiência e biomecânica da corrida humanainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de Educação FísicaPrograma de Pós-Graduação em Ciências do Movimento HumanoPorto Alegre, BR-RS2014mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000943627.pdf000943627.pdfTexto completoapplication/pdf2682914http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106580/1/000943627.pdf0ccd9bc5b3044942dadf00b82172c620MD51TEXT000943627.pdf.txt000943627.pdf.txtExtracted Texttext/plain186295http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106580/2/000943627.pdf.txt166c38a9b4f5ba9d243080da4a56173fMD52THUMBNAIL000943627.pdf.jpg000943627.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1129http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/106580/3/000943627.pdf.jpg83cc98a5e899c7beca826216a544423bMD5310183/1065802018-10-22 07:36:18.79oai:www.lume.ufrgs.br:10183/106580Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-22T10:36:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A eficiência mecânica da corrida (Eff) é considerada um preditor de desempenho para essa atividade, pois explica características referentes à biomecânica e ao metabolismo energético do corredor. A resposta dessa variável a partir da intervenção de um treinamento ainda tem sido pouco explorada pela literatura específica. Sabe-se que o treinamento combinado de força com resistência pode influenciar positivamente no desempenho da corrida. Com isso, o objetivo do presente estudo foi comparar as respostas da Eff, economia e desempenho de corrida antes e após a inclusão de um treinamento de força máxima e força rápida de 8 semanas em corredores recreacionais. Foram selecionados 24 corredores recreacionais (19 homens, 5 mulheres), os quais foram divididos em 3 grupos submetidos a um treinamento de 8 semanas. O grupo FM, que adicionou o treinamento de força máxima ao treinamento de resistência (n = 8); grupo FR, que incluiu o treinamento de força rápida além do resistência (n = 9); e o grupo controle (C) que manteve somente o treinamento de resistência (n = 7). Os testes para variáveis biomecânicas e metabólicas foram realizados em uma esteira rolante. Para análise do desempenho, avaliou-se o tempo de prova em um circuito aberto de 5 km (t5km). A Eff foi avaliada em duas intensidades (60 - Eff60% - e 110% - Eff110% da velocidade do VO2máx). A Eff na maior intensidade foi definida de duas formas: assumindo componente anaeróbio (Eff110TOT), e desconsiderando a participação anaeróbia como fonte de energia (Eff110AER). Aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk para verificar a normalidade dos dados. Utilizou-se um teste de ANOVA com medidas repetidas 3x2. Para os dados não paramétricos utilizou-se o teste de Friedman. Ocorrendo interação, aplicou-se o teste Post-Hoc de Tukey uma ANOVA One-Way. Em dados não paramétricos utilizou-se o teste Kruskal-Wallys. Além disso, o teste-T pareado foi utilizado para comparação intra grupos antes e após o programa de treinamento, em caso de dados não paramétricos, utilizou-se o teste de Wilcoxon. O tamanho do efeito foi calculado para as principais variáveis de desempenho. O alfa adotado foi de 5%. A Eff não apresentou diferenças significativas em nenhuma das intensidades e métodos calculados entre os grupos após 8 semanas de treinamento (p > 0,05). No entanto, apresentou um tamanho de efeito forte para FR (0,78) e moderado para FM (0,29) na Eff60%. Enquanto isso, tanto para Eff110AER, como para Eff110TOT, ambos os grupos FM e FR apresentaram tamanho de efeito moderado: FM = 0,44 e 0,34, respectivamente; FR = 0,26 e 0,30, respectivamente. O t5km apresentou diminuição significativa pré e pós-treinamento para os grupos FM e FR (p = 0,03 e p = 0,02, respectivamente). Para ECO, FR foi menor do que C (p < 0,01), e o grupo FM diminuiu a ECO após as 8 semanas de treinamento (p = 0,045). Eff não apresentou diferenças significativas nas diferentes intensidades nos grupos submetidos ao treinamento de força, o grupo FR e FM obtiveram um tamanho de efeito moderado-forte nessas respostas, que podem ser explicadas pela otimização de alguns parâmetros biomecânicos e metabólicos. O grupo FM incrementou a intensidade da vVO2máx e mesmo assim manteve o dispêndio metabólico, demonstrando um comportamento positivo na Eff. O grupo FR manteve a intensidade da vVO2máx, porém, otimizou suas variáveis biomecânicas, causando um aumento na potência mecânica, sem a necessidade do acréscimo no dispêndio metabólico. Os resultados provavelmente auxiliaram na melhora significativa apresentada em uma prova de 5 km para os grupos FM e FR após 8 semanas de treinamento. |
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