Diferenças de gênero no julgamento moral
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1990 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/1398 |
Resumo: | Este estudo discute as diferenças entre homens e mulheres com relação ao julgamento moral. Estas diferenças são abordadas também quanto ao gênero dos indivíduos. Gênero é o conjunto de atribuições psicológicas dado ao sujeito a partir do seu sexo biológico. Os indivíduos de ambos os sexos podem ser categorizados de acordo com seu gênero como indiferenciados, tipificados sexualmente (masculino, feminino) e andróginos. Os estudos sobre a moralidade têm sido realizados enfatizando as diferenças entre os indivíduos de cada sexo biológico. Este aspecto mereceu atenção especial devido a fortes críticas ao sexismo da teoria e metodologia kohlbergiana, por ter sido postulada por um homem e considerar as questões morais sob um ponto de vista masculino, apresentando resultados colhidos com sujeitos do sexo masculino obtidos através de um instrumento com dilemas morais protagonizados principalmente por homens. Visando controlar estes problemas metodológicos, este estudo propõe a utilização de protagonistas de ambos os sexos nos dilemas morais e a obtenção de dados de sujeitos de ambos os sexos. Foram testados 300 estudantes universitários com idade entre 18 e 25 anos. Destes foram escolhidos 180 sujeitos categorizados como andrógenos (60), indiferenciados,(60) e tipificados sexualmente (60), metade de cada sexo. Os instrumentos utilizados foram: o "BSRI" (Bem Sexual Role Inventory), produzido por Bem (1974, 1977) e traduzido e adaptado para o Brasil em 1982 por Oliveira, e o "MJI" (Moral Judgement Interview) de Kohlberg, em duas formas: (a) com o sexo do protagonista masculino e (b) com o sexo do protagonista feminino. Uma ANOVA revelou que: (1) existem diferenças de gênero no julgamento moral; (2) andróginos apresentam maiores níveis de julgamento moral do que os indiferenciados; (3) o sexo do protagonista não afeta as respostas de sujeitos de gêneros e sexos diferentes; (4) não há diferenças de sexo no nível de julgamento moral. A discussão dos resultados é feita à luz da abordagem cognitiva do desenvolvimento moral e sexual e enfatiza a proposição da variável gênero nos estudos sobre a moralidade. |
id |
URGS_5740c5bc0fac3bdf567ab50b2ba9d8e2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/1398 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Koller, Silvia HelenaBiaggio, Angela Maria Brasil2007-06-06T17:12:28Z1990http://hdl.handle.net/10183/1398000021911Este estudo discute as diferenças entre homens e mulheres com relação ao julgamento moral. Estas diferenças são abordadas também quanto ao gênero dos indivíduos. Gênero é o conjunto de atribuições psicológicas dado ao sujeito a partir do seu sexo biológico. Os indivíduos de ambos os sexos podem ser categorizados de acordo com seu gênero como indiferenciados, tipificados sexualmente (masculino, feminino) e andróginos. Os estudos sobre a moralidade têm sido realizados enfatizando as diferenças entre os indivíduos de cada sexo biológico. Este aspecto mereceu atenção especial devido a fortes críticas ao sexismo da teoria e metodologia kohlbergiana, por ter sido postulada por um homem e considerar as questões morais sob um ponto de vista masculino, apresentando resultados colhidos com sujeitos do sexo masculino obtidos através de um instrumento com dilemas morais protagonizados principalmente por homens. Visando controlar estes problemas metodológicos, este estudo propõe a utilização de protagonistas de ambos os sexos nos dilemas morais e a obtenção de dados de sujeitos de ambos os sexos. Foram testados 300 estudantes universitários com idade entre 18 e 25 anos. Destes foram escolhidos 180 sujeitos categorizados como andrógenos (60), indiferenciados,(60) e tipificados sexualmente (60), metade de cada sexo. Os instrumentos utilizados foram: o "BSRI" (Bem Sexual Role Inventory), produzido por Bem (1974, 1977) e traduzido e adaptado para o Brasil em 1982 por Oliveira, e o "MJI" (Moral Judgement Interview) de Kohlberg, em duas formas: (a) com o sexo do protagonista masculino e (b) com o sexo do protagonista feminino. Uma ANOVA revelou que: (1) existem diferenças de gênero no julgamento moral; (2) andróginos apresentam maiores níveis de julgamento moral do que os indiferenciados; (3) o sexo do protagonista não afeta as respostas de sujeitos de gêneros e sexos diferentes; (4) não há diferenças de sexo no nível de julgamento moral. A discussão dos resultados é feita à luz da abordagem cognitiva do desenvolvimento moral e sexual e enfatiza a proposição da variável gênero nos estudos sobre a moralidade.application/pdfporJulgamento moral : PsicologiaPapel sexual : KohlbergJulgamento moral : Homem : PsicologiaJulgamento moral : Mulher : PsicologiaPapel sexual : Julgamento moralJulgamento moral : Abordagem cognitivaDiferenças de gênero no julgamento moralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Filosofia e Ciências HumanasCurso de Pós-Graduação em Psicologia do DesenvolvimentoPorto Alegre, BR-RS1990mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000021911.pdf000021911.pdfSumário e resumoapplication/pdf1043262http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1398/1/000021911.pdfa96e4203f8385887b2e472aeabff406bMD51TEXT000021911.pdf.txt000021911.pdf.txtExtracted Texttext/plain9344http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1398/2/000021911.pdf.txt0f673e36185edc0c193813322d7a3830MD52THUMBNAIL000021911.pdf.jpg000021911.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg944http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1398/3/000021911.pdf.jpg6afa28858ef857c2a07d59c6464f7fedMD5310183/13982018-10-17 09:04:07.252oai:www.lume.ufrgs.br:10183/1398Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-17T12:04:07Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Diferenças de gênero no julgamento moral |
title |
Diferenças de gênero no julgamento moral |
spellingShingle |
Diferenças de gênero no julgamento moral Koller, Silvia Helena Julgamento moral : Psicologia Papel sexual : Kohlberg Julgamento moral : Homem : Psicologia Julgamento moral : Mulher : Psicologia Papel sexual : Julgamento moral Julgamento moral : Abordagem cognitiva |
title_short |
Diferenças de gênero no julgamento moral |
title_full |
Diferenças de gênero no julgamento moral |
title_fullStr |
Diferenças de gênero no julgamento moral |
title_full_unstemmed |
Diferenças de gênero no julgamento moral |
title_sort |
Diferenças de gênero no julgamento moral |
author |
Koller, Silvia Helena |
author_facet |
Koller, Silvia Helena |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Koller, Silvia Helena |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Biaggio, Angela Maria Brasil |
contributor_str_mv |
Biaggio, Angela Maria Brasil |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Julgamento moral : Psicologia Papel sexual : Kohlberg Julgamento moral : Homem : Psicologia Julgamento moral : Mulher : Psicologia Papel sexual : Julgamento moral Julgamento moral : Abordagem cognitiva |
topic |
Julgamento moral : Psicologia Papel sexual : Kohlberg Julgamento moral : Homem : Psicologia Julgamento moral : Mulher : Psicologia Papel sexual : Julgamento moral Julgamento moral : Abordagem cognitiva |
description |
Este estudo discute as diferenças entre homens e mulheres com relação ao julgamento moral. Estas diferenças são abordadas também quanto ao gênero dos indivíduos. Gênero é o conjunto de atribuições psicológicas dado ao sujeito a partir do seu sexo biológico. Os indivíduos de ambos os sexos podem ser categorizados de acordo com seu gênero como indiferenciados, tipificados sexualmente (masculino, feminino) e andróginos. Os estudos sobre a moralidade têm sido realizados enfatizando as diferenças entre os indivíduos de cada sexo biológico. Este aspecto mereceu atenção especial devido a fortes críticas ao sexismo da teoria e metodologia kohlbergiana, por ter sido postulada por um homem e considerar as questões morais sob um ponto de vista masculino, apresentando resultados colhidos com sujeitos do sexo masculino obtidos através de um instrumento com dilemas morais protagonizados principalmente por homens. Visando controlar estes problemas metodológicos, este estudo propõe a utilização de protagonistas de ambos os sexos nos dilemas morais e a obtenção de dados de sujeitos de ambos os sexos. Foram testados 300 estudantes universitários com idade entre 18 e 25 anos. Destes foram escolhidos 180 sujeitos categorizados como andrógenos (60), indiferenciados,(60) e tipificados sexualmente (60), metade de cada sexo. Os instrumentos utilizados foram: o "BSRI" (Bem Sexual Role Inventory), produzido por Bem (1974, 1977) e traduzido e adaptado para o Brasil em 1982 por Oliveira, e o "MJI" (Moral Judgement Interview) de Kohlberg, em duas formas: (a) com o sexo do protagonista masculino e (b) com o sexo do protagonista feminino. Uma ANOVA revelou que: (1) existem diferenças de gênero no julgamento moral; (2) andróginos apresentam maiores níveis de julgamento moral do que os indiferenciados; (3) o sexo do protagonista não afeta as respostas de sujeitos de gêneros e sexos diferentes; (4) não há diferenças de sexo no nível de julgamento moral. A discussão dos resultados é feita à luz da abordagem cognitiva do desenvolvimento moral e sexual e enfatiza a proposição da variável gênero nos estudos sobre a moralidade. |
publishDate |
1990 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
1990 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2007-06-06T17:12:28Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/1398 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
000021911 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/1398 |
identifier_str_mv |
000021911 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1398/1/000021911.pdf http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1398/2/000021911.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/1398/3/000021911.pdf.jpg |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
a96e4203f8385887b2e472aeabff406b 0f673e36185edc0c193813322d7a3830 6afa28858ef857c2a07d59c6464f7fed |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1816736746839212032 |