Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/147871 |
Resumo: | Na cultura ocidental o hábito de consumir cerveja é bem disseminado, sendo essa, umas das bebidas mais consumidas no mundo, ocupando o primeiro lugar entre as alcoólicas. A cerveja é uma bebida complexa por incluir em seu preparo inflorescências de lúpulo, cevada e fermento, ingredientes que conferem atividades antioxidantes para essa bebida, provavelmente devido à presença de compostos fenólicos. Os polifenois são uma família de compostos, produzidos pelas plantas, muitos deles com capacidade antioxidante. Sabe-se que a ingestão de certos alimentos ricos nesses compostos tem se mostrado relevantes para a saúde humana. O consumo moderado de cerveja tem se mostrado benéfico como adjuvante no tratamento de doenças coronarianas, diabetes, osteoporose e alguns tipos de câncer. Existe muita variação entre as cervejas a respeito da quantidade de lúpulo utilizado em suas formulações, onde a maioria das cervejas comerciais possui pouca quantidade desse ingrediente em relação às cervejas artesanais. Além disso, cervejas artesanais possuem maior diversidade e quantidade de compostos fenólicos, entre eles o xantohumol e isoxantohumol. O objetivo do trabalho foi investigar o potencial antioxidante de cervejas, comparando algumas marcas artesanais com algumas marcas comercias, e também investigar se o consumo dessas bebidas confere algum tipo de hepatoproteção em um modelo de indução de dano hepático induzido por tetracloreto de carbono (CCl4) em ratos Wistar. Trataram-se os animais durante 30 dias, na garrafa de beber, durante o período noturno de 12h, com: água, etanol 6,7%, cerveja comercial, cerveja artesanal ou silimarina, ministrada por gavagem (2 mL/kg do medicamento Legalon). Após o período de tratamento, o CCl4 foi injetado (i.p. 2,5 mL/kg) e 12h após as injeções os animais foram sacrificados. Analisou-se o peso das gorduras abdnominais e peso do fígado, parâmetros redox do fígado e o perfil redox do soro. A cerveja artesanal demonstrou maior capacidade antioxidante, um aumento dos níveis de HDL, nenhum tipo de dano oxidativo, nem dano hepático. Entretanto não foi observado efeito de hepatoproteção em nenhum dos tratamentos testados. |
id |
URGS_62899d684248779c3eeb91c47f8feb46 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:www.lume.ufrgs.br:10183/147871 |
network_acronym_str |
URGS |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
repository_id_str |
1853 |
spelling |
Feistauer, Lucas Brambilla HilbigMoreira, Jose Claudio Fonseca2016-09-01T02:17:52Z2016http://hdl.handle.net/10183/147871001000713Na cultura ocidental o hábito de consumir cerveja é bem disseminado, sendo essa, umas das bebidas mais consumidas no mundo, ocupando o primeiro lugar entre as alcoólicas. A cerveja é uma bebida complexa por incluir em seu preparo inflorescências de lúpulo, cevada e fermento, ingredientes que conferem atividades antioxidantes para essa bebida, provavelmente devido à presença de compostos fenólicos. Os polifenois são uma família de compostos, produzidos pelas plantas, muitos deles com capacidade antioxidante. Sabe-se que a ingestão de certos alimentos ricos nesses compostos tem se mostrado relevantes para a saúde humana. O consumo moderado de cerveja tem se mostrado benéfico como adjuvante no tratamento de doenças coronarianas, diabetes, osteoporose e alguns tipos de câncer. Existe muita variação entre as cervejas a respeito da quantidade de lúpulo utilizado em suas formulações, onde a maioria das cervejas comerciais possui pouca quantidade desse ingrediente em relação às cervejas artesanais. Além disso, cervejas artesanais possuem maior diversidade e quantidade de compostos fenólicos, entre eles o xantohumol e isoxantohumol. O objetivo do trabalho foi investigar o potencial antioxidante de cervejas, comparando algumas marcas artesanais com algumas marcas comercias, e também investigar se o consumo dessas bebidas confere algum tipo de hepatoproteção em um modelo de indução de dano hepático induzido por tetracloreto de carbono (CCl4) em ratos Wistar. Trataram-se os animais durante 30 dias, na garrafa de beber, durante o período noturno de 12h, com: água, etanol 6,7%, cerveja comercial, cerveja artesanal ou silimarina, ministrada por gavagem (2 mL/kg do medicamento Legalon). Após o período de tratamento, o CCl4 foi injetado (i.p. 2,5 mL/kg) e 12h após as injeções os animais foram sacrificados. Analisou-se o peso das gorduras abdnominais e peso do fígado, parâmetros redox do fígado e o perfil redox do soro. A cerveja artesanal demonstrou maior capacidade antioxidante, um aumento dos níveis de HDL, nenhum tipo de dano oxidativo, nem dano hepático. Entretanto não foi observado efeito de hepatoproteção em nenhum dos tratamentos testados.In ocidental culture, beer consumption is a widespread habit. This is one of the most consumed beverages in the world, and the number one of alcoholic beverages. Beer is a complex beverage because includes in its brewing hops, barley malt and yeast, ingredients that endows antioxidant activity to this beverage, probably due to the presence of phenolic compounds. Polyphenols are a family of compounds produced by plants, many of them with antioxidant capacity. It is known that a high consumption of polyphenols is good for health. The moderate consumption of beer is beneficial as adjuvant in treatment of many dieseases as coronary diaseases, diabetes, osteoporosis, and some cancers. There are a lot of variations in beers formula, mainly in quantity of hops used. As craft beers have more quantities of this ingredient, they reveal more variety and quantity of phenolic compounds, among them xanthohumol and isoxanthohumol. The objective of this research was investigate the antioxidant potential of beers, comparing some commercial brands with some craft beers brands, and also investigates if a pré-treatment with beers could be hepatoprotective in a carbon tetrachloride (CCl4) model in rats. They were trated for 30 days in drinking bottle, during night shift (12h), with: commercial beer, craft beer, ethanol 6,7 %, water or Silymarin, administered by gavage (2 mL/kg of Legalon medicine). After the treatment, CCl4 was injected (i.p 2,5 mL/kg) and 12h after injection animals were sacrificed. It was analyzed abdominal fat weight, liver weight, liver redox parameters and serum redox profile. Craft beer presented higher antioxidant potential, raised HDL levels, no oxidative damage nor hepatic injury. However no hepatoprotection was observed with any of tested treatments.application/pdfporCervejaAntioxidantesEstresse oxidativoTetracloreto de carbonoCraft beerOxidative stressXanthohumolPropriedades antioxidantes da cerveja artesanalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: BioquímicaPorto Alegre, BR-RS2016mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001000713.pdf.txt001000713.pdf.txtExtracted Texttext/plain181383http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147871/2/001000713.pdf.txt87ce3a1243aa0b76738e0d8e2d9616c6MD52ORIGINAL001000713.pdf001000713.pdfTexto completoapplication/pdf1547487http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147871/1/001000713.pdfe982abf1f02af276d87ffcd482bec313MD5110183/1478712021-05-07 04:44:01.479851oai:www.lume.ufrgs.br:10183/147871Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T07:44:01Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal |
title |
Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal |
spellingShingle |
Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal Feistauer, Lucas Brambilla Hilbig Cerveja Antioxidantes Estresse oxidativo Tetracloreto de carbono Craft beer Oxidative stress Xanthohumol |
title_short |
Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal |
title_full |
Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal |
title_fullStr |
Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal |
title_full_unstemmed |
Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal |
title_sort |
Propriedades antioxidantes da cerveja artesanal |
author |
Feistauer, Lucas Brambilla Hilbig |
author_facet |
Feistauer, Lucas Brambilla Hilbig |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Feistauer, Lucas Brambilla Hilbig |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Moreira, Jose Claudio Fonseca |
contributor_str_mv |
Moreira, Jose Claudio Fonseca |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cerveja Antioxidantes Estresse oxidativo Tetracloreto de carbono |
topic |
Cerveja Antioxidantes Estresse oxidativo Tetracloreto de carbono Craft beer Oxidative stress Xanthohumol |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Craft beer Oxidative stress Xanthohumol |
description |
Na cultura ocidental o hábito de consumir cerveja é bem disseminado, sendo essa, umas das bebidas mais consumidas no mundo, ocupando o primeiro lugar entre as alcoólicas. A cerveja é uma bebida complexa por incluir em seu preparo inflorescências de lúpulo, cevada e fermento, ingredientes que conferem atividades antioxidantes para essa bebida, provavelmente devido à presença de compostos fenólicos. Os polifenois são uma família de compostos, produzidos pelas plantas, muitos deles com capacidade antioxidante. Sabe-se que a ingestão de certos alimentos ricos nesses compostos tem se mostrado relevantes para a saúde humana. O consumo moderado de cerveja tem se mostrado benéfico como adjuvante no tratamento de doenças coronarianas, diabetes, osteoporose e alguns tipos de câncer. Existe muita variação entre as cervejas a respeito da quantidade de lúpulo utilizado em suas formulações, onde a maioria das cervejas comerciais possui pouca quantidade desse ingrediente em relação às cervejas artesanais. Além disso, cervejas artesanais possuem maior diversidade e quantidade de compostos fenólicos, entre eles o xantohumol e isoxantohumol. O objetivo do trabalho foi investigar o potencial antioxidante de cervejas, comparando algumas marcas artesanais com algumas marcas comercias, e também investigar se o consumo dessas bebidas confere algum tipo de hepatoproteção em um modelo de indução de dano hepático induzido por tetracloreto de carbono (CCl4) em ratos Wistar. Trataram-se os animais durante 30 dias, na garrafa de beber, durante o período noturno de 12h, com: água, etanol 6,7%, cerveja comercial, cerveja artesanal ou silimarina, ministrada por gavagem (2 mL/kg do medicamento Legalon). Após o período de tratamento, o CCl4 foi injetado (i.p. 2,5 mL/kg) e 12h após as injeções os animais foram sacrificados. Analisou-se o peso das gorduras abdnominais e peso do fígado, parâmetros redox do fígado e o perfil redox do soro. A cerveja artesanal demonstrou maior capacidade antioxidante, um aumento dos níveis de HDL, nenhum tipo de dano oxidativo, nem dano hepático. Entretanto não foi observado efeito de hepatoproteção em nenhum dos tratamentos testados. |
publishDate |
2016 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-09-01T02:17:52Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10183/147871 |
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv |
001000713 |
url |
http://hdl.handle.net/10183/147871 |
identifier_str_mv |
001000713 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) instacron:UFRGS |
instname_str |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
instacron_str |
UFRGS |
institution |
UFRGS |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147871/2/001000713.pdf.txt http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/147871/1/001000713.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
87ce3a1243aa0b76738e0d8e2d9616c6 e982abf1f02af276d87ffcd482bec313 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) |
repository.mail.fl_str_mv |
lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br |
_version_ |
1810085377233387520 |