Seduzidos pela luz ou bases antropológicas da fotografia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/206787 |
Resumo: | Devido às reconfigurações que o digital provocou na produção e difusão fotográfica, alguns teóricos e críticos defendem a pós-fotografia. Para avaliar a pertinência desse conceito, realizou-se uma investigação que analisou os contextos de surgimento e difusão da fotografia, bem como seus trânsitos sociais, a fim de identificar se as mudanças e permanências justificavam, ou não, a adoção de um paradigma pós-fotográfico. Por meio da flânerie e da reportagem, foram recolhidos fragmentos observáveis – como álbuns de família, cartões-postais, registros de debutantes e selfies – que compuseram o patchwork de análise. A partir dessa tessitura, foi possível compreender que em vez da superação ou reconfiguração radical, o que houve foi uma exacerbação do fotográfico, o que justifica o conceito de hiperfotografia e não de pós-fotografia. Este momento hieperfotográfico é regido por uma imaginação luminosa que despreza a sombra e o negativo, ofuscando a compreensão do meio fotográfico em sua ambivalência de luz-sombra e, como consequência, aprisiona as discussões ao signo do real, desprezando a abertura para a sombra, que traria uma nova compreensão da fotografia a partir da potência fantástica e ficcional. |
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Silva, Michel de OliveiraMartins, Ana Tais2020-03-14T04:17:35Z2020http://hdl.handle.net/10183/206787001113197Devido às reconfigurações que o digital provocou na produção e difusão fotográfica, alguns teóricos e críticos defendem a pós-fotografia. Para avaliar a pertinência desse conceito, realizou-se uma investigação que analisou os contextos de surgimento e difusão da fotografia, bem como seus trânsitos sociais, a fim de identificar se as mudanças e permanências justificavam, ou não, a adoção de um paradigma pós-fotográfico. Por meio da flânerie e da reportagem, foram recolhidos fragmentos observáveis – como álbuns de família, cartões-postais, registros de debutantes e selfies – que compuseram o patchwork de análise. A partir dessa tessitura, foi possível compreender que em vez da superação ou reconfiguração radical, o que houve foi uma exacerbação do fotográfico, o que justifica o conceito de hiperfotografia e não de pós-fotografia. Este momento hieperfotográfico é regido por uma imaginação luminosa que despreza a sombra e o negativo, ofuscando a compreensão do meio fotográfico em sua ambivalência de luz-sombra e, como consequência, aprisiona as discussões ao signo do real, desprezando a abertura para a sombra, que traria uma nova compreensão da fotografia a partir da potência fantástica e ficcional.Due to the reconfigurations that the digital technologies has caused in photographic production and diffusion, some theorists and critics defend the concept of post-photography. To assess the relevance of this concept, an investigation was carried out to analyze the contexts of the emergence and diffusion of photography, as well as its social transits, in order to identify whether or not the changes and permanences justified the adoption of a post-photographic paradigm. Through the flânerie and reportage, observable fragments were collected - such as family albums, postcards, debutant records and selfies - that made up the analysis patchwork. From this texture, it was possible to understand that instead of overcoming or radical reconfiguration, what happened was an exacerbation of the photographic, which justifies the concept of hyperphotography and not post-photography. This hyper-photographic moment is governed by a luminous imagination that despises shadow and negative, obfuscating the understanding of the photographic medium in its ambivalence of shadow-light and, as a consequence, imprisons the discussions to the sign of the real, despising the opening to the shadow, that would bring a new understanding of photography from the fantastic and fictional power.application/pdfporImagemImaginárioFotografiaPost-photographyComplexity ParadigmImage and imaginaryHyperphotographySeduzidos pela luz ou bases antropológicas da fotografiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001113197.pdf.txt001113197.pdf.txtExtracted Texttext/plain428618http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206787/2/001113197.pdf.txt695faa0cdd49fe25d075c2608654977eMD52ORIGINAL001113197.pdfTexto completoapplication/pdf2076077http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/206787/1/001113197.pdf779e7c37aef30e4dfe7be4ce42891d45MD5110183/2067872022-02-22 04:52:26.764559oai:www.lume.ufrgs.br:10183/206787Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-02-22T07:52:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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