Cinema, gênero e ação! problematizando aulas de matemática por meio da Cyberformação com professores de matemática

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sachet, Bruna
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/276800
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo investigar de que modo e quais problematizações matemáticas e não-matemáticas a respeito da concepção de gênero emergem da forma/ação com professoras/professories/professores de matemática, que toma a análise de produtos cinematográficos (filmes e séries) e o desenvolvimento de planos de aula como premissa. Essa Cyberformação, que entende as Tecnologias Digitais (no caso o Cinema via streaming) como meios de revelação, assume cenas de filmes e de séries como fontes de problematização e discussão da dimensão gênero na educação pela(s) matemática(s). Assim, a nosso ver, evidenciar essas problematizações pode servir de base para aulas de matemática(s) críticas e com base decolonial de gênero. Durante a forma/ação ocorrida por meio de um curso de 60h, totalmente a distância, as/es/os professoras/professories/professores participantes assistiram e analisaram filmes e episódios de séries que tratavam da temática gênero, leram artigos científicos relacionados à cada temática específica sobre gênero, planejada para cada encontro, e desenvolveram seus planos de aula de matemática(s) relativos à temática. Sob o viés teórico da Cyberformação com professories; do Cinema como meio de revelação e como tecnologia pedagógica, cultural e política; da educação matemática como problematizadora de gênero e da decolonialidade como base ideológica; analisamos as transcrições dos encontros síncronos e planos de aula desenvolvidos como meio de cumprimento do nosso objetivo. Nossos dados convergiram em três temáticas fluidas de problematização, consonantemente nomeadas como episódios. Cada episódio foi identificado conforme a temática destacada pelas cenas, sendo: 1º Episódio - Elvises e Madonas: não somos homens e mulheres fáceis, no qual os resultados apontam que as problematizações matemáticas a respeito da concepção de gênero emergem como semelhanças e diferenças entre homens e mulheres no contexto de gênero, de forma a se estabelecer uma compreensão matemática sobre a temática binária; 2º Episódio - Desobediência: ela é uma mulher que não é uma mulher, mas é uma mulher, as problematizações matemáticas e não-matemáticas nos revelam que a imposição de normas rígidas e estereótipos refletem uma sociedade que categoriza as pessoas com base em concepções simplificadas de gênero, limitando a compreensão da diversidade de experiências. Há, então, um tipo de padronização que contribui para a reprodução de desigualdades e discriminação de gênero ao longo da vida. Logo, as experiências compartilhadas pelas/pele/pelos participantes nesse episódio e suas estratégias pedagógicas incitam a necessidade de questionar e desconstruir normas rígidas de gênero, estereótipos e preconceitos arraigados em nossa sociedade; e o 3º Episódio - A mãe diz que os homossexuais são pessoas ruins... mas não são eles que me estupram, não são eles que me maltratam, nos revela a urgência em decolonizar as questões de gênero e raça no contexto educacional, especialmente na formação de professores, professories e professoras de matemática, destacando a importância da inserção de narrativas diversas e da promoção de espaços que oportunizem a construção de pensamentos matemáticos para compreender as dinâmicas sociais. Ao desafiar as normas e estruturas coloniais, as/es/os participantes evidenciam a necessidade de uma educação crítica da ordem da estrutura, livre e respeitosa da diversidade humana. A pesquisa, então, revela que as/es/os participantes em Cyberformação percebem que as aulas de matemática podem dar sentido e provocar o respeito à dignidade humana, em especial à mulher.
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spelling Sachet, BrunaRosa, Maurício2024-08-01T06:40:09Z2024http://hdl.handle.net/10183/276800001207310Esta pesquisa tem como objetivo investigar de que modo e quais problematizações matemáticas e não-matemáticas a respeito da concepção de gênero emergem da forma/ação com professoras/professories/professores de matemática, que toma a análise de produtos cinematográficos (filmes e séries) e o desenvolvimento de planos de aula como premissa. Essa Cyberformação, que entende as Tecnologias Digitais (no caso o Cinema via streaming) como meios de revelação, assume cenas de filmes e de séries como fontes de problematização e discussão da dimensão gênero na educação pela(s) matemática(s). Assim, a nosso ver, evidenciar essas problematizações pode servir de base para aulas de matemática(s) críticas e com base decolonial de gênero. Durante a forma/ação ocorrida por meio de um curso de 60h, totalmente a distância, as/es/os professoras/professories/professores participantes assistiram e analisaram filmes e episódios de séries que tratavam da temática gênero, leram artigos científicos relacionados à cada temática específica sobre gênero, planejada para cada encontro, e desenvolveram seus planos de aula de matemática(s) relativos à temática. Sob o viés teórico da Cyberformação com professories; do Cinema como meio de revelação e como tecnologia pedagógica, cultural e política; da educação matemática como problematizadora de gênero e da decolonialidade como base ideológica; analisamos as transcrições dos encontros síncronos e planos de aula desenvolvidos como meio de cumprimento do nosso objetivo. Nossos dados convergiram em três temáticas fluidas de problematização, consonantemente nomeadas como episódios. Cada episódio foi identificado conforme a temática destacada pelas cenas, sendo: 1º Episódio - Elvises e Madonas: não somos homens e mulheres fáceis, no qual os resultados apontam que as problematizações matemáticas a respeito da concepção de gênero emergem como semelhanças e diferenças entre homens e mulheres no contexto de gênero, de forma a se estabelecer uma compreensão matemática sobre a temática binária; 2º Episódio - Desobediência: ela é uma mulher que não é uma mulher, mas é uma mulher, as problematizações matemáticas e não-matemáticas nos revelam que a imposição de normas rígidas e estereótipos refletem uma sociedade que categoriza as pessoas com base em concepções simplificadas de gênero, limitando a compreensão da diversidade de experiências. Há, então, um tipo de padronização que contribui para a reprodução de desigualdades e discriminação de gênero ao longo da vida. Logo, as experiências compartilhadas pelas/pele/pelos participantes nesse episódio e suas estratégias pedagógicas incitam a necessidade de questionar e desconstruir normas rígidas de gênero, estereótipos e preconceitos arraigados em nossa sociedade; e o 3º Episódio - A mãe diz que os homossexuais são pessoas ruins... mas não são eles que me estupram, não são eles que me maltratam, nos revela a urgência em decolonizar as questões de gênero e raça no contexto educacional, especialmente na formação de professores, professories e professoras de matemática, destacando a importância da inserção de narrativas diversas e da promoção de espaços que oportunizem a construção de pensamentos matemáticos para compreender as dinâmicas sociais. Ao desafiar as normas e estruturas coloniais, as/es/os participantes evidenciam a necessidade de uma educação crítica da ordem da estrutura, livre e respeitosa da diversidade humana. A pesquisa, então, revela que as/es/os participantes em Cyberformação percebem que as aulas de matemática podem dar sentido e provocar o respeito à dignidade humana, em especial à mulher.This research aims to investigate how and what mathematical and non-mathematical problematizations regarding the conception of gender emerge from the engagement with mathematics educators, considering the analysis of cinematic products (films and series) and the development of lesson plans as a premise. This Cyberformation, viewing Digital Technologies (in this case, Streaming Cinema) as means of revelation, embraces scenes from films and series as sources for problematization and discussion of the gender dimension in mathematics education. In our perspective, highlighting these problematizations can serve as a foundation for critical and gender-decolonial mathematics teaching. During the 60-hour online course, participating educators watched and analyzed films and series episodes addressing gender issues, read scientific articles related to each specific gender theme planned for each session, and developed their mathematics lesson plans related to the topic. Drawing on the theoretical perspectives of Cyberformation with educators; Cinema as a means of revelation and pedagogical, cultural, and political technology; mathematics education as a gender-problematizing force; and decoloniality as an ideological basis; we analyzed transcripts of synchronous meetings and lesson plans as a means to fulfill our objective. Our data converged on three fluid themes of problematization, aptly named episodes. Each episode was identified based on the theme highlighted by the scenes: 1st Episode - Elvises and Madonnas: We are not easy men and women, where results indicate that mathematical problematizations regarding gender conception emerge as similarities and differences between men and women in the gender context, establishing a mathematical understanding of the binary theme; 2nd Episode - Disobedience: she is a woman who is not a woman, but is a woman, mathematical and non-mathematical problematizations reveal that the imposition of rigid norms and stereotypes reflects a society that categorizes people based on simplified gender concepts, limiting the understanding of diversity of experiences. There is, then, a kind of standardization that contributes to the reproduction of gender inequalities and discrimination throughout life. Therefore, experiences shared by participants in this episode and their pedagogical strategies incite the need to question and deconstruct rigid gender norms, stereotypes, and prejudices ingrained in our society; and the 3rd Episode - The mother says that homosexuals are bad people... but they are not the ones who rape me, they are not the ones who mistreat me, reveals the urgency to decolonize gender and race issues in the educational context, especially in the training of mathematics teachers, highlighting the importance of incorporating diverse narratives and promoting spaces that facilitate the construction of mathematical thinking to understand social dynamics. By challenging colonial norms and structures, participants emphasize the need for a critical education that is structurally free and respectful of human diversity. The research thus reveals that participants in Cyberformation perceive that mathematics classes can give meaning and provoke respect for human dignity, especially for women.application/pdfporEducação MatemáticaFormação de professoresFilmeTecnologias digitaisMathematics educationTeacher educationProblematizationFilmsDigital technologiesCinema, gênero e ação! problematizando aulas de matemática por meio da Cyberformação com professores de matemáticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Matemática e EstatísticaPrograma de Pós-Graduação em Ensino de MatemáticaPorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001207310.pdf.txt001207310.pdf.txtExtracted Texttext/plain521737http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276800/2/001207310.pdf.txt3ad35393bbe060a1b7c74ad74b9eab30MD52ORIGINAL001207310.pdfTexto completoapplication/pdf4720310http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/276800/1/001207310.pdf01c284007ee8de87cc3c8bfb1cc7067dMD5110183/2768002024-08-02 06:27:39.673064oai:www.lume.ufrgs.br:10183/276800Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-08-02T09:27:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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