Avaliação de congestão por ecografia pulmonar em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca como auxiliar na decisão de ajuste de diureticoterapia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/220411 |
Resumo: | A insuficiência cardíaca é uma doença crônica que cursa com episódios de descompensação aguda em que comumente identifica-se congestão pulmonar ou sistêmica, que são os principais alvos terapêuticos nestes pacientes. Todavia, a avaliação clínica exclusiva é pouco sensível e específica, podendo falhar na detecção adequada da congestão, principalmente no cenário dos pacientes ambulatoriais. Nos últimos anos a ecografia pulmonar mostrou-se uma ferramenta útil para detectar congestão nestes pacientes através da identificação das linhas B no parênquima pulmonar. No presente trabalho, tivemos como objetivo avaliar o uso da ecografia pulmonar na identificação de congestão somando-se aos dados do exame físico e a mudança na prescrição de diuréticos. Entre abril e novembro de 2019, foram incluídos 239 pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ou preservada, idade média de 61(±13) anos, 66% do gênero masculino e 80% em classe funcional NYHA II ou III. A mediana do escore clínico de congestão foi 3.95 (±2,5) pontos e da ecografia pulmonar foram 5 linhas B (1.5-18). Na avaliação clínica de congestão, cerca de um terço dos pacientes estava em cada grupo (sem congestão, congestão leve ou congestão moderada a severa) e, após a ecografia pulmonar, 118 (49,4%) pacientes tiveram uma classificação de congestão diferente. A prescrição de diuréticos foi modificada em 31,5% dos pacientes atendidos após acrescentar os dados da ecografia pulmonar à avaliação clínica, dos quais 17,5% tiveram a dose aumentada, 8,5% tiveram a dose reduzida e em 5,5% foi mantida a dose em uso prévio à consulta. Com base nestes dados, podemos dizer que a ultrassonografia pulmonar é uma ferramenta simples e que tem impacto na avaliação da congestão e no tratamento diurético dos pacientes com insuficiência cardíaca em acompanhamento ambulatorial. Estudos futuros são necessários para demonstrar o impacto clínico de estratégias utilizando esta informação. |
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Savaris, Simone LouiseBiolo, Andreia2021-05-01T05:04:02Z2020http://hdl.handle.net/10183/220411001124215A insuficiência cardíaca é uma doença crônica que cursa com episódios de descompensação aguda em que comumente identifica-se congestão pulmonar ou sistêmica, que são os principais alvos terapêuticos nestes pacientes. Todavia, a avaliação clínica exclusiva é pouco sensível e específica, podendo falhar na detecção adequada da congestão, principalmente no cenário dos pacientes ambulatoriais. Nos últimos anos a ecografia pulmonar mostrou-se uma ferramenta útil para detectar congestão nestes pacientes através da identificação das linhas B no parênquima pulmonar. No presente trabalho, tivemos como objetivo avaliar o uso da ecografia pulmonar na identificação de congestão somando-se aos dados do exame físico e a mudança na prescrição de diuréticos. Entre abril e novembro de 2019, foram incluídos 239 pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ou preservada, idade média de 61(±13) anos, 66% do gênero masculino e 80% em classe funcional NYHA II ou III. A mediana do escore clínico de congestão foi 3.95 (±2,5) pontos e da ecografia pulmonar foram 5 linhas B (1.5-18). Na avaliação clínica de congestão, cerca de um terço dos pacientes estava em cada grupo (sem congestão, congestão leve ou congestão moderada a severa) e, após a ecografia pulmonar, 118 (49,4%) pacientes tiveram uma classificação de congestão diferente. A prescrição de diuréticos foi modificada em 31,5% dos pacientes atendidos após acrescentar os dados da ecografia pulmonar à avaliação clínica, dos quais 17,5% tiveram a dose aumentada, 8,5% tiveram a dose reduzida e em 5,5% foi mantida a dose em uso prévio à consulta. Com base nestes dados, podemos dizer que a ultrassonografia pulmonar é uma ferramenta simples e que tem impacto na avaliação da congestão e no tratamento diurético dos pacientes com insuficiência cardíaca em acompanhamento ambulatorial. Estudos futuros são necessários para demonstrar o impacto clínico de estratégias utilizando esta informação.Heart failure is a chronic disease with episodes of acute decompensation in which pulmonary or systemic congestion is commonly identified and these are important therapeutic target in these patients. However, the clinical evaluation alone is not sensitive nor specific and may fail to adequately detect congestion in outpatients. In recent years, lung ultrasound has proven to be a useful tool to detect congestion and treat these patients identifying B lines in pulmonary parenchyma. In the present study, we aimed to evaluate the use of lung ultrasound to identify congestion in addition to physical examination and the change in diuretics prescription based on these data. From April to November 2019, 239 heart failure patients with reduced or preserved ejection fraction, mean age of 61 (±13) years-old, 66% male and 80% in NYHA functional class II or III were included. The median of clinical congestion score was 3.95 (±2.5) points and B-lines in lung ultrasound was 5 (1.5-18). In clinical evaluation, about one third of patients were in each group (without congestions, mild congestion or moderate to severe congestion) and, after lung ultrasound, 118 (49.4%) patients had a different congestion classification. The prescription of diuretics was modified in 31.5% of the patients after adding lung ultrasound data to clinical evaluation, of these, 17.5% had the dose increased, 8.5% had the dose reduced and in 5.5% the dose in previous use was maintained. Based on these data, we can say that lung ultrasound is a simple tool that has impact on the evaluation of congestion and on diuretic treatment of patients with heart failure undergoing outpatient follow-up. Further research is necessary to demonstrate the clinical impact of strategies using this information.application/pdfporInsuficiência cardíacaUltrassonografiaDiuréticosHeart failurePulmonary congestionLung ultrasoundDiureticsAvaliação de congestão por ecografia pulmonar em pacientes ambulatoriais com insuficiência cardíaca como auxiliar na decisão de ajuste de diureticoterapiainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde: Cardiologia e Ciências CardiovascularesPorto Alegre, BR-RS2020mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001124215.pdf.txt001124215.pdf.txtExtracted Texttext/plain78607http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220411/2/001124215.pdf.txtfd2d095867f3d38fe74611c0379e14caMD52ORIGINAL001124215.pdfTexto completoapplication/pdf747240http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/220411/1/001124215.pdf15122079f7bce7b011500f08c584d36bMD5110183/2204112021-05-07 05:16:48.131557oai:www.lume.ufrgs.br:10183/220411Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-05-07T08:16:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A insuficiência cardíaca é uma doença crônica que cursa com episódios de descompensação aguda em que comumente identifica-se congestão pulmonar ou sistêmica, que são os principais alvos terapêuticos nestes pacientes. Todavia, a avaliação clínica exclusiva é pouco sensível e específica, podendo falhar na detecção adequada da congestão, principalmente no cenário dos pacientes ambulatoriais. Nos últimos anos a ecografia pulmonar mostrou-se uma ferramenta útil para detectar congestão nestes pacientes através da identificação das linhas B no parênquima pulmonar. No presente trabalho, tivemos como objetivo avaliar o uso da ecografia pulmonar na identificação de congestão somando-se aos dados do exame físico e a mudança na prescrição de diuréticos. Entre abril e novembro de 2019, foram incluídos 239 pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ou preservada, idade média de 61(±13) anos, 66% do gênero masculino e 80% em classe funcional NYHA II ou III. A mediana do escore clínico de congestão foi 3.95 (±2,5) pontos e da ecografia pulmonar foram 5 linhas B (1.5-18). Na avaliação clínica de congestão, cerca de um terço dos pacientes estava em cada grupo (sem congestão, congestão leve ou congestão moderada a severa) e, após a ecografia pulmonar, 118 (49,4%) pacientes tiveram uma classificação de congestão diferente. A prescrição de diuréticos foi modificada em 31,5% dos pacientes atendidos após acrescentar os dados da ecografia pulmonar à avaliação clínica, dos quais 17,5% tiveram a dose aumentada, 8,5% tiveram a dose reduzida e em 5,5% foi mantida a dose em uso prévio à consulta. Com base nestes dados, podemos dizer que a ultrassonografia pulmonar é uma ferramenta simples e que tem impacto na avaliação da congestão e no tratamento diurético dos pacientes com insuficiência cardíaca em acompanhamento ambulatorial. Estudos futuros são necessários para demonstrar o impacto clínico de estratégias utilizando esta informação. |
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