Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Gabriela França de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/256682
Resumo: A soja (Glycine max (L.) Merr.) é o principal grão produzido atualmente no Brasil. Entretanto, diversos fatores, como o elevado teor de água dos grãos e a presença de impurezas e matérias estranhas, propiciam condições que resultam em perdas qualitativas de grande importância no armazenamento, as quais prejudicam a comercialização e utilização do produto. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a interferência do teor de água de colheita e do teor de impurezas sobre a qualidade de grãos de soja ao longo do armazenamento. A colheita ocorreu em duas etapas, a primeira com 18% de teor de água e, a segunda, com 12%. Os grãos foram submetidos à secagem até atingirem 11% de teor de água. Após, metade foi completamente limpa (0% de impurezas), enquanto outra metade permaneceu com 1% de impurezas. Os grãos foram armazenados por oito meses, em sacos de papel kraft, sendo realizadas amostragens a cada 60 dias para análises laboratoriais. Foram analisados o teor de água, peso de mil grãos, massa específica, proteína bruta, cinzas, extrato etéreo, carboidratos, incidência de fungos e realizada a classificação dos grãos. O teor de água de equilíbrio no armazenamento foi superior nos grãos colhidos com 12% de teor de água e variou conforme a temperatura e umidade relativa do ar. A incidência de Fusarium spp., Phomopsis spp. e Cercospora spp. foi maior em grãos colhidos com 12% de teor de água e reduziu com o decorrer do armazenamento, independentemente do teor de água de colheita e teor de impurezas, enquanto aumentou a incidência de Aspergillus spp. e Penicillium spp. A permanência dos grãos no campo e a presença de impurezas influenciaram negativamente a classificação dos grãos. Grãos colhidos com 18% de teor de água mantiveram o Padrão Básico de classificação em todo armazenamento, enquanto grãos colhidos com 12% de teor de água classificaram-se como Fora de Tipo aos 180 dias de armazenagem na presença de impurezas, e aos 240 dias na ausência de impurezas. Os teores de proteínas, extrato etéreo e cinzas foram maiores em grãos colhidos com 12% de teor de água. Grãos armazenados sem impurezas também apresentaram maiores teores de proteínas e extrato etéreo, em contrapartida, para carboidratos ocorreu o inverso. Os teores de proteínas e carboidratos reduziram no armazenamento, enquanto aumentou o de extrato etéreo. A colheita dos grãos com 18% de teor de água, seguida de secagem, e a retirada das impurezas mantêm a qualidade de grãos de soja por mais tempo no armazenamento.
id URGS_6bb2c9da62a0f1902f37263bec1d3676
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/256682
network_acronym_str URGS
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
repository_id_str 1853
spelling Lima, Gabriela França deDionello, Rafael Gomes2023-04-04T03:32:36Z2021http://hdl.handle.net/10183/256682001132820A soja (Glycine max (L.) Merr.) é o principal grão produzido atualmente no Brasil. Entretanto, diversos fatores, como o elevado teor de água dos grãos e a presença de impurezas e matérias estranhas, propiciam condições que resultam em perdas qualitativas de grande importância no armazenamento, as quais prejudicam a comercialização e utilização do produto. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a interferência do teor de água de colheita e do teor de impurezas sobre a qualidade de grãos de soja ao longo do armazenamento. A colheita ocorreu em duas etapas, a primeira com 18% de teor de água e, a segunda, com 12%. Os grãos foram submetidos à secagem até atingirem 11% de teor de água. Após, metade foi completamente limpa (0% de impurezas), enquanto outra metade permaneceu com 1% de impurezas. Os grãos foram armazenados por oito meses, em sacos de papel kraft, sendo realizadas amostragens a cada 60 dias para análises laboratoriais. Foram analisados o teor de água, peso de mil grãos, massa específica, proteína bruta, cinzas, extrato etéreo, carboidratos, incidência de fungos e realizada a classificação dos grãos. O teor de água de equilíbrio no armazenamento foi superior nos grãos colhidos com 12% de teor de água e variou conforme a temperatura e umidade relativa do ar. A incidência de Fusarium spp., Phomopsis spp. e Cercospora spp. foi maior em grãos colhidos com 12% de teor de água e reduziu com o decorrer do armazenamento, independentemente do teor de água de colheita e teor de impurezas, enquanto aumentou a incidência de Aspergillus spp. e Penicillium spp. A permanência dos grãos no campo e a presença de impurezas influenciaram negativamente a classificação dos grãos. Grãos colhidos com 18% de teor de água mantiveram o Padrão Básico de classificação em todo armazenamento, enquanto grãos colhidos com 12% de teor de água classificaram-se como Fora de Tipo aos 180 dias de armazenagem na presença de impurezas, e aos 240 dias na ausência de impurezas. Os teores de proteínas, extrato etéreo e cinzas foram maiores em grãos colhidos com 12% de teor de água. Grãos armazenados sem impurezas também apresentaram maiores teores de proteínas e extrato etéreo, em contrapartida, para carboidratos ocorreu o inverso. Os teores de proteínas e carboidratos reduziram no armazenamento, enquanto aumentou o de extrato etéreo. A colheita dos grãos com 18% de teor de água, seguida de secagem, e a retirada das impurezas mantêm a qualidade de grãos de soja por mais tempo no armazenamento.Soybean (Glycine max (L.) Merr.) is the major grain produced in Brazil. However, several factors, as inappropriate grain moisture and grain impurities, provide conditions that result in significant qualitative losses during storage, which damage product use and its commercialization. The objective of this study was to determinate the interference of harvest moisture and impurities content in the quality of soybeans during storage. The grains were harvested at two times, the first when they achieved a moisture content of 18% and the second when they achieved 12%. The grains were dried until 11% moisture content. After, half was completely cleaned (0% impurities), while the other half remained with 1% of impurities. The grains were stored for eight months, and every 60 days were evaluated the moisture content, 1.000-grain weight, bulk density, crude protein, mineral material, ether extract, carbohydrates, incidence of fungi and grain grading. The moisture content during storage was higher in grains harvested at 12% moisture content and it oscillated according to air temperature and relative humidity. Fusarium spp., Phomopsis spp. and Cercospora spp. occurrence were higher when grains were harvested at 12% moisture content and it decreased over storage, independently of harvest moisture and impurity content, while Aspergillus spp. and Penicillium spp. incidence increased. Harvest delay and impurities had a negative effect on grain grading. Grains harvested at 18% moisture maintained Basic Standard grading on storage, while grains harvested at 12% moisture were off grade after 180 days of storage when stored with impurities, and after 240 days when stored without impurities. Protein, ether extract and mineral material content were higher in grains harvested at 12% moisture content. Grains harvested at 18% moisture maintained Basic Standard grading on storage, while grains harvested at 12% moisture were off grade after 180 days of storage when stored with impurities, and after 240 days when stored without impurities. Protein, ether extract and mineral material content were higher in grains harvested at 12% moisture content. Grains stored without impurities also had higher protein and ether extract content, while for carbohydrates the opposite occurred. Protein and carbohydrate content decreased in storage, while ether extract increased. Harvesting grains at 18% moisture, followed by drying and removing impurities, maintain quality longer in storage.application/pdfporSojaGraoQualidadeTeor de umidadeQualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezasSoybeans quality (Glycine max (L.) Merr.) during storage as a function of harvest moisture and impurities info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de AgronomiaPrograma de Pós-Graduação em FitotecniaPorto Alegre, BR-RS2021mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001132820.pdf.txt001132820.pdf.txtExtracted Texttext/plain145010http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256682/2/001132820.pdf.txt205e60702c882c7584581a1220b66753MD52ORIGINAL001132820.pdfTexto completoapplication/pdf825527http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256682/1/001132820.pdf8996550d656ad717b4a5ffc8376ad5aaMD5110183/2566822023-04-05 03:47:36.307777oai:www.lume.ufrgs.br:10183/256682Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-04-05T06:47:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Soybeans quality (Glycine max (L.) Merr.) during storage as a function of harvest moisture and impurities
title Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas
spellingShingle Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas
Lima, Gabriela França de
Soja
Grao
Qualidade
Teor de umidade
title_short Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas
title_full Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas
title_fullStr Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas
title_full_unstemmed Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas
title_sort Qualidade de grãos de soja (Glycine max (L.) Merr.) durante o armazenamento em função do teor de água de colheita e impurezas
author Lima, Gabriela França de
author_facet Lima, Gabriela França de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Lima, Gabriela França de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Dionello, Rafael Gomes
contributor_str_mv Dionello, Rafael Gomes
dc.subject.por.fl_str_mv Soja
Grao
Qualidade
Teor de umidade
topic Soja
Grao
Qualidade
Teor de umidade
description A soja (Glycine max (L.) Merr.) é o principal grão produzido atualmente no Brasil. Entretanto, diversos fatores, como o elevado teor de água dos grãos e a presença de impurezas e matérias estranhas, propiciam condições que resultam em perdas qualitativas de grande importância no armazenamento, as quais prejudicam a comercialização e utilização do produto. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a interferência do teor de água de colheita e do teor de impurezas sobre a qualidade de grãos de soja ao longo do armazenamento. A colheita ocorreu em duas etapas, a primeira com 18% de teor de água e, a segunda, com 12%. Os grãos foram submetidos à secagem até atingirem 11% de teor de água. Após, metade foi completamente limpa (0% de impurezas), enquanto outra metade permaneceu com 1% de impurezas. Os grãos foram armazenados por oito meses, em sacos de papel kraft, sendo realizadas amostragens a cada 60 dias para análises laboratoriais. Foram analisados o teor de água, peso de mil grãos, massa específica, proteína bruta, cinzas, extrato etéreo, carboidratos, incidência de fungos e realizada a classificação dos grãos. O teor de água de equilíbrio no armazenamento foi superior nos grãos colhidos com 12% de teor de água e variou conforme a temperatura e umidade relativa do ar. A incidência de Fusarium spp., Phomopsis spp. e Cercospora spp. foi maior em grãos colhidos com 12% de teor de água e reduziu com o decorrer do armazenamento, independentemente do teor de água de colheita e teor de impurezas, enquanto aumentou a incidência de Aspergillus spp. e Penicillium spp. A permanência dos grãos no campo e a presença de impurezas influenciaram negativamente a classificação dos grãos. Grãos colhidos com 18% de teor de água mantiveram o Padrão Básico de classificação em todo armazenamento, enquanto grãos colhidos com 12% de teor de água classificaram-se como Fora de Tipo aos 180 dias de armazenagem na presença de impurezas, e aos 240 dias na ausência de impurezas. Os teores de proteínas, extrato etéreo e cinzas foram maiores em grãos colhidos com 12% de teor de água. Grãos armazenados sem impurezas também apresentaram maiores teores de proteínas e extrato etéreo, em contrapartida, para carboidratos ocorreu o inverso. Os teores de proteínas e carboidratos reduziram no armazenamento, enquanto aumentou o de extrato etéreo. A colheita dos grãos com 18% de teor de água, seguida de secagem, e a retirada das impurezas mantêm a qualidade de grãos de soja por mais tempo no armazenamento.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-04-04T03:32:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/256682
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001132820
url http://hdl.handle.net/10183/256682
identifier_str_mv 001132820
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256682/2/001132820.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/256682/1/001132820.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 205e60702c882c7584581a1220b66753
8996550d656ad717b4a5ffc8376ad5aa
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv lume@ufrgs.br||lume@ufrgs.br
_version_ 1810085613633798144