Por trás do espelho de Alice : narrativas visuais de inclusão de criancas com transtorno do espectro do autismo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/128916 |
Resumo: | A participação e a interação da criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no período da Educação Infantil possibilita seu desenvolvimento social, cognitivo e cultural quando é um tempo cheio de significados que contribuem para uma inclusão efetiva. Assim, esse tempo vem a promover aprendizados para preparar esses sujeitos para as próximas etapas de escolarização ao envolver ações realizadas em conjunto com outros sujeitos e através do meio. O participar e o interagir não estão focados somente na linguagem falada, mas na comunicação compreendida pelo próximo. Essa investigação tem um caráter qualitativo e a partir do estudo de caso de três sujeitos com autismo, tendo como cenário uma creche vinculada à Rede Municipal de Porto Alegre-RS, que atende crianças de 0 a 6 anos em turno integral. Objetiva analisar a apropriação das narrativas visuais mediadas pelo SCALA (Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento no Autismo) no processo de inclusão de crianças com TEA na primeira infância. O embasamento teórico centra-se na perspectiva Sócio-histórica e seus conceitos de mediação e linguagem. A partir das observações e análises dos dados gerados, percebe-se que 1) a mediação do sistema proposto fornece apoio à inclusão a partir da participação e da interação, permitidas pela comunicação de gestos, movimentos inquietantes, palavras intraduzíveis e olhares penetrantes; 2) a mediação do sistema permite antecipar um aprender a partir de leituras de pictogramas, baseado na Comunicação Alternativa, que nos detalhes possibilitou uma efetividade de um processo complexo do ler - nos detalhes e nas entrelinhas habilita-se um sujeito ativo e interativo - um agente; e 3) o sistema revela-se como uma ferramenta capaz de extrapolar as telas, em que associado à baixa tecnologia também possibilita um novo/outro modo de interagir e participar. A partir dessa experiência, entre uma narrativa e outra, é proporcionada uma reflexão sobre a importância do papel do professor para sustentar as várias formas de "ser" e "estar" na escola. Os movimentos das crianças com TEA não são indícios de limitações deles, mas da limitação da compreensão do outro através de uma comunicação corporal. Verifica-se também a medicalização como um limitante do corpo, que influencia o processo de ensino e aprendizado. Por fim, evidencia-se que a mediação do sistema permite que todos os sujeitos envolvidos sejam agentes ativos de um percurso repleto de leituras do outro, do eu e do livro, que entre a imaginação e os significados fizeram-se presentes. Esses sujeitos são autônomos e cúmplices de um fabular permeados pelos signos e instrumentos que foram compartilhados pelas ações e invenções - uma apropriação intensa e significativa que potencializa e efetiva uma inclusão constituída por inúmeras leituras. |
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Monte, Barbara Terra doPasserino, Liliana Maria2015-11-05T02:37:57Z2015http://hdl.handle.net/10183/128916000975359A participação e a interação da criança com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) no período da Educação Infantil possibilita seu desenvolvimento social, cognitivo e cultural quando é um tempo cheio de significados que contribuem para uma inclusão efetiva. Assim, esse tempo vem a promover aprendizados para preparar esses sujeitos para as próximas etapas de escolarização ao envolver ações realizadas em conjunto com outros sujeitos e através do meio. O participar e o interagir não estão focados somente na linguagem falada, mas na comunicação compreendida pelo próximo. Essa investigação tem um caráter qualitativo e a partir do estudo de caso de três sujeitos com autismo, tendo como cenário uma creche vinculada à Rede Municipal de Porto Alegre-RS, que atende crianças de 0 a 6 anos em turno integral. Objetiva analisar a apropriação das narrativas visuais mediadas pelo SCALA (Sistema de Comunicação Alternativa para o Letramento no Autismo) no processo de inclusão de crianças com TEA na primeira infância. O embasamento teórico centra-se na perspectiva Sócio-histórica e seus conceitos de mediação e linguagem. A partir das observações e análises dos dados gerados, percebe-se que 1) a mediação do sistema proposto fornece apoio à inclusão a partir da participação e da interação, permitidas pela comunicação de gestos, movimentos inquietantes, palavras intraduzíveis e olhares penetrantes; 2) a mediação do sistema permite antecipar um aprender a partir de leituras de pictogramas, baseado na Comunicação Alternativa, que nos detalhes possibilitou uma efetividade de um processo complexo do ler - nos detalhes e nas entrelinhas habilita-se um sujeito ativo e interativo - um agente; e 3) o sistema revela-se como uma ferramenta capaz de extrapolar as telas, em que associado à baixa tecnologia também possibilita um novo/outro modo de interagir e participar. A partir dessa experiência, entre uma narrativa e outra, é proporcionada uma reflexão sobre a importância do papel do professor para sustentar as várias formas de "ser" e "estar" na escola. Os movimentos das crianças com TEA não são indícios de limitações deles, mas da limitação da compreensão do outro através de uma comunicação corporal. Verifica-se também a medicalização como um limitante do corpo, que influencia o processo de ensino e aprendizado. Por fim, evidencia-se que a mediação do sistema permite que todos os sujeitos envolvidos sejam agentes ativos de um percurso repleto de leituras do outro, do eu e do livro, que entre a imaginação e os significados fizeram-se presentes. Esses sujeitos são autônomos e cúmplices de um fabular permeados pelos signos e instrumentos que foram compartilhados pelas ações e invenções - uma apropriação intensa e significativa que potencializa e efetiva uma inclusão constituída por inúmeras leituras.Participation and interaction of children with Autism Spectrum Disorders (ASDs) in Kindergarten enables their social, cognitive and cultural development as it is a period full of meanings that contribute to effective inclusion. Such period promotes learning and preparation for future schooling stages through engaging actions carried out in cooperation with other subjects and the environment. Participation and interaction are not solely built from spoken language, but communication understood by each other. This research is a qualitative case study involving three subjects with autism enrolled in a full time nursery school. This school joins the Municipal Network of Education of Porto Alegre in Rio Grande do Sul (Brazil) serving children from 0 to 6. Investigation aims to analyze the appropriation of visual narratives mediated by SCALA (System of Alternative Communication for Literacy in Autism) in the inclusion of children with ASDs in early childhood. Theoretical foundation lies on a sociohistorical perspective and its concepts of mediation and language. From the observations and analysis of the data generated, it is derived that 1) the mediation of the proposed system provides support for inclusion through participation and interaction by means of communication of gestures, restless movements, unclear words and staring looks; 2) the mediation of system allows to anticipate a learning process emerging from pictogram reading (Alternative Communication), which provides evidences of effectiveness through the details of the complex reading process - in the details and between the lines, it triggers them to become active and interactive subjects - agents; and 3) the system acts as a tool extrapolating the screen; when in association with low technology, it also enables a new and alternative way to interact and participate. The experience in the field, from narrative to narrative, evokes a reflection on the importance of the teacher's role in providing support to varied forms of "being" in school. The movements of students with ASD are not evidence of their limitations, but evidence of the limitation to understanding through body communication. Medicalization has been perceived as body limiting factor with impacts on teaching and learning processes. Finally, it becomes evident that the system's mediation allows all those involved to be active agents of a trajectory full of readings of others, the self and the book, all present amidst imagination and meanings. Those subjects are autonomous and accomplices of a fable permeated by the signs and tools that have been shared through actions and inventions - an intense meaningful and, yet, effective appropriation that consists of several readings and leverages inclusion.application/pdfporAutismoEducação especialInclusão socialVisual narrativesAutism spectrum disorder (ASD)SCALASpecial educationInclusionPor trás do espelho de Alice : narrativas visuais de inclusão de criancas com transtorno do espectro do autismoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2015mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000975359.pdf000975359.pdfTexto completoapplication/pdf6473236http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128916/1/000975359.pdf6ff69dcda9075e32b2626a30501212bcMD51TEXT000975359.pdf.txt000975359.pdf.txtExtracted Texttext/plain418560http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128916/2/000975359.pdf.txte29d96313bf0b148899aa05d349b1e0cMD52THUMBNAIL000975359.pdf.jpg000975359.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1114http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/128916/3/000975359.pdf.jpge3bc6bda539a0e4689c0c7529cfc157cMD5310183/1289162018-10-24 09:07:17.42oai:www.lume.ufrgs.br:10183/128916Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-24T12:07:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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