A noção de experiência no contexto da Gestão Autônoma da Medicação no Brasil : uma travessia rumo ao pensamento decolonial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/213067 |
Resumo: | Esta tese discute, em três capítulos, a noção de experiência presente nas publicações sobre a estratégia da Gestão Autônoma da Medicação no Brasil desde sua chegada no país - em 2009 - até o ano de 2018. O trabalho constitui-se como uma análise documental de dados secundários, em que foram material prioritário de análise os quase trinta artigos publicados no período. São interlocutores destas análises Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Jorge Larrosa, num primeiro momento. Posteriormente, buscamos a companhia de autores da literatura decolonial, no intuito de nos aproximarmos das particularidades que dizem respeito à população brasileira no que tange às questões das subalternidades, como Achille Mbembe, Gayatri Spivak, Conceição Evaristo, entre outros. No primeiro capítulo apresentamos os diferentes empregos que a noção de experiência ganha no textos, com ênfase para a diferença entre dois campos semânticos: o primeiro, onde ela vai significar aquilo que o sujeito vive ou experimenta; e o segundo, o qual entendemos mais forte e relevante para o campo da saúde mental, onde ela vai significar aquilo que resta da travessia de um perigo. Nosso mergulho nessas publicações nos permitiu afirmar que a GAM tem se constituído como uma experiência para seus participantes, sejam eles usuários, trabalhadores, pesquisadores. No segundo capítulo, abordamos as diferentes formas como a estratégia GAM acessa a experiência dos sujeitos nesse encontro entre usuários, familiares, trabalhadores e pesquisadores no campo da saúde mental, mostrando os efeitos de coletivização aí produzidos. No terceiro capítulo apontamos para a invisibilidade e silenciamento da abordagem das questões étnico-raciais na estratégia GAM, ao mesmo tempo em que localizamos situações que demonstram a resistência e as saídas dos usuários para enfrentar a opressão, de forma que podemos reconhecer na GAM um potencial antirracista, podendo vir a se desenvolver e fortalecer. |
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Zanchet, LiviaPalombini, Analice de LimaVivès, Jean Michel2020-08-26T03:37:10Z2019http://hdl.handle.net/10183/213067001117364Esta tese discute, em três capítulos, a noção de experiência presente nas publicações sobre a estratégia da Gestão Autônoma da Medicação no Brasil desde sua chegada no país - em 2009 - até o ano de 2018. O trabalho constitui-se como uma análise documental de dados secundários, em que foram material prioritário de análise os quase trinta artigos publicados no período. São interlocutores destas análises Walter Benjamin, Giorgio Agamben e Jorge Larrosa, num primeiro momento. Posteriormente, buscamos a companhia de autores da literatura decolonial, no intuito de nos aproximarmos das particularidades que dizem respeito à população brasileira no que tange às questões das subalternidades, como Achille Mbembe, Gayatri Spivak, Conceição Evaristo, entre outros. No primeiro capítulo apresentamos os diferentes empregos que a noção de experiência ganha no textos, com ênfase para a diferença entre dois campos semânticos: o primeiro, onde ela vai significar aquilo que o sujeito vive ou experimenta; e o segundo, o qual entendemos mais forte e relevante para o campo da saúde mental, onde ela vai significar aquilo que resta da travessia de um perigo. Nosso mergulho nessas publicações nos permitiu afirmar que a GAM tem se constituído como uma experiência para seus participantes, sejam eles usuários, trabalhadores, pesquisadores. No segundo capítulo, abordamos as diferentes formas como a estratégia GAM acessa a experiência dos sujeitos nesse encontro entre usuários, familiares, trabalhadores e pesquisadores no campo da saúde mental, mostrando os efeitos de coletivização aí produzidos. No terceiro capítulo apontamos para a invisibilidade e silenciamento da abordagem das questões étnico-raciais na estratégia GAM, ao mesmo tempo em que localizamos situações que demonstram a resistência e as saídas dos usuários para enfrentar a opressão, de forma que podemos reconhecer na GAM um potencial antirracista, podendo vir a se desenvolver e fortalecer.This thesis discusses, in three chapters, the notion of experience presented in the publications on the strategy of Autonomous Medication Management in Brazil since its arrival in the country - in 2009 - until 2018. The work constitutes a documentary analysis of secondary data, in which the almost thirty articles published in the period were a priority analysis material. Interlocutors of these analyzes are Walter Benjamin, Giorgio Agamben and Jorge Larrosa, at first. Subsequently, we sought the company of authors of the decoloniality, in order to get closer to the particularities that concern the Brazilian population regarding the issues of subalternities, such as Achille Mbembe, Gayatri Spivak, Conceição Evaristo, among others. In the first chapter we present the different uses that the notion of experience gains in the texts, emphasizing the difference between two semantic fields: the first, where it will mean what the subject lives or experiences; and the second, which we understand to be stronger and more relevant to the field of mental health, where it will mean what remains of the crossing of a danger. Our dive into these publications allowed us to state that GAM has been an experience for its participants, be they users, workers, researchers. In the second chapter, we approach the different ways in which the GAM strategy accesses the experience of the subjects in this meeting between users, family members, workers and researchers in the field of mental health, showing the collectivization effects produced there. In the third chapter we point to the invisibility and silencing of the approach to ethnic-racial issues in the GAM strategy, while locating situations that demonstrate resistance and user exits to cope with oppression, so that we can recognize in GAM a potential anti-racist and may develop and strengthen.application/pdfporServiços de saúde mentalParticipação do pacienteAutonomiaRelações étnicas e raciaisBrasilExperiênciaExperienceAutonomous Medication ManagementEthnic-race relationsDecolonialityA noção de experiência no contexto da Gestão Autônoma da Medicação no Brasil : uma travessia rumo ao pensamento decolonialThe notion of experience in the context of Autonomous Medication Management in Brazil : a crossing towards decolonial thinkinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em Psicologia Social e InstitucionalPorto Alegre, BR-RS2019doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001117364.pdf.txt001117364.pdf.txtExtracted Texttext/plain327560http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/213067/2/001117364.pdf.txte28a0c1ccaee844006d848d102ffd638MD52ORIGINAL001117364.pdfTexto completoapplication/pdf2399204http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/213067/1/001117364.pdf544c7bad307a0d04dbb73719c11aa6e7MD5110183/2130672020-08-27 03:37:17.211619oai:www.lume.ufrgs.br:10183/213067Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-08-27T06:37:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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