A Violência escolar na perspectiva discente : o que a Geografia tem a ver com isso?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vicente, Nataniel Antonio
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/267119
Resumo: Essa pesquisa teve como objetivo analisar sobre a violência escolar na perspectiva discente, visando à reflexão a respeito das visões de mundo presentes nas expressões dos alunos e propõe o debate sobre a transformação desse tema como possibilidades para práticas educacionais no ensino de Geografia. Parte-se do pressuposto de que a violência que acontece, dentro dos muros da escola, tem relação direta com a mais ampla que existe na sociedade mas, ao mesmo tempo, a escolar apresenta singularidades, as quais precisam ser identificadas para se obter melhores resultados no trato desse problema. A cultura de violência vivenciada como um capital cultural em seu espaço de comunidade, a lógica de comportamento de tribo e a reação ao preconceito exercido na escola, através da violência simbólica, são constituintes dessas particularidades. Utilizou-se o método fenomenológico como diretriz de interpretação às análises, focando no estudo das percepções discentes, detectando aquilo que é inerente nos comportamentos discentes dentro desse processo. A pesquisa foi efetuada no espaço de uma escola de São Leopoldo, no estado do Rio Grande do Sul, que se localiza em um bairro bastante atingido cotidianamente por violências. Além da investigação sobre o referencial teórico referente ao tema e o estudo de ambiente, onde foi detectada a percepção acerca das relações presentes entre professores, alunos e direção da escola. Analisando processos de convivência, conjeturando com as manifestações dos grupos focais, tentando entender como se constitui esse espaço escolar. Expressões de preconceito contra os alunos agressivos são uma constante, tanto por parte dos professores e diretores, quanto dos próprios colegas, os que não se envolvem diretamente em conflitos. Uma violência simbólica que se manifesta com força e motivo de recrudescimento do próprio processo da violência escolar. Entrevistas com professores da Geografia da escola e a análise acerca das temáticas do livro didático também foram importantes para compreender se é possível que esse processo da violência na escola possa se torna um objeto de conhecimento da Geografia. O tema é muito pouco abordado tanto em aulas como nas páginas dos livros, entretanto, as entrevistas com os docentes revelaram questões importantes que podem ser transformadas como temáticas às aulas. Também possibilidades de como aprofundar os temas do livro didático foi possível serem pensadas nesse processo de estudo dessas obras.
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Utilizou-se o método fenomenológico como diretriz de interpretação às análises, focando no estudo das percepções discentes, detectando aquilo que é inerente nos comportamentos discentes dentro desse processo. A pesquisa foi efetuada no espaço de uma escola de São Leopoldo, no estado do Rio Grande do Sul, que se localiza em um bairro bastante atingido cotidianamente por violências. Além da investigação sobre o referencial teórico referente ao tema e o estudo de ambiente, onde foi detectada a percepção acerca das relações presentes entre professores, alunos e direção da escola. Analisando processos de convivência, conjeturando com as manifestações dos grupos focais, tentando entender como se constitui esse espaço escolar. Expressões de preconceito contra os alunos agressivos são uma constante, tanto por parte dos professores e diretores, quanto dos próprios colegas, os que não se envolvem diretamente em conflitos. Uma violência simbólica que se manifesta com força e motivo de recrudescimento do próprio processo da violência escolar. Entrevistas com professores da Geografia da escola e a análise acerca das temáticas do livro didático também foram importantes para compreender se é possível que esse processo da violência na escola possa se torna um objeto de conhecimento da Geografia. O tema é muito pouco abordado tanto em aulas como nas páginas dos livros, entretanto, as entrevistas com os docentes revelaram questões importantes que podem ser transformadas como temáticas às aulas. Também possibilidades de como aprofundar os temas do livro didático foi possível serem pensadas nesse processo de estudo dessas obras.This research aims to analyze school violence from the perspective of students, aiming to reflect on the worldviews present in their expressions and proposes the debate on the transformation of this theme as possibilities for educational practices in the teaching of Geography. It starts from the assumption that the violence that takes place within the walls of the school is directly related to the broader society, but, at the same time, this violence presents singularities, which need to be identified in order to obtain better results in the field. I deal with this problem. The culture of violence experienced as a cultural capital in their community space, the logic of tribal behavior and the reaction to prejudice exercised at school, through symbolic violence, are constituents of these particularities. The phenomenological method was used as a guideline for interpreting the analyses, focusing on the study of student perceptions, detecting what is inherent in student behavior within this process, carrying out research in the space of a school in São Leopoldo/RS, which is located in a neighborhood hit hard by violence on a daily basis. In addition to the research of the theoretical framework related to the theme and the study of the environment, where the perception about the relationships between teachers, students and school management was detected. Analyzing coexistence processes, conjecturing with the manifestations of the focus groups, trying to understand how this school space is constituted. Expressions of prejudice against aggressive students are constant, both by teachers and directors, as well as by colleagues themselves, those who do not get involved in conflicts. A symbolic violence that manifests itself with force and reason for the resurgence of the very process of violence. Interviews with Geography teachers were also important to understand whether it is possible that this process of violence at school can become an object of knowledge of Geography, in addition to analyzing the themes of the textbook. The subject is very little addressed both in classes and in the pages of books. However, the interviews with the Geography teachers revealed important questions that can be transformed into themes for the classes. It was also possible to consider possibilities of how to deepen the themes of the textbook in this process of studying these works.Esta investigación tiene como objetivo analizar la violencia escolar en la perspectiva de los estudiantes, con el objetivo de reflexionar sobre las cosmovisiones presentes en sus expresiones y propone el debate sobre la transformación de este tema como posibilidades para las prácticas educativas en la enseñanza de la Geografía. Se parte del supuesto de que la violencia que se desarrolla dentro de los muros de la escuela está directamente relacionada con la sociedad en general, pero, al mismo tiempo, esta violencia presenta singularidades, que es necesario identificar para obtener mejores resultados en la campo Me ocupo de este problema. La cultura de la violencia vivida como capital cultural en su espacio comunitario, la lógica de comportamiento tribal y la reacción al prejuicio ejercida en la escuela, a través de la violencia simbólica, son constituyentes de estas particularidades. El método fenomenológico fue utilizado como guía para la interpretación de los análisis, centrándose en el estudio de las percepciones de los estudiantes, detectando lo que es inherente al comportamiento de los estudiantes dentro de este proceso, realizando una investigación en el espacio de una escuela en São Leopoldo/RS, que se encuentra en un barrio golpeado duramente por la violencia a diário. Además de la investigación del marco teórico relacionado con el tema y el estudio del medio ambiente, donde se detectó la percepción sobre las relaciones entre docentes, estudiantes y la gestión escolar. Analizando procesos de convivencia, conjeturando con las manifestaciones de los grupos focales, tratando de comprender cómo se constituye este espacio escolar. Las expresiones de prejuicio contra los alumnos agresivos son constantes, tanto por parte de docentes y directivos, como de los propios compañeros, quienes no están involucrados en conflictos. Una violencia simbólica que se manifiesta con fuerza y razón por el recrudecimiento del propio proceso de violencia. Las entrevistas con profesores de Geografía también fueron importantes para comprender si es posible que este proceso de violencia en la escuela pueda convertirse en un objeto de conocimiento de Geografía, además de analizar los temas del libro de texto. El tema es muy poco abordado tanto en las clases como en las páginas de los libros. Sin embargo, las entrevistas con los profesores de Geografía revelaron cuestiones importantes que pueden transformarse en temas para las clases. También fue posible considerar posibilidades de cómo profundizar los temas del libro de texto en este proceso de estudio de estas obras.application/pdfporGeografia escolarViolência escolarEnsino e aprendizagemViolenceSchoolTeachingLearningGeographyViolenciaEscuelaEnseñanzaAprendizajeGeografíaA Violência escolar na perspectiva discente : o que a Geografia tem a ver com isso?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de GeociênciasPrograma de Pós-Graduação em GeografiaPorto Alegre, BR-RS2023doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001175645.pdf.txt001175645.pdf.txtExtracted Texttext/plain452546http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/267119/2/001175645.pdf.txt0a842cdb44217fd6076cd27e11a09d54MD52ORIGINAL001175645.pdfTexto completoapplication/pdf1800631http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/267119/1/001175645.pdfe9e1ccb3abb3d5c0c4e006073e371085MD5110183/2671192023-11-16 04:23:54.050509oai:www.lume.ufrgs.br:10183/267119Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532023-11-16T06:23:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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