Protocolo de avaliação comportamental para crianças com suspeita de TEA (PROTEA-R-NV): evidências de validade
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/218048 |
Resumo: | Introdução: A variabilidade na manifestação dos sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode tornar desafiadora a avaliação da suspeita do TEA em crianças. O instrumento Protocolo de Avaliação Comportamental para Crianças com Suspeita de TEA - Versão Revisada - Não Verbal (PROTEA-R-NV) sistematiza a observação da hora lúdica diagnóstica, com base na teoria sociocognitiva de Tomasello. Apesar de haver evidências preliminares de fidedignidade e validade do protocolo, e deste mostrarse uma ferramenta útil na identificação de sinais de alerta para TEA, há necessidade de mais estudos de validação. Objetivo geral: Ampliar estudos sobre evidências de validade do PROTEA-R-NV, com foco nas relações entre o protocolo e variáveis externas, por meio de dois estudos. Objetivo estudo I: investigar evidências de validade baseadas em variáveis de critério. Método: Delineamento de grupos contrastantes, cujos participantes foram 15 crianças com diagnóstico de TEA e 15 crianças sem esse diagnóstico, equiparadas por sexo e idade cronológica. Foi administrado o PROTEA-R-NV e controlado o nível de desenvolvimento da linguagem expressiva pelo Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (IDADI). Também foram utilizados: a Ficha de dados Sociodemográficos e de Desenvolvimento, o Questionário Critério Brasil e o Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT). No grupo sem TEA foi administrado o Questionário de Capacidades e Dificuldades. Resultados: Todos os itens do PROTEA-R-NV incluídos nas análises e o escore dos itens críticos apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Controlando-se o nível de desenvolvimento da linguagem, mantiveram-se as diferenças entre os grupos na maioria das variáveis, com destaque para iniciativa e resposta de atenção compartilhada, imitação e brincadeira simbólica, dentre outras, sendo o grupo TEA com maior prejuízo. Mantiveram-se significativas as diferenças quanto ao escore total dos itens críticos do PROTEA-R-NV. Objetivo estudo II: Obter evidências de validade convergente. Método: Delineamento correlacional, realizado com 44 crianças (com e sem TEA). Foram administrados o PROTEA-R-NV e o MCHAT. Resultados: O escore total dos itens críticos, bem como itens que avaliam comportamentos de iniciativa e resposta de atenção compartilhada, de imitação e a qualidade da brincadeira simbólica, apresentaram correlação forte positiva com o escore total do M-CHAT. Conclusão: O PROTEA-R-NV demonstrou: a) adequadas evidências de validade baseadas em critério, demonstrando capacidade de diferenciar grupos de crianças com e sem TEA na maioria de seus itens; b) correlacionar-se de forma significativa na maioria dos seus itens com o escore de risco do M-CHAT; c) o escore total dos itens críticos do PROTEA-R-NV correlacionou-se de forma significativa com o escore total do M-CHAT, demonstrando adequação em mensurar aquilo a que se propõe (risco para TEA). Nos dois estudos, os itens que apresentaram resultados mais discriminantes foram Iniciativa de Atenção Compartilhada (IAC), Imitação (IM), Forma da Exploração (FEX) e Brincadeira Simbólica (BS). Como limitações, destaca-se o reduzido tamanho da amostra, a impossibilidade de incluir alguns itens nas análises em função de dados faltantes ou de pouca variabilidade, e não terem sido conduzidas análises completas de confiabilidade entre avaliadores. |
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Steigleder, Bibiana GallasBosa, Cleonice Alves2021-02-19T04:05:05Z2019http://hdl.handle.net/10183/218048001122597Introdução: A variabilidade na manifestação dos sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode tornar desafiadora a avaliação da suspeita do TEA em crianças. O instrumento Protocolo de Avaliação Comportamental para Crianças com Suspeita de TEA - Versão Revisada - Não Verbal (PROTEA-R-NV) sistematiza a observação da hora lúdica diagnóstica, com base na teoria sociocognitiva de Tomasello. Apesar de haver evidências preliminares de fidedignidade e validade do protocolo, e deste mostrarse uma ferramenta útil na identificação de sinais de alerta para TEA, há necessidade de mais estudos de validação. Objetivo geral: Ampliar estudos sobre evidências de validade do PROTEA-R-NV, com foco nas relações entre o protocolo e variáveis externas, por meio de dois estudos. Objetivo estudo I: investigar evidências de validade baseadas em variáveis de critério. Método: Delineamento de grupos contrastantes, cujos participantes foram 15 crianças com diagnóstico de TEA e 15 crianças sem esse diagnóstico, equiparadas por sexo e idade cronológica. Foi administrado o PROTEA-R-NV e controlado o nível de desenvolvimento da linguagem expressiva pelo Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (IDADI). Também foram utilizados: a Ficha de dados Sociodemográficos e de Desenvolvimento, o Questionário Critério Brasil e o Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT). No grupo sem TEA foi administrado o Questionário de Capacidades e Dificuldades. Resultados: Todos os itens do PROTEA-R-NV incluídos nas análises e o escore dos itens críticos apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Controlando-se o nível de desenvolvimento da linguagem, mantiveram-se as diferenças entre os grupos na maioria das variáveis, com destaque para iniciativa e resposta de atenção compartilhada, imitação e brincadeira simbólica, dentre outras, sendo o grupo TEA com maior prejuízo. Mantiveram-se significativas as diferenças quanto ao escore total dos itens críticos do PROTEA-R-NV. Objetivo estudo II: Obter evidências de validade convergente. Método: Delineamento correlacional, realizado com 44 crianças (com e sem TEA). Foram administrados o PROTEA-R-NV e o MCHAT. Resultados: O escore total dos itens críticos, bem como itens que avaliam comportamentos de iniciativa e resposta de atenção compartilhada, de imitação e a qualidade da brincadeira simbólica, apresentaram correlação forte positiva com o escore total do M-CHAT. Conclusão: O PROTEA-R-NV demonstrou: a) adequadas evidências de validade baseadas em critério, demonstrando capacidade de diferenciar grupos de crianças com e sem TEA na maioria de seus itens; b) correlacionar-se de forma significativa na maioria dos seus itens com o escore de risco do M-CHAT; c) o escore total dos itens críticos do PROTEA-R-NV correlacionou-se de forma significativa com o escore total do M-CHAT, demonstrando adequação em mensurar aquilo a que se propõe (risco para TEA). Nos dois estudos, os itens que apresentaram resultados mais discriminantes foram Iniciativa de Atenção Compartilhada (IAC), Imitação (IM), Forma da Exploração (FEX) e Brincadeira Simbólica (BS). Como limitações, destaca-se o reduzido tamanho da amostra, a impossibilidade de incluir alguns itens nas análises em função de dados faltantes ou de pouca variabilidade, e não terem sido conduzidas análises completas de confiabilidade entre avaliadores.Introduction: The Autism Spectrum Disorder (ASD)’s heterogeneity of symptoms can be challenging for the identification of ASD signs during children’s assessment. The Behavioral Assessment Protocol for Children at Risk for ASD – Revised Version – Non-Verbal (PROTEA-R-NV) systematizes the observation of play as a tool for diagnosis, based on Tomasello’s social cognitive theory. Despite preliminary evidence of the protocol’s reliability and validity, indicating its worthiness in ASD early detection, more studies concerning the validity of this tool are considered required. Main objective: Enlarging studies regarding validity evidence of PROTEA-R-NV, focusing on protocol’s relations to external variables. Two studies were conducted. Study I objective: Gather validity evidence based on criteria variables. Method: Comparative group design, whose participants were 15 children diagnosed with ASD and 15 children without such diagnosis, matched by sex and chronological age. PROTEA-R-NV was administered, and developmental level of expressive language was controlled through Dimensional Inventory of Child Development Assessment (IDADI). Also, a family sociodemographic and child development report was filled, and Brazil Criteria Questionnaire and Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) were administered. For the group without ASD, the Strengths and Difficulties Questionnaire was also used. Results: All PROTEA-R-NV items included in analysis, as well as critical items score, showed significant differences between groups. Controlling language development, the differences between groups remained present for the majority of variables, mainly on initiative and response of joint attention, imitation, and pretend play. The ASD group showed more injury than the control group. The differences in PROTEA-R-NV critical items total score remained significant. Study II objective: Obtaining convergent validity evidence. Method: Correlational design, including 44 children (with and without ASD). PROTEA-R-NV and M-CHAT were administered. Results: Critical items total score, as well as items assessing behaviors of initiating and responding to joint attention, imitation, and pretend play quality, showed strong positive correlation with M-CHAT total score. Conclusion: PROTEA-R-NV: a) showed adequate validity evidence based on criteria, by discriminating children with and without ASD in the majority of items; b) correlates significantly with M-CHAT total risk score in the majority of items; c) PROTEA-R-NV’s critical items total score correlates significantly with M-CHAT total score, showing good evidence that it measures what it is intended to. In both studies, the most discriminant items were Initiative of Joint Attention (IAC), Imitation (IM), Manner of Exploration (FEX) and Pretend Play (BS). We recognize the limitations of the study being the reduced size of the sample, the impossibility to analyze some items due to missing or low variability data, and the non-conducted complete analysis of reliability between judges.application/pdfporTestes psicológicosTranstorno do espectro autista : DiagnósticoValidade dos testesAvaliação psicológicaDesenvolvimento infantilBrincadeiraInteração socialReproducibility of ResultsAutism Spectrum DisorderPsychological TestsProtocolo de avaliação comportamental para crianças com suspeita de TEA (PROTEA-R-NV): evidências de validadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de PsicologiaPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaPorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001122597.pdf.txt001122597.pdf.txtExtracted Texttext/plain264664http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218048/2/001122597.pdf.txt074842508f6736a9eb6d6df49be2dc82MD52ORIGINAL001122597.pdfTexto completoapplication/pdf2113241http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/218048/1/001122597.pdf9128a3c208c576a69a25fae0641e66ecMD5110183/2180482021-03-09 04:34:48.440715oai:www.lume.ufrgs.br:10183/218048Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532021-03-09T07:34:48Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: A variabilidade na manifestação dos sintomas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode tornar desafiadora a avaliação da suspeita do TEA em crianças. O instrumento Protocolo de Avaliação Comportamental para Crianças com Suspeita de TEA - Versão Revisada - Não Verbal (PROTEA-R-NV) sistematiza a observação da hora lúdica diagnóstica, com base na teoria sociocognitiva de Tomasello. Apesar de haver evidências preliminares de fidedignidade e validade do protocolo, e deste mostrarse uma ferramenta útil na identificação de sinais de alerta para TEA, há necessidade de mais estudos de validação. Objetivo geral: Ampliar estudos sobre evidências de validade do PROTEA-R-NV, com foco nas relações entre o protocolo e variáveis externas, por meio de dois estudos. Objetivo estudo I: investigar evidências de validade baseadas em variáveis de critério. Método: Delineamento de grupos contrastantes, cujos participantes foram 15 crianças com diagnóstico de TEA e 15 crianças sem esse diagnóstico, equiparadas por sexo e idade cronológica. Foi administrado o PROTEA-R-NV e controlado o nível de desenvolvimento da linguagem expressiva pelo Inventário Dimensional de Avaliação do Desenvolvimento Infantil (IDADI). Também foram utilizados: a Ficha de dados Sociodemográficos e de Desenvolvimento, o Questionário Critério Brasil e o Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT). No grupo sem TEA foi administrado o Questionário de Capacidades e Dificuldades. Resultados: Todos os itens do PROTEA-R-NV incluídos nas análises e o escore dos itens críticos apresentaram diferenças significativas entre os grupos. Controlando-se o nível de desenvolvimento da linguagem, mantiveram-se as diferenças entre os grupos na maioria das variáveis, com destaque para iniciativa e resposta de atenção compartilhada, imitação e brincadeira simbólica, dentre outras, sendo o grupo TEA com maior prejuízo. Mantiveram-se significativas as diferenças quanto ao escore total dos itens críticos do PROTEA-R-NV. Objetivo estudo II: Obter evidências de validade convergente. Método: Delineamento correlacional, realizado com 44 crianças (com e sem TEA). Foram administrados o PROTEA-R-NV e o MCHAT. Resultados: O escore total dos itens críticos, bem como itens que avaliam comportamentos de iniciativa e resposta de atenção compartilhada, de imitação e a qualidade da brincadeira simbólica, apresentaram correlação forte positiva com o escore total do M-CHAT. Conclusão: O PROTEA-R-NV demonstrou: a) adequadas evidências de validade baseadas em critério, demonstrando capacidade de diferenciar grupos de crianças com e sem TEA na maioria de seus itens; b) correlacionar-se de forma significativa na maioria dos seus itens com o escore de risco do M-CHAT; c) o escore total dos itens críticos do PROTEA-R-NV correlacionou-se de forma significativa com o escore total do M-CHAT, demonstrando adequação em mensurar aquilo a que se propõe (risco para TEA). Nos dois estudos, os itens que apresentaram resultados mais discriminantes foram Iniciativa de Atenção Compartilhada (IAC), Imitação (IM), Forma da Exploração (FEX) e Brincadeira Simbólica (BS). Como limitações, destaca-se o reduzido tamanho da amostra, a impossibilidade de incluir alguns itens nas análises em função de dados faltantes ou de pouca variabilidade, e não terem sido conduzidas análises completas de confiabilidade entre avaliadores. |
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