Metabolismo de aminoácidos em células de Sertoli

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Siomara da Cruz
Data de Publicação: 1998
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/268153
Resumo: A célula de Sertoli possui destacada importância em relação ao processo espermatogênico e possui uma relação direta com as células geminativas. Com isso torna-se importante a função destas células em gerar intermediários do metabolismo e a utilização destes por espermatócitos e espermátides. Sabendo que os aminoácidos além de sua incorporação a proteínas podem ser usados como combustíveis metabólicos, procuramos esclarecer as rotas metabólicas de quatro aminoácidos em células de Sertoli in vitro. Realizamos culturas primárias de células obtidas de ratos Wistars de 18 dias de idade. Os testículos foram sequencialmente digeridos com enzimas específicas e as células foram semeadas em garrafas plásticas (3 X 10^5 células/cm2) a 34 °C em uma atmosfera com 95% de ar e 5% de CO2 em meio 199 suplementado com 1 % de soro fetal bovino. Após 24h as células foram lavadas e o meio readicionado. Ao quarto dia da cultura, as células foram tripsinizadas e a suspensão celular obtida. Nós investigamnos a síntese protêica, síntese lipídica e oxidação a CO2 causada pelo catabolismo da leucina, alanina, valina e glicina radioativas. Os experimentos foram realizadas em frascos, após serem gazeificados com uma mistura de 95 % O2 : 5 % CO2 por um minuto, foram selados com tampa de borracha e incubados a 34 °C por 1h de acordo com a metodologia de Dubnoff et al, 1975. A incubação foi cessada pela adição TCA 50% e foi injetado no well central hidróxido de hiamina, para capturar o CO2. Após 30 min o conteúdo do well foi transferido para viais e a radioatividade em CO2 foi quantificada. O conteúdo dos frascos foi lavado com TCA 10% e os lipídios foram extraídos com clorofórmio:metanol (2:1), evaporado e a radioatividade medida. O precipitado resultante foi dissolvido em ácido fórmico concentrado e a radioatividade correspondente a incorporação a proteínas foi contada. Nossos resultados mostraram que os maiores produtos obtidos da leucina e valina neste tipo celular foi a incorporação em proteínas e a oxidação a CO2. A glicina foi o aminoácido menos utilizada dos quatro estudados e foi mais usada para síntese protêica. A alanina foi preferencialmente incorporada a lipídios. Expandimos nossas pesquisas procurando esclarecer a classe de lipídios formada com cada aa analisando a fração lipossolúvel por cromatografia em camada delgada. Utilizou-se de um sistema solvente para identificação de lipídios neutros e, além disso, reações de hidrólises suaves alcalinas e ácida. Com a leucina e valina observou-se uma incorporação a fosfolipídios, ácidos graxos, triglicerídios e ésteres de colesterol, confirmou-se a formação de ácidos graxos a partir de leucina após a reação de saponificação. Com a glicina encontrou-se incorporação em fosfolipídios provavelmente fosfatidilserina. Já com alanina visualizou-se fosfolipídios, ácidos graxos, triglicerídios e ésteres de colesterol e após a hidrólise alcalina confirmou a presença de radioatividade em fosfolipídios e ácidos graxos. A hidrólise ácida suave confirmou que toda a leucina está na fração lipossolúvel, provavelmente ácido graxo. No entanto, com a glicina, alanina e valina parte da radioatividade foi incorporada na porção lipossolúvel da molécula do fosfolipídio e parte na fração hidrossolúvel.
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