Era uma vez... a literatura infantil que circula na escola : uma análise de edições adaptadas de contos de fadas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/142031 |
Resumo: | Esta dissertação possui como temática a literatura infantil que circula na escola, especialmente, analisando edições populares adaptadas de contos de fadas. Dentre as coleções encontradas nos acervos investigados em duas escolas municipais – educação infantil e ensino fundamental - de um município da região metropolitana de Porto Alegre/RS, destacou-se a presença de determinadas séries com publicações de textos adaptados muito sucintos e com pouco cuidado editorial, preferencialmente, de “contos de fadas”, ao lado dos acervos oficiais distribuídos às escolas pelo Ministério de Educação (PNBE, PNLD, PNAIC). A partir desta constatação, meu objetivo, nesta dissertação, foi o de analisar criticamente adaptações de textos considerados “clássicos da literatura infantil”, encontrados nas escolas, realizando um cotejo com os "originais" [ou versões mais conhecidas], identificando as modificações e verificando, de maneira geral, os critérios que presidiram suas modificações. Considerando que estas coleções integram o circuito pedagógico nas instituições, realizei uma análise das adaptações de dez clássicos: “O Patinho Feio”, “João e o Pé de Feijão”, “Branca de Neve”, “A Bela e a Fera”, “A Bela Adormecida”, “Cinderela”, “Chapeuzinho Vermelho”, “João e Maria”, “Os Três Porquinhos” e “O Pequeno Polegar”, tomando como referência alguns estudos sobre contos de fadas e sobre adaptação (CADEMARTORI, CECCANTINI, HUTCHEON, CARVALHO, SHAVIT, entre outros). A análise das edições adaptadas, considerando tanto o projeto gráfico dos livros quanto as permanências e modificações dos textos, em relação às obras mais tradicionais, nos permitiu evidenciar o limitado potencial literário destas obras, uma vez que não privilegiam a riqueza das narrativas originais, tampouco sustentam a recepção destas histórias pelo leitor. Tornou-se evidente que a publicação de adaptações constitui uma estratégia do mercado editorial para o largo consumo de livros que possam “ensinar algo” para as crianças. Neste sentido, a investigação é produtiva, à medida que coloca em xeque o conceito de “literatura infantil” ou “livros para crianças” no circuito escolar. |
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Silva, Elen Maisa Alves daSilveira, Rosa Maria Hessel2016-05-26T02:08:59Z2016http://hdl.handle.net/10183/142031000992759Esta dissertação possui como temática a literatura infantil que circula na escola, especialmente, analisando edições populares adaptadas de contos de fadas. Dentre as coleções encontradas nos acervos investigados em duas escolas municipais – educação infantil e ensino fundamental - de um município da região metropolitana de Porto Alegre/RS, destacou-se a presença de determinadas séries com publicações de textos adaptados muito sucintos e com pouco cuidado editorial, preferencialmente, de “contos de fadas”, ao lado dos acervos oficiais distribuídos às escolas pelo Ministério de Educação (PNBE, PNLD, PNAIC). A partir desta constatação, meu objetivo, nesta dissertação, foi o de analisar criticamente adaptações de textos considerados “clássicos da literatura infantil”, encontrados nas escolas, realizando um cotejo com os "originais" [ou versões mais conhecidas], identificando as modificações e verificando, de maneira geral, os critérios que presidiram suas modificações. Considerando que estas coleções integram o circuito pedagógico nas instituições, realizei uma análise das adaptações de dez clássicos: “O Patinho Feio”, “João e o Pé de Feijão”, “Branca de Neve”, “A Bela e a Fera”, “A Bela Adormecida”, “Cinderela”, “Chapeuzinho Vermelho”, “João e Maria”, “Os Três Porquinhos” e “O Pequeno Polegar”, tomando como referência alguns estudos sobre contos de fadas e sobre adaptação (CADEMARTORI, CECCANTINI, HUTCHEON, CARVALHO, SHAVIT, entre outros). A análise das edições adaptadas, considerando tanto o projeto gráfico dos livros quanto as permanências e modificações dos textos, em relação às obras mais tradicionais, nos permitiu evidenciar o limitado potencial literário destas obras, uma vez que não privilegiam a riqueza das narrativas originais, tampouco sustentam a recepção destas histórias pelo leitor. Tornou-se evidente que a publicação de adaptações constitui uma estratégia do mercado editorial para o largo consumo de livros que possam “ensinar algo” para as crianças. Neste sentido, a investigação é produtiva, à medida que coloca em xeque o conceito de “literatura infantil” ou “livros para crianças” no circuito escolar.This paper focuses on children’s literature in the school, particularly analysing popular issues of fairytales. Among works found in collections investigated in two municipal children’s and primary schools in the city of Porto Alegre (RS), the presence of particular series published from very brief and poorly edited texts, especially, about ‘fairytales’, as well as official collections the Ministry of Education (PNBE, PNLD, PNAIC) distributed to schools. Thus my aim was to analyse critically adaptations of texts considered as ‘children’s literature classics’ found in schools, by comparing them with ‘originals’ (or more popular versions), identifying changes and generally verifying criteria for such changes. Considering that these collections follow pedagogical paths in institutions, I make an analysis of adaptations from ten classics: The Ugly Duckling, Jack and the Beanstalk, Snow White, Beauty and the Beast, Sleeping Beauty, Cinderella, Little Red Riding Hood, Hansel and Gretel, The Three Little Pigs, and Tom Thumb. Here we have drawn to some studies about fairytales and adaptations such as Cademartori, Ceccantini, Hutcheon, Carvalho, Shavit, among others. Analysing these adapted works, by considering both books’ graphic part and attachment or change of traditional, allow us to show that these works have limited literary potential, once they do not favour the richness of the original narratives nor sustain the readers’ reception of these stories, which shows that publication of adaptations constitutes a strategy of the publishing market for the large consumption of books that may ‘teach something’ for children. In this perspective, the investigation is useful as it challenges the concept of ‘children’s literature’ or ‘children’s books’.application/pdfporLiteratura infantilLeituraAdaptaçãoEscolaEstudos culturaisCultural studiesChildren’s booksAdaptationsFairytalesChildren’s literatureEra uma vez... a literatura infantil que circula na escola : uma análise de edições adaptadas de contos de fadasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2016mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000992759.pdf000992759.pdfTexto completoapplication/pdf1389382http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142031/1/000992759.pdf128d0576e7a484361e1c10d9abb46a54MD51TEXT000992759.pdf.txt000992759.pdf.txtExtracted Texttext/plain204121http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142031/2/000992759.pdf.txtf40802a19f6804d0f6b5b6d42ef7f660MD52THUMBNAIL000992759.pdf.jpg000992759.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1095http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/142031/3/000992759.pdf.jpg09788e2c6f60e7571a73117936ccdcf8MD5310183/1420312018-10-25 10:19:35.864oai:www.lume.ufrgs.br:10183/142031Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-25T13:19:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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