Evolução molecular, divergência funcional e aspectos estruturais da família gênica da álcool desidrogenase
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/197273 |
Resumo: | A álcool desidrogenase é uma família gênica classicamente conhecida como pertencente à via glicolítica, dimérica em animais e plantas, mas tetramérica em fungos e alguns invertebrados. A proteína ADH (álcool desidrogenase) possui dois domínios principais: o domínio de ligação da coenzima, formado por um motivo estrutural conhecido como Rossman fold (seis fitas betas paralelas ligadas por alfa hélices); e o domínio catalítico. Análises filogenéticas mostraram que essa família estrutura-se formando três clusters principais, correspondentes a sequências de animais, plantas e fungos. As classes 1 e 2 de ADH de Caenorhabditis elegans agruparam-se próximas ao cluster monofilético das ADHs de fungos, muito provavelmente porque também são tetraméricas. Em animais e plantas, houve a formação de clados de acordo com o tipo de ADH, já em fungos os agrupamentos devem-se ao tipo de ADH e gênero do organismo. O padrão de evolução dessa família gênica pode ser explicado através do modelo por nascimento e morte. Estudos teóricos de divergência funcional conduzidos nos três grupos de organismos previamente citados indicaram os sítios que, provavelmente, estão submetidos a processos de surgimento de novidades funcionais após a duplicação gênica. As regiões onde foram encontrados os maiores números de aminoácidos divergentes incluem a região de ligação do segundo átomo de zinco, o segmento de interação entre os monômeros e o sítio ativo. Foram construídos dezessete modelos da estrutura tridimensional de ADH em plantas pertencentes a quatro famílias botânicas, a partir da modelagem molecular comparativa. Os resíduos funcionalmente divergentes foram localizados nas estruturas modeladas, tendo sido também encontradas diferenças no potencial eletrostático e no pI (ponto isoelétrico). |
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Thompson, Claudia ElizabethSalzano, Francisco MauroFreitas, Loreta Brandão de2019-07-23T02:35:37Z2009http://hdl.handle.net/10183/197273000740039A álcool desidrogenase é uma família gênica classicamente conhecida como pertencente à via glicolítica, dimérica em animais e plantas, mas tetramérica em fungos e alguns invertebrados. A proteína ADH (álcool desidrogenase) possui dois domínios principais: o domínio de ligação da coenzima, formado por um motivo estrutural conhecido como Rossman fold (seis fitas betas paralelas ligadas por alfa hélices); e o domínio catalítico. Análises filogenéticas mostraram que essa família estrutura-se formando três clusters principais, correspondentes a sequências de animais, plantas e fungos. As classes 1 e 2 de ADH de Caenorhabditis elegans agruparam-se próximas ao cluster monofilético das ADHs de fungos, muito provavelmente porque também são tetraméricas. Em animais e plantas, houve a formação de clados de acordo com o tipo de ADH, já em fungos os agrupamentos devem-se ao tipo de ADH e gênero do organismo. O padrão de evolução dessa família gênica pode ser explicado através do modelo por nascimento e morte. Estudos teóricos de divergência funcional conduzidos nos três grupos de organismos previamente citados indicaram os sítios que, provavelmente, estão submetidos a processos de surgimento de novidades funcionais após a duplicação gênica. As regiões onde foram encontrados os maiores números de aminoácidos divergentes incluem a região de ligação do segundo átomo de zinco, o segmento de interação entre os monômeros e o sítio ativo. Foram construídos dezessete modelos da estrutura tridimensional de ADH em plantas pertencentes a quatro famílias botânicas, a partir da modelagem molecular comparativa. Os resíduos funcionalmente divergentes foram localizados nas estruturas modeladas, tendo sido também encontradas diferenças no potencial eletrostático e no pI (ponto isoelétrico).Alcohol dehydrogenase (ADH) is a gene family known to function in the glycolytic pathway, being dimeric in animals and plants, but tetrameric in fungi and some invertebrates. This protein presents two main domains: one which binds to the coenzyme, formed by a structural motif known as Rossman fold (six parallel beta sheets connected by alpha helices); and the catalytic domain. Phylogenetic analyses showed that this family is structured in three main clusters, corresponding to animal, plant, and fungi sequences. Caenorhabditis elegans ADHs 1 and 2 are placed near the fungi ADH monophyletic cluster, probably because they are also tetrameric. In mammals and plants clade formation occurs by ADH type, while in fungi it follows ADH type and organism genera. The evolutionary pattern of this gene family can be explained by the birth and death model. Theoretical functional divergence studies conducted in the three previously cited groups of organisms indicated the sites that probably are being submitted to processes involving the emergence of functional novelties after gene duplication. The largest numbers of sites of divergent amino acids were found in the second zinc binding region, the monomer interacting segment, and the active site. Seventeen models of ADH tridimensional structure in plants from four botanical families were built by Comparative Molecular Modeling. The functionally divergent residues were located in the modeled structures and electrostatic and pI (isoelectric point) differences found.application/pdfporÁlcool desidrogenaseModelagem molecularEvolução molecular, divergência funcional e aspectos estruturais da família gênica da álcool desidrogenaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de BiociênciasPrograma de Pós-Graduação em Genética e Biologia MolecularPorto Alegre, BR-RS2009doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT000740039.pdf.txt000740039.pdf.txtExtracted Texttext/plain273253http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197273/2/000740039.pdf.txt905cb9ac5017473ecd1dd55428864c6eMD52ORIGINAL000740039.pdfTexto completoapplication/pdf2729442http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/197273/1/000740039.pdfe9fc5390ee8c1bb8872b39a6382f7c47MD5110183/1972732020-02-23 04:14:45.067656oai:www.lume.ufrgs.br:10183/197273Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532020-02-23T07:14:45Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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A álcool desidrogenase é uma família gênica classicamente conhecida como pertencente à via glicolítica, dimérica em animais e plantas, mas tetramérica em fungos e alguns invertebrados. A proteína ADH (álcool desidrogenase) possui dois domínios principais: o domínio de ligação da coenzima, formado por um motivo estrutural conhecido como Rossman fold (seis fitas betas paralelas ligadas por alfa hélices); e o domínio catalítico. Análises filogenéticas mostraram que essa família estrutura-se formando três clusters principais, correspondentes a sequências de animais, plantas e fungos. As classes 1 e 2 de ADH de Caenorhabditis elegans agruparam-se próximas ao cluster monofilético das ADHs de fungos, muito provavelmente porque também são tetraméricas. Em animais e plantas, houve a formação de clados de acordo com o tipo de ADH, já em fungos os agrupamentos devem-se ao tipo de ADH e gênero do organismo. O padrão de evolução dessa família gênica pode ser explicado através do modelo por nascimento e morte. Estudos teóricos de divergência funcional conduzidos nos três grupos de organismos previamente citados indicaram os sítios que, provavelmente, estão submetidos a processos de surgimento de novidades funcionais após a duplicação gênica. As regiões onde foram encontrados os maiores números de aminoácidos divergentes incluem a região de ligação do segundo átomo de zinco, o segmento de interação entre os monômeros e o sítio ativo. Foram construídos dezessete modelos da estrutura tridimensional de ADH em plantas pertencentes a quatro famílias botânicas, a partir da modelagem molecular comparativa. Os resíduos funcionalmente divergentes foram localizados nas estruturas modeladas, tendo sido também encontradas diferenças no potencial eletrostático e no pI (ponto isoelétrico). |
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