Contam os mais velhos : ancestralidade, oralidade e resistência no Quilombo de Conceição das Crioulas – PE/Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/271647 |
Resumo: | Este trabalho, ao qual chamo de Roda de Conversa, foi realizado no espaço sagrado do Quilombo de Conceição das Crioulas, Salgueiro – Pernambuco / Brasil. Um lugar símbolo de liberdade e que posso chamar de meu. Neste trabalho trago a voz das nossas e dos nossos ancestrais como alicerce das narrativas que são repassadas de geração em geração por meio da oralidade. Essa voz guiada pela espiritualidade que repassa, também encoraja e inspira as gerações atuais e as próximas a continuarem levando adiante as histórias do quilombo por onde passam. Tenho por objetivo fortalecer a tradição oral e valorizar os saberes daquelas e daqueles que não são da academia e que são resistência e produzem conhecimento, mas também dialogar com quem pesquisa, escreve e investiga sobre as mesmas temáticas e aspirações. Em primeiro momento, discuto a questão da mistura de identidades com recorte para os dois Povos Tradicionais: Quilombolas e Indígenas, que constituem Conceição das Crioulas; em um segundo momento, apresento o eu quilombola. Em seguida, questiono o que vi, vivi, senti, aprendi na e com a universidade a partir do meu olhar de estudante quilombola, ingressante pelas ações afirmativas. Por fim trago a oralessência das nossas mestras, que nos ensinam e nos fortalecem com nossos saberes próprios tendo como forma de repasse a oralidade. Para assim escrever, me alimentei dos saberes da ancestralidade das minhas mais velhas e mais novas gerações por meio de conversas/entrevistas, assisti vídeos/documentários sobre a comunidade e li outros referenciais de mulheres e homens que dialogam com a minha conversa/pesquisa. Escrevi o que me foi permitido escrever, disse o que me foi autorizado dizer e fiz o que me foi mandado fazer. Eu sou o que somos. Eu sou o Quilombo de Conceição das Crioulas e o Quilombo de Conceição das Crioulas sou eu. Assim foi, assim é, e assim será. Que Deus, os orixás, os encantados e todos os espíritos de luz, continuem protegendo e guiando o nosso povo. |
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Silva, Fabiana Ana daSilva, Liliam Ramos da2024-02-08T05:02:36Z2023http://hdl.handle.net/10183/271647001193952Este trabalho, ao qual chamo de Roda de Conversa, foi realizado no espaço sagrado do Quilombo de Conceição das Crioulas, Salgueiro – Pernambuco / Brasil. Um lugar símbolo de liberdade e que posso chamar de meu. Neste trabalho trago a voz das nossas e dos nossos ancestrais como alicerce das narrativas que são repassadas de geração em geração por meio da oralidade. Essa voz guiada pela espiritualidade que repassa, também encoraja e inspira as gerações atuais e as próximas a continuarem levando adiante as histórias do quilombo por onde passam. Tenho por objetivo fortalecer a tradição oral e valorizar os saberes daquelas e daqueles que não são da academia e que são resistência e produzem conhecimento, mas também dialogar com quem pesquisa, escreve e investiga sobre as mesmas temáticas e aspirações. Em primeiro momento, discuto a questão da mistura de identidades com recorte para os dois Povos Tradicionais: Quilombolas e Indígenas, que constituem Conceição das Crioulas; em um segundo momento, apresento o eu quilombola. Em seguida, questiono o que vi, vivi, senti, aprendi na e com a universidade a partir do meu olhar de estudante quilombola, ingressante pelas ações afirmativas. Por fim trago a oralessência das nossas mestras, que nos ensinam e nos fortalecem com nossos saberes próprios tendo como forma de repasse a oralidade. Para assim escrever, me alimentei dos saberes da ancestralidade das minhas mais velhas e mais novas gerações por meio de conversas/entrevistas, assisti vídeos/documentários sobre a comunidade e li outros referenciais de mulheres e homens que dialogam com a minha conversa/pesquisa. Escrevi o que me foi permitido escrever, disse o que me foi autorizado dizer e fiz o que me foi mandado fazer. Eu sou o que somos. Eu sou o Quilombo de Conceição das Crioulas e o Quilombo de Conceição das Crioulas sou eu. Assim foi, assim é, e assim será. Que Deus, os orixás, os encantados e todos os espíritos de luz, continuem protegendo e guiando o nosso povo.This work, which I call Conversation Circle, was carried out in the sacred space of Quilombo de Conceição das Crioulas, Salgueiro – Pernambuco / Brazil. A place that symbolizes freedom and that I can call my own. In this work, entitled Tell the oldest: ancestrality, orality and resistance in the Quilombo of Conceição das Crioulas – PE/Brazil, I bring the voice of our ancestors as the foundation of the narratives that are passed on from generation to generation through orality, and some of them are written here. This voice, guided by the spirituality that it passes on, also encourages and inspires current and future generations to continue carrying on the stories of the Quilombo wherever they go. Its objective is to strengthen the oral tradition and value the knowledge of those who are not from academia and who are resistant and produce knowledge, but also to dialogue with those who research, write and investigate the same themes and aspirations. Firstly, I discuss the issue of the mixture of identities focusing on the two Traditional Peoples: Quilombola and Indigenous, that constitute Conceição das Crioulas; Secondly, I present the quilombola self. Then I question what I saw, lived, felt, learned at and with the university from my perspective as a quilombola student, entering through affirmative actions. Finally, I bring the oral essence of our masters, who teach us and strengthen us with our own knowledge, using orality as a way of passing it on. To write this, I drew on the ancestry knowledge of my older and younger generations through conversations/interviews, watched videos/documentaries about the community and read other references from women and men that dialogue with my conversation/research. I wrote what I was allowed to write, I said what I was allowed to say and I did what I was told to do. I am what we are. I am Quilombo de Conceição das Crioulas and Quilombo de Conceição das Crioulas is me. So it was, so it is, and so it will be. May God, the orixás, the enchanted ones and all the spirits of light continue to protect and guide our people.application/pdfporAncestralidadeIdentidade negraComunidade quilombolaOralidade : Memoria oralAncestryIdentityResistanceOralessenceQuilombo de Conceição das CrioulasContam os mais velhos : ancestralidade, oralidade e resistência no Quilombo de Conceição das Crioulas – PE/Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de LetrasPrograma de Pós-Graduação em LetrasPorto Alegre, BR-RS2023mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001193952.pdf.txt001193952.pdf.txtExtracted Texttext/plain225610http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271647/2/001193952.pdf.txtbb9f6748d43dc5c90fc286cc0452733bMD52ORIGINAL001193952.pdfTexto completoapplication/pdf2842918http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/271647/1/001193952.pdfef14d0a0450ccc60a5cf5cc933511f82MD5110183/2716472024-02-09 06:06:24.63023oai:www.lume.ufrgs.br:10183/271647Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-02-09T08:06:24Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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