Avaliação dos fatores associados ao ganho de peso em pacientes submetidos ao transplante renal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Forte, Cristina Carra
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/178984
Resumo: O transplante renal é considerado a melhor terapia de substituição renal para pacientes com doença renal crônica terminal, pois aumenta a qualidade de vida e sobrevida do paciente. O ganho de peso e suas consequências metabólicas são comuns no pós-transplante e podem estar associados a piores desfechos nestes pacientes. Além dos fatores classicamente associados ao ganho de peso, os pacientes submetidos ao transplante podem apresentar alguns outros, como uso de imunossupressores e perda de massa muscular. Aliados a estes, ainda existem outros potenciais indutores de ganho de peso que não foram adequadamente estudados, como por exemplo, as alterações na microbiota intestinal após o transplante. Pacientes obesos da população em geral apresentam modificações na microbiota intestinal quando comparados com indivíduos saudáveis. Poucos estudos avaliaram a microbiota intestinal em pacientes transplantados. O presente estudo teve os seguintes objetivos: identificar os fatores associados ao ganho de peso após o transplante renal (artigo original) e caracterizar a microbiota intestinal de pacientes submetidos a transplante de órgãos sólidos e sua possível relação com alterações no peso corporal (artigo de revisão sistemática). Para identificar os fatores associados ao ganho de peso, foi realizado um estudo de coorte retrospectivo com 374 pacientes submetidos ao transplante renal atendidos no Hospital de Clinicas de Porto Alegre (HCPA) entre Janeiro de 2006 e Julho de 2013. Os resultados obtidos indicaram que o sexo feminino, menor peso corporal pré-transplante, menor número de internações e rins provenientes de doadores vivos foram associados com o ganho de peso superior a 5% no primeiro ano pós-transplante renal. Na revisão sistemática, de 765 estudos inicialmente identificados, somente dois avaliaram a microbiota intestinal após o transplante renal. Foram descritas alterações na composição das bactérias intestinais após o transplante e estas foram associadas a maior incidência de rejeição aguda e infecções nos receptores. No entanto, nenhum estudo avaliou a relação da microbiota intestinal com alterações de peso corporal neste contexto. A identificação dos fatores relacionados ao ganho de peso após o transplante renal é importante para a seleção de pacientes em risco e que deveriam receber intervenções preventivas a fim de evitar o ganho de peso após o transplante. No que diz respeito à microbiota intestinal, são necessários mais estudos para avaliar se modificações na sua composição têm impacto no peso corporal após o transplante.
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