Coreografias em lineamento : ladainhas de uma pesquisa-dança
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/252114 |
Resumo: | Que se cria quando um professor de geografia opera uma pesquisa em educação convidando linhas de formação para bailar? Por ora, afirmamos que se cria uma coreografia. Um ziguezague, cheio de giros menores, pelas linhas em movimento de uma formação docente. Cria-se uma máquina para operar engendrada a um agenciamento corpóreo (QUEIROZ FILHO, 2018): criar um corpo docente-pesquisador que dança. A máquina de escrita se faz funcionar por operações em ladainha (GUATTARI, 1985), ora nomeadas ritornelo (DELEUZE; GUATTARI, 2012b). Puxa-se linhas; delas, observa-se movimentos; destes, extrai-se motivos. Opera-se, portanto, lançando os motivos em ladainha, produzindo giros de sensações em dança no intervalo dos movimentos: eis a máquina. Exceder a linguagem em uma interpenetração de palavra e dança (UNO, 2018). Ao modo do filme Bom Trabalho , de Claire Denis (1999), faz-se mais encontro que explicação. Duvida-se das certezas de uma formação na medida em que suas linhas são puxadas e retramadas pela pesquisa. Trabalha-se no entrecruzamento dos planos: de organização — com geografias e educações e outros domínios específicos (DELEUZE, 1999); de composição — com danças e outras artes; e de imanência — com filosofias, sobretudo as da diferença. Cria-se uma pesquisa-dança com linhas (INGOLD, 2015a; DELEUZE; GUATTARI, 2012a). A geografia enquanto domínio que opera com o espaço (SANTOS, 1996), e o espaço indissociável do tempo, inacabado, aberto (MASSEY, 2008). As aprendizagens como escapes incontroláveis, invenções (GALLO, 2003; 2012; KASTRUP, 2001). Aprendizagens-bailantes. Experimenta-se uma composição. Especificidades da cartografia e da coreografia se encontram. Um estado de dança (VALÉRY, 2012) para um baile intensivo. |
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Tessler, Gustavo MonteiroMossi, Cristian Poletti2022-12-01T04:52:52Z2022http://hdl.handle.net/10183/252114001154216Que se cria quando um professor de geografia opera uma pesquisa em educação convidando linhas de formação para bailar? Por ora, afirmamos que se cria uma coreografia. Um ziguezague, cheio de giros menores, pelas linhas em movimento de uma formação docente. Cria-se uma máquina para operar engendrada a um agenciamento corpóreo (QUEIROZ FILHO, 2018): criar um corpo docente-pesquisador que dança. A máquina de escrita se faz funcionar por operações em ladainha (GUATTARI, 1985), ora nomeadas ritornelo (DELEUZE; GUATTARI, 2012b). Puxa-se linhas; delas, observa-se movimentos; destes, extrai-se motivos. Opera-se, portanto, lançando os motivos em ladainha, produzindo giros de sensações em dança no intervalo dos movimentos: eis a máquina. Exceder a linguagem em uma interpenetração de palavra e dança (UNO, 2018). Ao modo do filme Bom Trabalho , de Claire Denis (1999), faz-se mais encontro que explicação. Duvida-se das certezas de uma formação na medida em que suas linhas são puxadas e retramadas pela pesquisa. Trabalha-se no entrecruzamento dos planos: de organização — com geografias e educações e outros domínios específicos (DELEUZE, 1999); de composição — com danças e outras artes; e de imanência — com filosofias, sobretudo as da diferença. Cria-se uma pesquisa-dança com linhas (INGOLD, 2015a; DELEUZE; GUATTARI, 2012a). A geografia enquanto domínio que opera com o espaço (SANTOS, 1996), e o espaço indissociável do tempo, inacabado, aberto (MASSEY, 2008). As aprendizagens como escapes incontroláveis, invenções (GALLO, 2003; 2012; KASTRUP, 2001). Aprendizagens-bailantes. Experimenta-se uma composição. Especificidades da cartografia e da coreografia se encontram. Um estado de dança (VALÉRY, 2012) para um baile intensivo.What is created when a geography teacher runs a research in education inviting formation lines to dance? For now, we say that it creates a choreography. A zigzag, full of minor spins, along the moving lines of teacher formation. A machine is created to operate engendered by an bodily agency (QUEIROZ FILHO, 2018): to create a body teacher-researcher that dances. The writing machine is operated by litany (GUATTARI, 1985) operations, sometimes called refrains (DELEUZE; GUATTARI, 2012b). Lines are pulled; of them, movements are observed; from these, motifs are extracted. It operates, therefore, by launching the motifs in a litany, producing spins of sensations of dance in the interval of the movements: here is the machine. Exceeding language in an interpenetration of word and dance (UNO, 2018). As the movie Good Work , by Claire Denis (1999), we make more encounters than explanations. It doubts the certainties of a formation insofar as its lines are drawn and retraced by research. It works crisscrossing planes: of organization — with geographies and educations and other specific domains (DELEUZE, 1999); of composition — with dances and other arts; and of immanence — with philosophies, especially the difference ones. Is created a dance-research with lines (INGOLD, 2015a; DELEUZE; GUATTARI, 2012a). Geography as a domain that operates with the space (SANTOS, 1996), and the space inseparable from time, unfinished, open (MASSEY, 2008). Learnings as uncontrollable escapes, as inventions (GALLO, 2003; 2012; KASTRUP, 2001). Dancing-learnings. It experiments a composition. Specificities of cartography and choreography meet. A dance state (VALÉRY) to an intensive ball.application/pdfporFormação de professoresGeografiaLinesMotifLearning-inventionGeography teacher formationEducation researchRefrainCoreografias em lineamento : ladainhas de uma pesquisa-dançainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de EducaçãoPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoPorto Alegre, BR-RS2022mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001154216.pdf.txt001154216.pdf.txtExtracted Texttext/plain182345http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/252114/2/001154216.pdf.txtfdfc36d46864c030e2bd0cf69d3f15d8MD52ORIGINAL001154216.pdfTexto completoapplication/pdf15328833http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/252114/1/001154216.pdf41f879e409dbce21a8d52a255298e30eMD5110183/2521142022-12-02 05:54:26.418382oai:www.lume.ufrgs.br:10183/252114Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-12-02T07:54:26Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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