Neuropatia autônoma do diabéte melito : estudo dos testes cardiovasculares e da saturação arterial de oxigênio durante a noite

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neumann, Cristina Rolim
Data de Publicação: 1992
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/197959
Resumo: Os objetivos do presente estudo foram avaliar: 1) a resposta normal aos testes cardiovaacularea autonomicoa descritos por Ewing; 2) a possibilidade de correla~ão da resposta aos testes com a duração do diabetes e sintomas de neuropatia autonômica; 3) a possibilidade de alterações ventilatóriaa nos pacientes portadores de disautonomia grave. Inicialmente foram padronizados os testes cardiovasculares descritos por Ewing em 97 individuos normais e comparados com os resultados obtidos em 143 individuos portadores de Diabete Mélito (43 insulino dependentes e 100 não inaulino dependentes). Dentre os 143 diabéticos foram aelecionadoa'12 pacientes com diaautonomia definida os quais foram comparados com 8 individuos normais quanto a saturação arterial de oxigênio avaliada durante uma noite de observa~ão em seu domicilio utilizando um oximetro de pulao. A padronização doa testes mostrou que 1) não há influência do sexo na resposta; 2) a idade influencia a resposta dos testes de freqüência cardiaca; 3) os limites inferiores da normalidade utilizàndo o percentil 3 foram: para a arritmia sinusal respiratória: 13 bpm para individuos entre 18 e 29 anos, e 6 bpm para aqueles acima de 30 anos; para a manobra de Valsalva: 1.21; para a resposta da freqÜência cardíaca ao ortostatismo: 1.06; para a resposta pressórica ao esforço isométrico sustentado: 10mmHg; e para a variação da pressão sistólica ao ortostatismo - 20 mmHg. Em diabéticos observou-se que o acometimento neurológico é maior sobre o sistema parassimpático e geralmente o simpático é poupado até as fases tardias da evolução. A presença e a gravidade da neuropatia autonômica correlacionou~se com o tempo de evolução do diabete (r= 0.51 p < 0.001 para diabete Insulino dependente; r = 0.26 p < 0.01 para diabete não insulino dependente) e com a presença e gravidade da retinopatia ( r = 0.57 p < 0.001) e da nefropatia diabética X2 = 87.9 p < 0.0001). Houve correlação entre a presença de sintomas e o resultado dos testes autonômicos a qual permitiu a construção de um indicador clinico para o diagnóstico de neuropatia autonômica. Este indicador clinico permite identificar com uma acurácia de 79 %, valor preditivo positivo de 81% e valor preditivo negativo de 72%. a presença de neuropatia autonômica definida utilizando os sintomas parestesias, diarréia e vômito. Na oximetria observou-se que: a saturação inicial de oxigênio e o número de episódios de dessaturação foi semelhante em normais e diabéticos, mas os diabéticos mostraram níveis mínimos de saturação menores; maior número de episódios com saturação abaixo de 90%; maior duração média destes episódios. Estes achados sugerem que diabéticos portadores de neuropatia autônoma apresentam deficiente controle da função ventilatória quando comparados com individuas normais.
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