A institucionalidade do "jeitinho brasileiro" : regras implícitas ou hábitos dos indivíduos? Uma discussão das abordagens institucionalistas à luz dos intérpretes do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/22652 |
Resumo: | O objetivo deste trabalho consiste em analisar as implicações das regras sociais implícitas brasileiras no desenvolvimento sócio-econômico do país sob a luz da teoria neoinstitucionalista. Inserido neste arcabouço teórico tem-se um desenvolvimento alcançado a partir de um progressivo ajustamento entre as instituições e a realidade. Como realidade, entende-se, neste estudo, o capitalismo. Desta forma, primeiramente, se analisa as instituições que propiciaram o surgimento do capitalismo na Europa, enfatizando as revoluções precedentes que influenciaram a formação sócio-cultural deste sistema. Posteriormente, se realiza um resgate histórico da formação sócio-econômica do Brasil destacando os aspectos culturais enraizados na sociedade durante o período colonial. Observa-se que, a despeito da industrialização, o Brasil permaneceu calcado em valores tradicionais e arcaicos que não condizem com os valores modernos da gênese do capitalismo. Tendo em vista estes conceitos, utiliza-se do Reconstitutive Downward Causation para se analisar a forma em que emergem as instituições no Brasil. Observou-se que, enquanto as instituições que operam no ambiente informal surgem a partir dos hábitos mentais dos próprios indivíduos, as instituições que operam no âmbito formal são decorrentes da importação de modelos externos. Esta incoerência faz com que surja o ‘jeitinho brasileiro’, uma instituição que permite ao indivíduo lidar com a esfera formal mantendo seus hábitos mentais. |
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