Proatividade de trabalhadores de enfermagem em um hospital universitário público
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/202423 |
Resumo: | A proatividade consiste em agir antecipadamente diante dos acontecimentos vivenciados pelos indivíduos no seu ambiente de trabalho, o que envolve conhecer e enfrentar as dificuldades no coletivo grupal. O objetivo geral do estudo consistiu em analisar a proatividade dos trabalhadores de enfermagem num hospital universitário público. Desse eixo, desdobraram-se objetivos específicos: mensurar o grau de proatividade dos trabalhadores de enfermagem; identificar fatores socioprofissionais intervenientes na proatividade; explorar aspectos que (i)mobilizam os trabalhadores para a atuação proativa; e construir estratégias com os trabalhadores para desenvolver a proatividade no trabalho. Em Paulo Freire, encontrou-se o manancial crítico-reflexivo para iluminar a questão de estudo. A pesquisa foi aprovada na Plataforma Brasil, sob o parecer número 1.016.225 e foi desenvolvida no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas com enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Adotou-se método misto sequencial explanatório, em duas etapas, tendo coletado dados entre abril a outubro de 2015. Na primeira, de abordagem transversal, participaram 347 trabalhadores de enfermagem mediante preenchimento de um questionário composto de dados socioprofissionais e da Escala de Comportamentos Proativos na Organização, em versão reduzida. Os resultados parciais da abordagem quantitativa constituíram-se nos disparadores dos debates na segunda etapa da pesquisa. Houve dois encontros de grupos focais com cinco e seis profissionais de enfermagem, respectivamente, oriundos das unidades de internação. A estatística descritiva e inferencial subsidiou a análise dos dados quantitativos, considerando significativa a relação entre variáveis com p≤0,05. Os dados oriundos da etapa qualitativa foram submetidos à análise temática. A média de proatividade da enfermagem do hospital foi 3,62 (±0,72), caracterizando percepção fortemente proativa (>3,5) dos trabalhadores. No modelo de regressão linear houve diferença estatisticamente significativa entre a proatividade e as variáveis idade, quantidade de filhos, categoria profissional, turno de trabalho e tempo de atuação no hospital, explicando 16% da variância. Nas unidades de internação, a idade (p=0,006) e o tempo de atuação (p=0,004) foram preditoras que explicaram 14% da variância da proatividade. No grupo focal, os participantes sinalizaram que as peculiaridades individuais influenciam na proatividade, a exemplo dos trabalhadores mais jovens que são motivados a serem proativos no trabalho pelo desejo de constituir família e adquirir bens. Em relação às equipes, sobressaiu no debate uma sensação de divisão desigual de tarefas entre os turnos, alegando maior sobrecarga de trabalho no diurno. Também, foi pontuado que a rotatividade de pessoal interfere negativamente no tempo de familiarização entre os profissionais para serem propositivos e terem iniciativa. Falhas de comunicação e expectativa de resolução dos problemas projetada nos outros, na gerência e no enfermeiro enquanto chefia imediata, são entraves à proatividade. No entanto, a liderança proativa do enfermeiro e a empatia pelo paciente impulsionam os trabalhadores a serem mais proativos. Estratégias foram pensadas pelo grupo, realçando a importância da implementação de protocolos assistenciais, reuniões periódicas para exercício do diálogo e sistematização contínua da avaliação de desempenho. A expectativa dos profissionais de enfermagem concentra-se numa estrutura mínima de organização para que possam proativamente colocar em prática melhorias no trabalho. |
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Porto, Adrize RutzDall'Agnol, Clarice Maria2019-12-10T03:59:43Z2016http://hdl.handle.net/10183/202423001003950A proatividade consiste em agir antecipadamente diante dos acontecimentos vivenciados pelos indivíduos no seu ambiente de trabalho, o que envolve conhecer e enfrentar as dificuldades no coletivo grupal. O objetivo geral do estudo consistiu em analisar a proatividade dos trabalhadores de enfermagem num hospital universitário público. Desse eixo, desdobraram-se objetivos específicos: mensurar o grau de proatividade dos trabalhadores de enfermagem; identificar fatores socioprofissionais intervenientes na proatividade; explorar aspectos que (i)mobilizam os trabalhadores para a atuação proativa; e construir estratégias com os trabalhadores para desenvolver a proatividade no trabalho. Em Paulo Freire, encontrou-se o manancial crítico-reflexivo para iluminar a questão de estudo. A pesquisa foi aprovada na Plataforma Brasil, sob o parecer número 1.016.225 e foi desenvolvida no Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas com enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Adotou-se método misto sequencial explanatório, em duas etapas, tendo coletado dados entre abril a outubro de 2015. Na primeira, de abordagem transversal, participaram 347 trabalhadores de enfermagem mediante preenchimento de um questionário composto de dados socioprofissionais e da Escala de Comportamentos Proativos na Organização, em versão reduzida. Os resultados parciais da abordagem quantitativa constituíram-se nos disparadores dos debates na segunda etapa da pesquisa. Houve dois encontros de grupos focais com cinco e seis profissionais de enfermagem, respectivamente, oriundos das unidades de internação. A estatística descritiva e inferencial subsidiou a análise dos dados quantitativos, considerando significativa a relação entre variáveis com p≤0,05. Os dados oriundos da etapa qualitativa foram submetidos à análise temática. A média de proatividade da enfermagem do hospital foi 3,62 (±0,72), caracterizando percepção fortemente proativa (>3,5) dos trabalhadores. No modelo de regressão linear houve diferença estatisticamente significativa entre a proatividade e as variáveis idade, quantidade de filhos, categoria profissional, turno de trabalho e tempo de atuação no hospital, explicando 16% da variância. Nas unidades de internação, a idade (p=0,006) e o tempo de atuação (p=0,004) foram preditoras que explicaram 14% da variância da proatividade. No grupo focal, os participantes sinalizaram que as peculiaridades individuais influenciam na proatividade, a exemplo dos trabalhadores mais jovens que são motivados a serem proativos no trabalho pelo desejo de constituir família e adquirir bens. Em relação às equipes, sobressaiu no debate uma sensação de divisão desigual de tarefas entre os turnos, alegando maior sobrecarga de trabalho no diurno. Também, foi pontuado que a rotatividade de pessoal interfere negativamente no tempo de familiarização entre os profissionais para serem propositivos e terem iniciativa. Falhas de comunicação e expectativa de resolução dos problemas projetada nos outros, na gerência e no enfermeiro enquanto chefia imediata, são entraves à proatividade. No entanto, a liderança proativa do enfermeiro e a empatia pelo paciente impulsionam os trabalhadores a serem mais proativos. Estratégias foram pensadas pelo grupo, realçando a importância da implementação de protocolos assistenciais, reuniões periódicas para exercício do diálogo e sistematização contínua da avaliação de desempenho. A expectativa dos profissionais de enfermagem concentra-se numa estrutura mínima de organização para que possam proativamente colocar em prática melhorias no trabalho.Proactivity refers to acting in advance to changes or events experienced by individuals in the workplace, it involves knowing and facing difficulties in the group. The overall objective of the study was to analyze the proactivity of nursing workers in a public university hospital. Thus, the specific objectives were: to measure the level of proactivity of the nursing staff; to identify social and professional factors that can interfere in proactivity; to explore aspects that (i)mobilize nursing workers towards being proactive; and to develop strategies with the nursing staff to promote proactiveness at work. Paulo Freire's work is a critical source that contributed significantly to this study. This research was approved in Plataforma Brasil ‒ number 1.016.225 ‒ and was developed at the Hospital Escola of the Federal University of Pelotas with the participation of nurses, nursing technicians and nursing assistants. A mixed-methods sequential explanatory research design was used in two phases, and the data were collected from April to October 2015. The first phase presented a cross-section approach, in which 347 nursing workers participated by filling out a questionnaire consisting of social-professional data and the Proactive Behavior in Organizations Scale in reduced version. The partial results of the quantitative approach triggered discussions in the second phase of the research. Two meetings with focal groups took place: one with five and one with six nursing workers from the inpatient units. Descriptive and inferential statistics enabled the quantitative data analysis, and the relationship between variables achieved significance, with p≤0,05. Data from the qualitative phase were submitted to thematic analysis. The mean proactivity of the hospital's nursing staff was 3,62 (±0,72), meaning strongly proactive perception (>3,5) of workers. The linear regression analysis showed statistically significant difference between proactivity and the variables of age, number of children, professional category, work shift and years working in the hospital, what explains 16% of the variance. In the inpatient units, age (p=0,006) and years working in the hospital (p=0,004) were predictors that explained 14% of the variance of proactivity. In the focal group, participants stated that the individual peculiarities influence the proactivity, for example the younger professionals who are motivated to be proactive at work since they plan to start a family and buy goods. Regarding the teams, during the debate a sense of unequal division of labor between teams (night/day shift) was brought, with increased workload during the day. In addition, it was said that the staff turnover negatively affects the familiarization between professionals and, consequently, interferes in their willingness to be active and have initiative. The miscommunication and the expectation that others ‒ nurses and managers ‒ will solve the problems are obstacles to proactivity. However, the proactive leadership of nurses and empathy for the patient drive workers to be more proactive. Strategies were designed by the group, highlighting the importance of implementing care protocols, regular meetings to improve communication and continuous systematic performance evaluation. The expectation of nursing professionals focuses on a minimal organizational structure so that they can proactively implement improvements at work.La proactividad consiste en actuar anticipadamente frente a los acontecimientos vivenciados por individuos en su ambiente laboral, lo que implica conocer y afrontar a las dificultades en el colectivo. El objetivo del estudio fue analizar la proactividad de los trabajadores de enfermería en un hospital universitario público. De este eje, se desplegaron los objetivos específicos: medir el grado de proactividad de los trabajadores de enfermería; identificar los factores socioprofesionales que intervienen en la proactividad; explorar los aspectos que (i)movilizan a los trabajadores para la acción proactiva; y construir estrategias con los trabajadores para desarrollar la proactividad. En Paulo Freire, se reunió el manantial crítico y reflexivo para iluminar la investigación. El estudio fue aprobado en el Plataforma Brasil - número 1.016.225, y se desarrolló en el Hospital Escuela de la Universidad Federal de Pelotas con enfermeros, técnicos y auxiliares de enfermería. Se adoptó el método mixto exploratorio, habiendo recogido los datos entre abril a octubre de 2015. En la primera etapa, de enfoque transversal, participaron 347 trabajadores de enfermería al rellenar un cuestionario compuesto por datos socioprofesionales y de la Escala reducida de Comportamientos Proactivos en la Organización. Los resultados del enfoque cuantitativo se constituyeron en los disparadores de los debates en la segunda etapa. Se celebraron dos reuniones de grupos focales con cinco y seis profesionales de la enfermería procedentes de las unidades de internación. La estadística descriptiva e inferencial subsidió en el análisis de los datos cuantitativos. Los datos cualitativos fueron sometidos a análisis temático. La media de proactividad de la enfermería del hospital fue de 3,62 (±0,72), caracterizando una percepción fuertemente proactiva de los trabajadores. En el modelo de regresión lineal hubo diferencia estadísticamente significativa entre la proactividad y las variables edad, cantidad de hijos, categoría profesional, turno de trabajo y tiempo de actuación en el hospital, lo que explica el 16% de la varianza. En las unidades de internación, la edad (p=0,006) y el tiempo de actuación (p=0,004) explicaron el 14% de la varianza de la proactividad. En el grupo focal, los participantes señalaron que los trabajadores más jóvenes que están motivados para ser más proactivos en el trabajo por el deseo de formar una familia y de comprar bienes. En relación a los equipos, sobresalió en el debate una sensación de distribución desigual de tareas entre los turnos, alegando una mayor carga de trabajo durante el día. También, fue puntuado que la rotación del personal afecta negativamente al tiempo de familiarización entre los profesionales para que tengan iniciativa. Fallas en la comunicación y la expectativa de resolver los problemas proyectada sobre la gestión y el enfermero son obstáculos para la proactividad. Ya el liderazgo del enfermero y la empatía por el paciente impulsan la proactividad. Estrategias fueron pensadas, realzando la implementación de protocolos asistenciales, reuniones periódicas para el ejercicio del diálogo y sistematización continua de la evaluación del desempeño. La expectativa de los profesionales de enfermería se concentra en una estructura mínima de organización para que puedan poner en práctica las mejorías del trabajo proactivamente.application/pdfporGestão em saúdeLiderançaServiço hospitalar de enfermagemEnfermagem em saúde públicaProatividadeHealth managementLeadershipNursing service hospitalNursing teamNursing administrationProactivityGestión en saludLiderazgoServicio de enfermería en hospitalGrupo de enfermeríaAdministración en enfermeríaProactividadProatividade de trabalhadores de enfermagem em um hospital universitário públicoProactivity of nursing workers in a public university hospital La proactividad de los trabajadores de enfermería en un hospital universitario público info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulEscola de EnfermagemPrograma de Pós-Graduação em EnfermagemPorto Alegre, BR-RS2016doutoradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001003950.pdf.txt001003950.pdf.txtExtracted Texttext/plain301910http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202423/2/001003950.pdf.txtf05333d915a9d3e6aa95e8cc3452b7c3MD52ORIGINAL001003950.pdfTexto completoapplication/pdf2223879http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/202423/1/001003950.pdfe1160acc0caf6bc63b9333c99c0bddbcMD5110183/2024232019-12-11 04:58:20.588184oai:www.lume.ufrgs.br:10183/202423Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532019-12-11T06:58:20Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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