A presença de mulheres negras em podcasts brasileiros
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/275453 |
Resumo: | O objetivo geral é identificar a presença de mulheres negras em podcasts produzidos no Brasil, analisar suas trajetórias e formas de atuação, explorando as diferenças das regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) às quais elas pertencem. A discussão teórica contempla o papel do streaming no crescimento da produção de podcasts; as especificidades das mulheres negras no Brasil e as mulheres negras na mídia sonora e nos podcasts. A metodologia, de abordagem qualitativa, adota a técnica de análise documental para mapear a presença de mulheres negras na produção de podcasts; e a técnica de entrevista semiaberta para conhecer as trajetórias e formas de atuação em podcasts de cinco mulheres representando as regiões brasileiras. Os resultados apontam que, em 2022 no Brasil, há presença de mulheres negras em 37 podcasts. Identificamos cinco podcasts das diferentes regiões: Na Beira do Rio (Norte), A Cor da Voz (Nordeste), Nossa Gente (Centro-Oeste), Boca de Siri (Sudeste) e Coletivo Siriricas (Sul). A partir daí, realizamos a aproximação com as cinco mulheres negras que atuam na sua produção, sendo elas, respectivamente: Elloane Carinie, Tainã do Nascimento Rosa, Maria Lorena Alves Cruz Teixeira, Laura Resende e Kenya Odara. Ao analisar de forma transversal os dados sobre os podcasts, episódios e as formas de atuação das mulheres, observamos que: o podcast está em constante desenvolvimento e oportuniza a preservação da oralidade como resistência e sobrevivência de comunidades negras; as trajetórias das interlocutoras revelam desafios relacionados à ausência de representatividade da mulher negra na produção da comunicação; sua atuação acontece através de atividades independentes, sem remuneração e sem dedicação exclusiva; apesar disso, as mulheres reconhecem o potencial das suas atividades e conquistas, apresentando expectativas futuras de desenvolvimento dos projetos; para isso, sugerem iniciativas e políticas para fomentar a presença de mulheres negras nos podcasts brasileiros, como editais específicos, capacitação técnica e parcerias público-privadas visando ampliar a voz e a visibilidade desta maioria minorizada na comunicação do país. |
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Deus, Valesca Silva dePiedras, Elisa Reinhardt2024-05-30T05:34:18Z2024http://hdl.handle.net/10183/275453001201580O objetivo geral é identificar a presença de mulheres negras em podcasts produzidos no Brasil, analisar suas trajetórias e formas de atuação, explorando as diferenças das regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) às quais elas pertencem. A discussão teórica contempla o papel do streaming no crescimento da produção de podcasts; as especificidades das mulheres negras no Brasil e as mulheres negras na mídia sonora e nos podcasts. A metodologia, de abordagem qualitativa, adota a técnica de análise documental para mapear a presença de mulheres negras na produção de podcasts; e a técnica de entrevista semiaberta para conhecer as trajetórias e formas de atuação em podcasts de cinco mulheres representando as regiões brasileiras. Os resultados apontam que, em 2022 no Brasil, há presença de mulheres negras em 37 podcasts. Identificamos cinco podcasts das diferentes regiões: Na Beira do Rio (Norte), A Cor da Voz (Nordeste), Nossa Gente (Centro-Oeste), Boca de Siri (Sudeste) e Coletivo Siriricas (Sul). A partir daí, realizamos a aproximação com as cinco mulheres negras que atuam na sua produção, sendo elas, respectivamente: Elloane Carinie, Tainã do Nascimento Rosa, Maria Lorena Alves Cruz Teixeira, Laura Resende e Kenya Odara. Ao analisar de forma transversal os dados sobre os podcasts, episódios e as formas de atuação das mulheres, observamos que: o podcast está em constante desenvolvimento e oportuniza a preservação da oralidade como resistência e sobrevivência de comunidades negras; as trajetórias das interlocutoras revelam desafios relacionados à ausência de representatividade da mulher negra na produção da comunicação; sua atuação acontece através de atividades independentes, sem remuneração e sem dedicação exclusiva; apesar disso, as mulheres reconhecem o potencial das suas atividades e conquistas, apresentando expectativas futuras de desenvolvimento dos projetos; para isso, sugerem iniciativas e políticas para fomentar a presença de mulheres negras nos podcasts brasileiros, como editais específicos, capacitação técnica e parcerias público-privadas visando ampliar a voz e a visibilidade desta maioria minorizada na comunicação do país.The general objective is to identify the presence of black women in podcasts produced in Brazil, analyze their trajectories and forms of action, exploring the differences between the Brazilian regions (North, Northeast, Midwest, Southeast and South) to which they belong. The theoretical discussion includes the role of streaming in the growth of podcast production; the specificities of black women in Brazil and black women in the audio media and podcasts. The methodology, with a qualitative approach, adopts the technique of documentary analysis to map the presence of black women in podcast production; and the technique of semi-open interviews to learn about the trajectories and ways of working in podcasts of five women representing the Brazilian regions. The results show that, in 2022 in Brazil, black women were present in 37 podcasts. We identified five podcasts from different regions: Na Beira do Rio (North), A Cor da Voz (Northeast), Nossa Gente (Midwest), Boca de Siri (Southeast) and Coletivo Siriricas (South). From there, we approached the five black women who work in its production: Elloane Carinie, Tainã do Nascimento Rosa, Maria Lorena Alves Cruz Teixeira, Laura Resende and Kenya Odara, respectively. By analyzing the data on podcasts, episodes and the ways in which women act across the board, we observed that: the podcast is in constant development and provides opportunities for the preservation of orality as resistance and survival of black communities; the trajectories of the interlocutors reveal challenges related to the lack of representation of black women in the production of communication; their work takes place through independent activities, without remuneration and without exclusive dedication; despite this, the women recognize the potential of their activities and achievements, presenting future expectations for the development of the projects; to this end, they suggest initiatives and policies to encourage the presence of black women in Brazilian podcasts, such as specific public notices, technical training and public-private partnerships aimed at increasing the voice and visibility of this minority majority in the country's communication.application/pdfporMulher negraPodcastingMídiaCommunicationPodcastsBlack womenSound mediaStreamingA presença de mulheres negras em podcasts brasileirosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de Biblioteconomia e ComunicaçãoPrograma de Pós-Graduação em ComunicaçãoPorto Alegre, BR-RS2024mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001201580.pdf.txt001201580.pdf.txtExtracted Texttext/plain455732http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/275453/2/001201580.pdf.txt75d23cd542a95a24416636deeb3ba6f2MD52ORIGINAL001201580.pdfTexto completoapplication/pdf2118035http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/275453/1/001201580.pdfdae73d36774aa4a8b9d42dd27eff2742MD5110183/2754532024-05-31 06:44:21.015245oai:www.lume.ufrgs.br:10183/275453Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532024-05-31T09:44:21Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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