Um estudo sobre a formação inicial de professores para a temática da saúde na região metropolitana de Porto Alegre
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/181390 |
Resumo: | O conceito de saúde usado na sociedade tem mudado constantemente durante a história. Atualmente, deixou-se de associar o processo saúde-doença como opostos, dando lugar a conceitos que abrangem o bem-estar físico, social e ambiental do indivíduo. A partir disso, desenvolveram-se conceitos que organizaram o ensino da temática saúde: a Promoção em Saúde, que abrange a estruturação social de acesso a saúde; a Educação em Saúde (EeS) que se preocupa com um enfoque escolar que vise a emancipação dos estudantes a tomar decisões acerca da sua saúde e do ambiente onde vive; e a Alfabetização em Saúde, uma ferramenta para a implementação da EeS. Para que essas tendências sejam aplicadas é preciso que a formação dos profissionais esteja em acordo. Assim, um dos objetivos deste trabalho foi analisar como a formação de professores em cursos de Licenciatura em Ciências Naturais e Ciências Biológicas de instituições de ensino superior na Região Metropolitana de Porto Alegre está desenvolvendo temáticas relacionadas à saúde. Para isso realizamos uma pesquisa de caráter quali-quantitativo que utilizou como método a análise de conteúdo de Bardin (2014). Os documentos analisados foram os Planos Pedagógicos (PPC), os currículos dos cursos e a Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Utilizamos também as respostas de um questionário por estudantes em final de curso, além de realizarmos uma revisão bibliográfica utilizando o termo em inglês Health Literacy (HL) usado no Brasil. Os resultados da pesquisa possibilitaram a elaboração de quatro produções textuais científicas. A primeira, artigo apresentado no XI Encontro Nacional de Pesquisa e Ensino de Ciências (XI ENPEC), investigou os PPCs e os currículos dos cursos de Licenciatura. A segunda, analisou as concepções dos estudantes concluintes dos cursos de Licenciatura em Ciências Naturais e de Ciências Biológicas sobre saúde, assim como suas dificuldades em trabalhar o tema. A terceira, analisou a BNCC quanto a forma como a saúde é apresentada nas três versões do documento, se de acordo com a EeS ou ligada ao higienismo e sanitarismo. A quarta, apresentada no II Encontro Regional de Ensino de Ciências (II EREC), fez uma revisão do termo HL nas pesquisas desenvolvidos no Brasil, tentando elucidar como e por quem está sendo feita a pesquisa sobre o tema no país. Observamos que os concluintes dos cursos se sentem inseguros, principalmente para abordar temas como a sexualidade, que transcendem o campo da biologia, e também conceitos relacionados a doenças. Infelizmente, a BNCC, documento que orienta a organização curricular da Educação Básica no país, também não tem uma visão única esclarecedora sobre a saúde. Em seu texto as abordagens se misturam e vários aspectos importantes não são trabalhados. Muito disso se deve a EeS ainda não constituir um campo de pesquisa concreto no Brasil, o que podemos observar quando analisamos que os estudos sobre HL são predominantemente realizados em áreas como a enfermagem, e não a educação. Concluímos que a formação dos profissionais docentes apresenta algumas lacunas, principalmente relacionadas aos contextos sociais e ambientais da saúde e ainda está bastante ligada a concepções biologicistas. |
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Silva, Michele Silveira daGarcia, Rosane Nunes2018-08-24T02:29:16Z2018http://hdl.handle.net/10183/181390001074626O conceito de saúde usado na sociedade tem mudado constantemente durante a história. Atualmente, deixou-se de associar o processo saúde-doença como opostos, dando lugar a conceitos que abrangem o bem-estar físico, social e ambiental do indivíduo. A partir disso, desenvolveram-se conceitos que organizaram o ensino da temática saúde: a Promoção em Saúde, que abrange a estruturação social de acesso a saúde; a Educação em Saúde (EeS) que se preocupa com um enfoque escolar que vise a emancipação dos estudantes a tomar decisões acerca da sua saúde e do ambiente onde vive; e a Alfabetização em Saúde, uma ferramenta para a implementação da EeS. Para que essas tendências sejam aplicadas é preciso que a formação dos profissionais esteja em acordo. Assim, um dos objetivos deste trabalho foi analisar como a formação de professores em cursos de Licenciatura em Ciências Naturais e Ciências Biológicas de instituições de ensino superior na Região Metropolitana de Porto Alegre está desenvolvendo temáticas relacionadas à saúde. Para isso realizamos uma pesquisa de caráter quali-quantitativo que utilizou como método a análise de conteúdo de Bardin (2014). Os documentos analisados foram os Planos Pedagógicos (PPC), os currículos dos cursos e a Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Utilizamos também as respostas de um questionário por estudantes em final de curso, além de realizarmos uma revisão bibliográfica utilizando o termo em inglês Health Literacy (HL) usado no Brasil. Os resultados da pesquisa possibilitaram a elaboração de quatro produções textuais científicas. A primeira, artigo apresentado no XI Encontro Nacional de Pesquisa e Ensino de Ciências (XI ENPEC), investigou os PPCs e os currículos dos cursos de Licenciatura. A segunda, analisou as concepções dos estudantes concluintes dos cursos de Licenciatura em Ciências Naturais e de Ciências Biológicas sobre saúde, assim como suas dificuldades em trabalhar o tema. A terceira, analisou a BNCC quanto a forma como a saúde é apresentada nas três versões do documento, se de acordo com a EeS ou ligada ao higienismo e sanitarismo. A quarta, apresentada no II Encontro Regional de Ensino de Ciências (II EREC), fez uma revisão do termo HL nas pesquisas desenvolvidos no Brasil, tentando elucidar como e por quem está sendo feita a pesquisa sobre o tema no país. Observamos que os concluintes dos cursos se sentem inseguros, principalmente para abordar temas como a sexualidade, que transcendem o campo da biologia, e também conceitos relacionados a doenças. Infelizmente, a BNCC, documento que orienta a organização curricular da Educação Básica no país, também não tem uma visão única esclarecedora sobre a saúde. Em seu texto as abordagens se misturam e vários aspectos importantes não são trabalhados. Muito disso se deve a EeS ainda não constituir um campo de pesquisa concreto no Brasil, o que podemos observar quando analisamos que os estudos sobre HL são predominantemente realizados em áreas como a enfermagem, e não a educação. Concluímos que a formação dos profissionais docentes apresenta algumas lacunas, principalmente relacionadas aos contextos sociais e ambientais da saúde e ainda está bastante ligada a concepções biologicistas.The concept of health used in societies has constantly changed throughout history. Nowadays, the processes of health and sickness are no longer associated in opposition. There are now concepts which encompass the physical, social, and environmental well-being of an individual. From this, other concepts have been developed which organize the education of the health theme: the Promotion of Health, which encompasses the social structure of access to health; Health Education (HE), which concerns itself with a schools focus that aims at the students’ independence in decision making regarding their own health and the environment they live in; and Health Literacy, a tool for implementing HE. For these health education tendencies to be applied, it is necessary for the education of the professionals to be in accordance. Thus, the objective of this work is to analyze how the teachers’ traning in the Metropolitan Region of Porto Alegre has been developing these themes. In order to do that, a quali-quantitative survey was carried out, which used as a method the contente analysis of bardin (2014). The documents analized were the Couse Pedagogics Plan (PPC), the BNCC (Brazil’s National Curriculum Basis). Mixed questionnaires developed from the courses’ pedagogical plans were applied to students in the final stages of these courses, besides performins a bibliografic reviem using the English term Health Literacy (HL) used in Brazil. This resulted in the elaboration of four articles. The first, presented in the XI Encontro Nacional de Pesquisa e Ensino de Ciências, investigated the PPCs and the courses’ curriculum. The second, analyses the conceptions of graduating students of the teaching courses of natural sciences and biology on health, as well as their difficulties in working with this topic. The third, analyses the BNCC regarding on the manner of the presentation of the health topic; whether it is according to the HE, or linked to the social hygiene movement and sanitarism. The fourth, presented in the II Encontro Regional de Ensino de Ciências, revises the term“health literacy” in researches developed in Brazil, and attempts to clarify how and by whom the research on this theme is being made in Brazil. We perceive that The recently graduated students feel insecure, especially regarding themes such as sexuality, which transcend the field of biology, but also regarding human physiology and diseases. Unfortunately, the BNCC, document that guides the curricular organization of Basic Education inthe country, also does now present a singular clear view on health. In its text, the approaches are puzzling, and several aspects are not presented. A lot of this is a consequence of the fact that the EeS still is not a concrete field of research in Brazil, which can be observed when a study on health literacy comes from an area such as nursing, areas connected to health, and not education.We have concluded that the formation of these professionals still has some gaps, especially in social and environmental contexts of health, and still strongly connected to biologic models and conceptions.application/pdfporFormação de professoresEducação em saúdeEnsino de ciênciasHealth EducationTeacher trainingHealth LiteracyUm estudo sobre a formação inicial de professores para a temática da saúde na região metropolitana de Porto Alegreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulInstituto de Ciências Básicas da SaúdePrograma de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e SaúdePorto Alegre, BR-RS2018mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL001074626.pdfTexto completoapplication/pdf1464636http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181390/1/001074626.pdfede223d26a1aac2a5c73789f139032deMD51TEXT001074626.pdf.txt001074626.pdf.txtExtracted Texttext/plain313706http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181390/2/001074626.pdf.txt4264427048e2845db5757e7cf0f72e1cMD52THUMBNAIL001074626.pdf.jpg001074626.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1124http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/181390/3/001074626.pdf.jpgb7fc379058c1436c6ebbaa11a017472dMD5310183/1813902018-10-05 07:42:34.609oai:www.lume.ufrgs.br:10183/181390Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532018-10-05T10:42:34Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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