Análise das práticas alimentares infantis e seu impacto no crescimento em crianças expostas a diferentes ambientes intrauterinos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10183/196696 |
Resumo: | Introdução: Estudos sugerem a importância da alimentação infantil adequada para o crescimento infantil. Porém, ainda não há na literatura a análise destes fatores sob a influência de diferentes ambientes intrauterinos. Objetivo: Analisar a interação entre as práticas alimentares infantis e seu impacto no crescimento nos primeiros seis meses de vida, em crianças expostas a diferentes ambientes intrauterinos. Métodos: Estudo longitudinal observacional utilizando uma amostra de conveniência de puérperas e seus recém-nascidos, em três hospitais de Porto Alegre, Brasil, entre 2011 e 2016. Os dados foram coletados em seis entrevistas; entre 24 e 48 horas após o parto, aos 7 e 15 dias, com 1, 3 e 6 meses de vida da criança. A amostra consistiu de 5 grupos causais de ambientes intrauterinos: tabagismo, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, controle e crianças pequenas para a idade gestacional/com restrição de crescimento intrauterino. As práticas alimentares consistiram em dados sobre aleitamento materno, alimentação láctea e introdução da alimentação complementar, dividida pelos graus de processamento dos alimentos: Grupo 1 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados aos 180 dias de vida; Grupo 2 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados, entre os 120-179 dias de vida; Grupo 3 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados, antes dos 120 dias de vida; Grupo 4 - Introdução de alimentos in natura ou minimamente processados e de alimentos processados, em qualquer momento entre o nascimento e os 180 dias de vida. As medidas antropométricas coletadas foram peso e estatura, e os indicadores de crescimento foram analisados em escore z, por meio dos índices de peso por estatura e índice de massa corporal para idade (IMC/I). Utilizou-se o método Generalized Estimating Equation para avaliar a influência das práticas alimentares no crescimento infantil, ajustado pelos ambientes intrauterinos. Resultados: A amostra incluiu 236 pares puérpera-lactente. Os grupos 1, 2, 3 e 4 contaram com 8, 12, 7 e 209 participantes, respectivamente. O tempo de aleitamento materno foi maior no grupo 1, em relação ao 4 (p=0,039). A curva de sobrevivência demonstrou que os grupos 1 e 2 obtiveram maior tempo de aleitamento materno exclusivo em relação ao grupo 4 (p=0,006). Os indicadores de crescimento, observando os diferentes ambientes intrauterinos, diferiram até os 15 dias de vida da criança, principalmente no grupo de restrição de crescimento intrauterino. A oferta de leite materno e alimentação láctea diferiu no indicador IMC/I (p=0,007), em que, aos três meses, a oferta mista apresentou maior escore z em relação apenas à alimentação láctea; e aos seis meses, a oferta de aleitamento materno demonstrou maiores escores z do que a oferta de alimentação láctea ou mista. Não houve diferença significativa entre as práticas de alimentação complementar e o crescimento infantil. Conclusão: A oferta de aleitamento materno, comparado com alimentação láctea ou mista, exerceu impacto sobre o crescimento infantil até o sexto mês de vida, ajustado pelos ambientes intrauterinos. As práticas da alimentação complementar não diferiram na trajetória de crescimento até os 6 meses de idade. |
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Neves, Renata OliveiraBernardi, Juliana Rombaldi2019-07-09T02:38:46Z2019http://hdl.handle.net/10183/196696001094371Introdução: Estudos sugerem a importância da alimentação infantil adequada para o crescimento infantil. Porém, ainda não há na literatura a análise destes fatores sob a influência de diferentes ambientes intrauterinos. Objetivo: Analisar a interação entre as práticas alimentares infantis e seu impacto no crescimento nos primeiros seis meses de vida, em crianças expostas a diferentes ambientes intrauterinos. Métodos: Estudo longitudinal observacional utilizando uma amostra de conveniência de puérperas e seus recém-nascidos, em três hospitais de Porto Alegre, Brasil, entre 2011 e 2016. Os dados foram coletados em seis entrevistas; entre 24 e 48 horas após o parto, aos 7 e 15 dias, com 1, 3 e 6 meses de vida da criança. A amostra consistiu de 5 grupos causais de ambientes intrauterinos: tabagismo, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, controle e crianças pequenas para a idade gestacional/com restrição de crescimento intrauterino. As práticas alimentares consistiram em dados sobre aleitamento materno, alimentação láctea e introdução da alimentação complementar, dividida pelos graus de processamento dos alimentos: Grupo 1 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados aos 180 dias de vida; Grupo 2 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados, entre os 120-179 dias de vida; Grupo 3 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados, antes dos 120 dias de vida; Grupo 4 - Introdução de alimentos in natura ou minimamente processados e de alimentos processados, em qualquer momento entre o nascimento e os 180 dias de vida. As medidas antropométricas coletadas foram peso e estatura, e os indicadores de crescimento foram analisados em escore z, por meio dos índices de peso por estatura e índice de massa corporal para idade (IMC/I). Utilizou-se o método Generalized Estimating Equation para avaliar a influência das práticas alimentares no crescimento infantil, ajustado pelos ambientes intrauterinos. Resultados: A amostra incluiu 236 pares puérpera-lactente. Os grupos 1, 2, 3 e 4 contaram com 8, 12, 7 e 209 participantes, respectivamente. O tempo de aleitamento materno foi maior no grupo 1, em relação ao 4 (p=0,039). A curva de sobrevivência demonstrou que os grupos 1 e 2 obtiveram maior tempo de aleitamento materno exclusivo em relação ao grupo 4 (p=0,006). Os indicadores de crescimento, observando os diferentes ambientes intrauterinos, diferiram até os 15 dias de vida da criança, principalmente no grupo de restrição de crescimento intrauterino. A oferta de leite materno e alimentação láctea diferiu no indicador IMC/I (p=0,007), em que, aos três meses, a oferta mista apresentou maior escore z em relação apenas à alimentação láctea; e aos seis meses, a oferta de aleitamento materno demonstrou maiores escores z do que a oferta de alimentação láctea ou mista. Não houve diferença significativa entre as práticas de alimentação complementar e o crescimento infantil. Conclusão: A oferta de aleitamento materno, comparado com alimentação láctea ou mista, exerceu impacto sobre o crescimento infantil até o sexto mês de vida, ajustado pelos ambientes intrauterinos. As práticas da alimentação complementar não diferiram na trajetória de crescimento até os 6 meses de idade.Background: Researches suggest the importance of adequate infant feeding for child growth. However, there is still no analysis on literature of these factors under influence of different intrauterine environments. Aim: Analyze the interaction between infant feeding practices and their impact on growth in the first six months of life, in children exposed to different intrauterine environments. Methods: Observational longitudinal study with a convenience sample of puerperae and their newborns in three hospitals in Porto Alegre, Brazil, between 2011 and 2016. Data were collected in six interviews; between 24 and 48 hours postpartum, at 7 and 15 days, with 1, 3 and 6 months of life. The sample consisted of 5 causal groups of intrauterine environments: tobacco, diabetes mellitus, hypertensive disorders, control and children small for gestational age/with intrauterine growth restriction. Feeding practices consisted of data on breastfeeding, milk feeding and introduction of complementary feeding, divided by levels of food processing: Group 1 – Introduction of only in natura or minimally processed foods at 180 days of age; Group 2 – Introduction of only in natura or minimally processed foods, between 120-179 days of life; Group 3 - Introduction of only in natura or minimally processed foods, before 120 days of life; Group 4 - Introduction of in natura or minimally processed foods and processed foods, at any time between birth and 180 days of life. Anthropometric measures were weight and height, and the growth indicators were analyzed in z score, by weight for height and body mass index for age (BMI/A). Generalized Estimating Equation method was used to evaluate influence of feeding practices on infant growth, adjusted for intrauterine environments. Results: The sample included 236 puerperae-infant pairs. Groups 1, 2, 3 and 4 counted on 8, 12, 7 and 209 participants, respectively. Time of breastfeeding was higher in group 1, in relation to 4 (p=0.039). The survival curve showed that groups 1 and 2 achieved longer exclusive breastfeeding time compared to group 4 (p=0.006). Growth indicators, observing the intrauterine environments, differed up to 15 days of life, mainly in the intrauterine growth restriction group. The milk supply differed at BMI/A indicator (p=0.007) where, at 3 months, the mixed milk supply had higher z score in relation to milk supply; and at 6 months, breastfeeding showed higher z score than milk or mixed milk supply. There was no significant difference between complementary feeding practices and infant growth. Complementary feeding practices did not differ on growth trajectory until 6 months of age. Conclusion: Breastfeeding, compared to milk or mixed milk feeding, has impact on infant growth up to the sixth month of life, adjusted for intrauterine environments.application/pdfporNutrição do lactenteAleitamento maternoFórmulas infantisComplicações na gravidezIngestão de alimentosChild nutritionLongitudinal studiesGrowthComplementary feedingBreastfeedingAnálise das práticas alimentares infantis e seu impacto no crescimento em crianças expostas a diferentes ambientes intrauterinosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUniversidade Federal do Rio Grande do SulFaculdade de MedicinaPrograma de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do AdolescentePorto Alegre, BR-RS2019mestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001094371.pdf.txt001094371.pdf.txtExtracted Texttext/plain129963http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196696/2/001094371.pdf.txt10826bf6f3c9e41f1d9c26a7df3c5324MD52ORIGINAL001094371.pdfTexto completoapplication/pdf3217839http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/196696/1/001094371.pdfab4ace6c257e15a9b78795db2ad0cae0MD5110183/1966962022-09-01 05:01:21.421685oai:www.lume.ufrgs.br:10183/196696Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://lume.ufrgs.br/handle/10183/2PUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestlume@ufrgs.br||lume@ufrgs.bropendoar:18532022-09-01T08:01:21Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false |
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Introdução: Estudos sugerem a importância da alimentação infantil adequada para o crescimento infantil. Porém, ainda não há na literatura a análise destes fatores sob a influência de diferentes ambientes intrauterinos. Objetivo: Analisar a interação entre as práticas alimentares infantis e seu impacto no crescimento nos primeiros seis meses de vida, em crianças expostas a diferentes ambientes intrauterinos. Métodos: Estudo longitudinal observacional utilizando uma amostra de conveniência de puérperas e seus recém-nascidos, em três hospitais de Porto Alegre, Brasil, entre 2011 e 2016. Os dados foram coletados em seis entrevistas; entre 24 e 48 horas após o parto, aos 7 e 15 dias, com 1, 3 e 6 meses de vida da criança. A amostra consistiu de 5 grupos causais de ambientes intrauterinos: tabagismo, diabetes mellitus, hipertensão arterial sistêmica, controle e crianças pequenas para a idade gestacional/com restrição de crescimento intrauterino. As práticas alimentares consistiram em dados sobre aleitamento materno, alimentação láctea e introdução da alimentação complementar, dividida pelos graus de processamento dos alimentos: Grupo 1 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados aos 180 dias de vida; Grupo 2 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados, entre os 120-179 dias de vida; Grupo 3 - Introdução apenas de alimentos in natura ou minimamente processados, antes dos 120 dias de vida; Grupo 4 - Introdução de alimentos in natura ou minimamente processados e de alimentos processados, em qualquer momento entre o nascimento e os 180 dias de vida. As medidas antropométricas coletadas foram peso e estatura, e os indicadores de crescimento foram analisados em escore z, por meio dos índices de peso por estatura e índice de massa corporal para idade (IMC/I). Utilizou-se o método Generalized Estimating Equation para avaliar a influência das práticas alimentares no crescimento infantil, ajustado pelos ambientes intrauterinos. Resultados: A amostra incluiu 236 pares puérpera-lactente. Os grupos 1, 2, 3 e 4 contaram com 8, 12, 7 e 209 participantes, respectivamente. O tempo de aleitamento materno foi maior no grupo 1, em relação ao 4 (p=0,039). A curva de sobrevivência demonstrou que os grupos 1 e 2 obtiveram maior tempo de aleitamento materno exclusivo em relação ao grupo 4 (p=0,006). Os indicadores de crescimento, observando os diferentes ambientes intrauterinos, diferiram até os 15 dias de vida da criança, principalmente no grupo de restrição de crescimento intrauterino. A oferta de leite materno e alimentação láctea diferiu no indicador IMC/I (p=0,007), em que, aos três meses, a oferta mista apresentou maior escore z em relação apenas à alimentação láctea; e aos seis meses, a oferta de aleitamento materno demonstrou maiores escores z do que a oferta de alimentação láctea ou mista. Não houve diferença significativa entre as práticas de alimentação complementar e o crescimento infantil. Conclusão: A oferta de aleitamento materno, comparado com alimentação láctea ou mista, exerceu impacto sobre o crescimento infantil até o sexto mês de vida, ajustado pelos ambientes intrauterinos. As práticas da alimentação complementar não diferiram na trajetória de crescimento até os 6 meses de idade. |
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