Aspectos epidemiológicos e do tratamento endoscopico das ulceras pépticas gástricas e duodenais sangrantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Segal, Fábio
Data de Publicação: 1995
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/206008
Resumo: A hemorragia é uma complicação comum da doença péptica e tem aumentado em freqüência e gravidade devido a vários fatores de risco clínicos e endoscópicos, sendo uma causa freqüente de internação hospitalar de urgência, com uma alta taxa de mortalidade. Os objetivos do presente trabalho foram: medir a prevalência do sangramento por úlceras gástricas e duodenais, determinar o valor prognóstico dos fatores clínicos e endoscópicos em estudo e avaliar o resultado da escleroterapia na hemostasia das úlceras, na taxa de ressaqgramento e sobre a mortalidade dos pacientes. Analisaram-se consecutiva e prospectivamente 94 pacientes que internaram por episódio de sangramento digestivo alto, diagnosticado por endoscopia digestiva, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, no período de janeiro a outubro de 1994. Na análise dos pacientes, as variáveis clínicas em estudo consistiram em infonnações gerais (idade, sexo e cor); a fonna de apresentação do sangramento; avaliação hemodinâmica, tabagismo; consumo de bebidas alcoólicas; uso de drogas; história prévia de doença péptica e hemorragia digestiva; presença de doenças associadas, dados laboratoriais na admissão, tempo de permanência hospitalar, necessidade de tranfusão sangüínea . Entre as variáveis endoscópicas avaliou-se: localização, posição, tamanho e número de úlceras gástricas e duodenais; atividade do sangramento (Classificação de Forrest); presença de Helicobacter pylori e intervalo entre a admissão e realização do procedimento. As conclusões do presente estudo foram: Foi observada a presença de uma proporção de 0,0387 pacientes com úlceras gástricas e duodenais sangrantes que internaram no HCP A durante o período de estudo , oque dá uma prevalência de 387 casos por 10000 pacientes. As variáveis que constituíram fator de risco clínico para o ressangramento com diferença estatisticamente significativa foram: a) a taxa de concentração de hemoglobina, pois os pacientes que apresentaram níveis menores que 6 g/dl tiveram maior taxa de ressangramento (p=0,033) quando comparados ao grupo de pacientes que na adrríissão apresentaram uma concentração maior que 6 g/dl (p=0,03); b) o grupo que teve um novo episódio de sangramento após o tratamento endoscópico hemostático necessitou submeterse mais à tran~fusão sangüínea que o grupo que obteve hemostasia; c) o tempo de internação hospitalar foi maior no grupo que ressangrou (p=0,0349) quando comparado ao grupo com hemostasia após escleroterapia endoscópica. A localização da lesão no duodeno foi uma das variáveis endoscópicas que demonstrou diferença estatisticamente significativa no grupo que ressangrou quando comparada ao grupo da hemostasia, pois as lesões localizadas na transição do bulbo para a segunda porção do duodeno tiveram maior taxa de ressangramento (p= 0,003). Em relação ao tamanho das úlceras gástricas observou-se que, em média, as lesões no grupo que ressangrou eram maiores quando comparadas ao grupo da hemostasia com uma diferença estatística limítrofe (borderline) (p=0,0562). Não se observou diferença estatisticamente significativa nas outras variáveis clínicas e endoscópicas analisadas.
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