Vasco e a dialética do esquecimento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Maria Cristina Ferreira dos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/29582
Resumo: Em 1936, teve início, na Espanha, a Guerra Civil Espanhola, que colocou em combate a direita, a qual lutava pela permanência da monarquia, e as distintas vertentes esquerdistas, que almejavam a instalação do Regime Republicano e a modernização do país. Os países latino-americanos viveram situações análogas de luta pela modificação governamental e pela concessão de direitos aos proletários. A grande maioria das tentativas foi infrutífera, como é o caso do Brasil, com a Coluna Prestes e a Intentona Comunista. Por isso, muitos brasileiros, que tinham inclinação republicana, se solidarizaram com a causa dos vermelhos espanhóis e se alistaram como voluntários das Brigadas Internacionais. Esse foi o caso da personagem Vasco Bruno, do romance Saga, de Erico Verissimo, que se destinou à Espanha para auxiliar a República. Durante o período que permaneceu na Espanha, e depois de retornar ao Brasil, Vasco escreve um romance, como forma de catarse para seus traumas e culpas, em que relata os motivos que o levaram a se alistar, as suas tentativas de esquecer o passado para suportar o ambiente hostil da guerra, os acontecimentos trágicos da guerra e, ademais, a sua volta ao Brasil e como era a vida para um intelectual militante. Dessa forma, a presente pesquisa, de caráter bibliográfico, analisa a formação da Memória Cultural da Guerra Civil Espanhola a partir da perspectiva de um voluntário brasileiro, além de verificar a concepção histórica que permeia o romance Saga. Para isso, são utilizados os pressupostos teóricos de Henri Bergson, Sigmund Freud, Harald Weinrich, Jan Assmann, Paul Ricouer, Walter Benjamin e Martin Heidegger. Contata-se que a elaboração de um romance por um ex-voluntário, que foi uma testemunha dos horrendos acontecimentos, perpetua esta memória e propicia a reflexão sobre as barbáries, das quais somos todos herdeiros.
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Durante o período que permaneceu na Espanha, e depois de retornar ao Brasil, Vasco escreve um romance, como forma de catarse para seus traumas e culpas, em que relata os motivos que o levaram a se alistar, as suas tentativas de esquecer o passado para suportar o ambiente hostil da guerra, os acontecimentos trágicos da guerra e, ademais, a sua volta ao Brasil e como era a vida para um intelectual militante. Dessa forma, a presente pesquisa, de caráter bibliográfico, analisa a formação da Memória Cultural da Guerra Civil Espanhola a partir da perspectiva de um voluntário brasileiro, além de verificar a concepção histórica que permeia o romance Saga. Para isso, são utilizados os pressupostos teóricos de Henri Bergson, Sigmund Freud, Harald Weinrich, Jan Assmann, Paul Ricouer, Walter Benjamin e Martin Heidegger. Contata-se que a elaboração de um romance por um ex-voluntário, que foi uma testemunha dos horrendos acontecimentos, perpetua esta memória e propicia a reflexão sobre as barbáries, das quais somos todos herdeiros.En 1936, tuve inicio, en España, la Guerra Civil Española, que colocó en combate la derecha, la cual luchava pela permanencia de la monarquia, y las distintas vertentes esquerdistas, que almejavam la instalación del Regime Republicano y la modernización del país. Los países latino-americanos vivieran situaciones análogas de lucha pela modificación governamental y pela concesión de derechos a los proletarios. La grande mayoria de las tentativas fueran infrutíferas, como es el caso de Brasil, con la Coluna Prestes y la Intentona Comunista. Por eso, muchos brasileños, que tenian inclinación republicana, se solidarizaran con la causa de los rojos españoles y se alistaron como voluntarios de las Brigadas Internacionales. Ese foi el caso de la personaje Vasco Bruno, del romance Saga, de Erico Verissimo, que se destinó a España para auxiliar a la República. Durante el período que permaneció, y después de volver al Brasil, Vasco escribió un romance, como forma de catarse para sus traumas y culpas, en que relata los motivos que le levaran a alistarse, las tentativas de olvidar el pasado para suportar el ambiente hostil de la guerra, los acontecimientos trágicos de la guerra, y, además, su vuelta al Brasil y como era la vida para un intelectual militante. De esa forma, la presente pesquisa, de carácter bibliográfico, analisa la formación de la Memoria Cultural de la Guerra Civil Española a partir de la perspectiva de un voluntario brasileño, además de verificar la concepción histórica que permeia el romance Saga. Para eso, son utilizados los presupostos teóricos de Henri Bergson, Sigmund Freud, Harald Weinrich, Jan Assmann, Paul Ricouer, Walter Benjamin e Martin Heidegger. Constatase que la elaboración de un romance por un ex voluntario, que fue un testigo de los horrendos acontecimientos, perpetua esa memoria y propicia la reflexión sobre las barbáries, de las cuales somos todos herederos.application/pdfporVeríssimo, Érico, 1905-1975. 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