Literatura como abertura : experiência estética e formação na EJA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Steffens, Maria do Carmo Hornos
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/37377
Resumo: A presente dissertação se propõe a pensar o modo verticalizado com que se tem conduzido determinados saberes nas relações com o conhecimento dentro e fora da instituição escolar no caso específico do trabalho com a literatura. Pretende-se pôr em discussão o modo como se tem abordado a perspectiva da leitura no ambiente pedagógico, bem como as forças discursivas que determinam a proscrição de certas obras. O ponto de partida é que se alguns trabalhos literários são incidentalmente interpretados como textos perigosos ou temíveis é porque esses textos carregam em si mesmos os aspectos potenciais causadores da sua interdição pela escola. Elegemos alguns textos (de Clarice Lispector e de Luís Fernando Veríssimo) e os apresentamos sob uma perspectiva literária mais afeita à formação estética aqui é proposta com base em uma ação pedagógica moldada pela experiência. A pesquisa foi realizada a partir de atividades propostas ao grupo de alunos da EJA da Totalidade 6 de uma escola municipal de Porto Alegre. Tal experiência produziu material empírico organizado em três etapas: convite, fruição dos textos e tradução de si. Na primeira, o trabalho com a leitura foi proposto como possibilidade mobilizadora de criação. Na segunda, como produção de deslocamento do ponto de vista narrativo e, finalmente, na terceira, como movimento de tradução de si por meio de uma relação não prescritiva com a literatura. A proposta é dialogar com os caminhos sugeridos pela pesquisa, pensando a aula de leitura como possibilidade de abertura à formação de subjetividades.
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